Quem chega a Rio Branco depara-se, em diversos pontos da cidade, com inúmeros outdoors com os seguintes dizeres: “Acre: o melhor lugar para se viver”. E mostra gente sorridente, policiais bem fardados, estradas asfaltadas, crianças em frente a computadores... E de fato percebe-se mudanças, enxerga-se melhorias. Todavia, estas estão muito distantes do Acre tal como ele é.
O Acre ultimamente está como uma mulher toda perfumada e bem maquiada que sai para uma festa. Dança a vontade. Só que antes de terminar a festa, o perfume já venceu e a maquiagem está borrada. A linda carruagem virou jerimum.
O governo acreano nesses últimos doze anos obteve significativas mudanças, e para melhor. Porém precisa parar com essa prepotência de achar que o Acre se tornou Acre a partir de suas gestões, e de criar protótipos de pseudo-políticas que parecem ser insuperáveis e inquestionáveis. Ora, o atual jogo de marketing do governo quer passar uma imagem, ao generalizar, a partir de algumas melhorias e, por cima, de pontos isolados, de que todo o Acre tornou-se um canteiro de obras só. Mas quem não vive sob as rédeas ou das benesses do governo ou é capaz de ir além dos próprios interesses sabe dos reais e sérios problemas que o Estado vive. Mesmo que estes estejam maquiados e camuflados em pseudo-progressos.
Contraditoriamente, por exemplo, viajar internamente no melhor lugar para se viver não é apenas um grande desafio, mas um serviço de alto custo e de regular qualidade, sobretudo, no que diz respeito aos táxi-aéreos e o abusivo custo das passagens. As estradas ainda são um sonho que duram pouco mais de três meses. O sistema público de saúde está mais doente do que os doentes. As técnicas agrícolas do Acre são as mesmas de cem anos atrás, o incentivo aos pequenos agricultores é praticamente nulo. Universidades são escassas, incapaz de atender a demanda de alunos, quando não, de regular qualidade...
O governo acreano faria mais se em vez de ficar enfeitando a história, encarasse a situação sem idealizações e romantizações. Falar sim dos progressos que obteve, das conquistas que alcançou, mas sem precisar recorrer a esses discursos ideológicos sensacionalistas e a esses chavões deprimentes.
Sou acreano e não me sinto inferior a nenhum outro brasileiro, seja de onde for e porque qual razão for. A leitura atual que faço do Acre, longe de ser menosprezo, é antes sinal de amor e do meu orgulho por ser acreano. Só não posso concordar com governos que querem a todo custo vender a imagem de um Acre idealizado, causando, de certa forma, neutralidade ou negligência a certos problemas que urgem soluções imediatas. Vivemos sim numa terra bonita por natureza, de povo tenaz, de história marcante, porém, de governos aloprados.
O Acre ultimamente está como uma mulher toda perfumada e bem maquiada que sai para uma festa. Dança a vontade. Só que antes de terminar a festa, o perfume já venceu e a maquiagem está borrada. A linda carruagem virou jerimum.
O governo acreano nesses últimos doze anos obteve significativas mudanças, e para melhor. Porém precisa parar com essa prepotência de achar que o Acre se tornou Acre a partir de suas gestões, e de criar protótipos de pseudo-políticas que parecem ser insuperáveis e inquestionáveis. Ora, o atual jogo de marketing do governo quer passar uma imagem, ao generalizar, a partir de algumas melhorias e, por cima, de pontos isolados, de que todo o Acre tornou-se um canteiro de obras só. Mas quem não vive sob as rédeas ou das benesses do governo ou é capaz de ir além dos próprios interesses sabe dos reais e sérios problemas que o Estado vive. Mesmo que estes estejam maquiados e camuflados em pseudo-progressos.
Contraditoriamente, por exemplo, viajar internamente no melhor lugar para se viver não é apenas um grande desafio, mas um serviço de alto custo e de regular qualidade, sobretudo, no que diz respeito aos táxi-aéreos e o abusivo custo das passagens. As estradas ainda são um sonho que duram pouco mais de três meses. O sistema público de saúde está mais doente do que os doentes. As técnicas agrícolas do Acre são as mesmas de cem anos atrás, o incentivo aos pequenos agricultores é praticamente nulo. Universidades são escassas, incapaz de atender a demanda de alunos, quando não, de regular qualidade...
O governo acreano faria mais se em vez de ficar enfeitando a história, encarasse a situação sem idealizações e romantizações. Falar sim dos progressos que obteve, das conquistas que alcançou, mas sem precisar recorrer a esses discursos ideológicos sensacionalistas e a esses chavões deprimentes.
Sou acreano e não me sinto inferior a nenhum outro brasileiro, seja de onde for e porque qual razão for. A leitura atual que faço do Acre, longe de ser menosprezo, é antes sinal de amor e do meu orgulho por ser acreano. Só não posso concordar com governos que querem a todo custo vender a imagem de um Acre idealizado, causando, de certa forma, neutralidade ou negligência a certos problemas que urgem soluções imediatas. Vivemos sim numa terra bonita por natureza, de povo tenaz, de história marcante, porém, de governos aloprados.
A bem da verdade o Acre, a meu ver, continua ainda a ser um dos piores lugares para se viver, (em termos de infraestrutura e serviços) embora tenhamos uma Sherazade, com suas mil e uma histórias, a nos ludibriar a cada noite...
Isaac, me amigo, pelo esquecimento a que este Estado passou, realmente não há motivos para você não se orgulhar de ser acreano. Acreano é povo guerreiro.
ResponderExcluirabçs
Amigo!
ResponderExcluirUM LINDO NATAL pra você*
Recheado de coisas boas*
Muitas alegrias* e o amor de Jesus em seu coração*
Um grande abraço!
Isac mais uma vez concordo com muitas de suas opiniões. Acho q o Acre está bem longe de ser o melhor lugar pra se viver, a criminalidade só almenta, a saúde ainda é precaria, o desemprego é muito alto, os agricultores estão cada dia mais esquecidos, a corrupção no interior deixa o povo mais pobre, ou seja o Acre não é nenhuma Helsinki(FIN), vivemos com uma história forjada, como é o caso da nossa revolução, veja que até o lider Plácido de Castro não era um dos seringueiros, nossos seringueiros não queriam uma guerra, muitos jovens foram arrancados de suas mães... Quem não sabe o verdadeiro motiva da "revolução" é prq não perdeu seu precioso tempo pra ler um pouco mais sobre a nossa história, essa história positivista q o gov. do Acre prega, como vc reconheço os avanços q aconteceu no Acre e não gostaria q velha direita voltasse ao poder, prq preseciei um pouco das suas peripécias, como por exemplo: O meu pai era funcionário da extinta CAGEACRE e pra não nós passar fome trabalhava como pedreiro. Temos q melhorar a educação de nossos jovens q infelizmente não conhecem a verdadeira história do Acre. abraços Isac e q seu blog continue um sucesso como vc já é, cheio de boas opiniões.
ResponderExcluirIsaac, voltei das férias e encontro esse seu tão importante artigo sobre nossa terra e seus governantes. Vc está certíssimo! O Acre é um lugar lindo,maravilhoso, mas tá cheio de problemas, e a maquiagem toda que o governo da floresta vem colocando ao longo desses anos, quando chega o inverno cai tudo, as águas lavam, alagam tudo, a dengue infeta, maltrata, os buracos tomam conta das ruas e calçadas, lixo por toda parte, é triste...Grata por real alerta!
ResponderExcluirIsaac, voltei das férias e encontro esse seu tão importante artigo sobre nossa terra e seus governantes. Vc está certíssimo! O Acre é um lugar lindo,maravilhoso, mas tá cheio de problemas, e a maquiagem toda que o governo da floresta vem colocando ao longo desses anos, quando chega o inverno cai tudo, as águas lavam, alagam tudo, a dengue infeta, maltrata, os buracos tomam conta das ruas e calçadas, lixo por toda parte, é triste...Grata por real alerta!
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