Isaac Melo
A literatura, nas palavras de Antonio Candido, é um sistema vivo de obras, agindo uma sobre as outras e sobre os leitores; e só vive na medida em que estes vivem, decifrando-a, aceitando-a, deformando-a. Se a obra é mediadora entre o autor e o público, este é mediador entre o autor e a obra, na medida em que o autor só adquire consciência da obra quando ela é mostrada através de terceiros. Essa reação do outro (leitor) é motivada pelo autor através da criação. Para Candido, isto quer dizer que o público é a condição do autor conhecer a si próprio, pois esta revelação da obra é a sua revelação, uma vez que escrever é propiciar a manifestação alheia, em que a nossa imagem se revela a nós mesmos.
O que será exposto aqui, antes de ser uma tentativa de crítica literária, para a qual me falta formação e competência, é uma impressão de leitor. Ao realizar minhas pesquisas e, consequentemente, ao escrever acerca de autores acreanos não me é fácil emitir um juízo isento de meus sentimentos, do impacto que me causam e da impressão que deixam ecoando em minha alma. É assim quando leio Leila Jalul.
As letras acreanas têm dado um salto importante nesses últimos anos, não tanto em relação à quantidade, mas em qualidade. O acreano está mais íntimo com as letras. O resultado é uma literatura que está deixando de ser um reflexo fiel (um reflexo, não um retrato) da história acreana, cuja bibliografia é abundante. Aqui comungando da ideia do crítico português Jorge de Sena quando afirmava que os escritores brasileiros jamais irão para além da superfície, enquanto continuarem a insistir em inventar uma alma brasileira como substituto para a realidade brasileira. O mesmo pode se pensar em relação aos escritores acreanos.
Leila Jalul se apresenta cada vez mais como uma importante referência para a crônica atual no Acre, um Estado em que a presença feminina aparece como um grande diferencial, num ambiente em que, até bem pouco, era quase exclusividade masculina. Nesse sentido, é difícil realizar qualquer tentativa de elencar autoras como “modelo”, pois há sempre o risco de se ser desonestos com outras. Porém, particularmente, tenho pensado em três autoras referenciais para a crônica atual, a quem ouso chamar de a trindade das letras acreanas, são elas: Florentina Esteves, Robélia Fernandes e Leila Jalul. Ou porque abriram caminhos e, de certo modo, tornaram-se um ponto de partida, ou porque inovaram no jeito de narrar, contar, dizer, criando um estilo que foge do padrão.
A professora Margarete Edul Prado de Souza Lopes, uma das grandes conhecedoras e estudiosas da literatura feminina no Acre, em seu livro “Motivos de Mulher na Amazônia” (EDUFAC, 2006), obra rica e interessantíssima, assim comenta sobre a autora: “Leila Jalul tem um estilo próprio, de palavras fortes, ao mesmo tempo despojado, como as outras escritoras acreanas, um discurso liberado das convenções, mais solto, mais coloquial...”. Essas singularidades de Jalul sempre me chamaram a atenção, tudo isso aliado à maneira instigante de contar suas histórias, seus causos, sempre refinados por muito humor, com aquela dosagem de ironia na justa medida, as metáforas precisas, a irreverência no trato de temas sexuais, o verbo solto, a meu ver, herança de Hilda Hilst. Aliás, penso que de todas as influências dos autores lidos e “degustados” por Leila nenhum mais se assemelha a ela do que Hilda Hilst. Não sei se há algo de Hilda Hilst em Leila, ou se há algo de Leila em Hilda Hilst. O fato é que as duas grandes transformações motivadas a partir da obra, segundo Nelly Novaes Coelho, de Hilda Hilst, na contemporaneidade, encontram eco na obra de Jalul: uma, de essência filosófica/religiosa, que se processa no âmbito das relações humanas, as forças terrestres e a própria morte como elementos essenciais e justificativas da própria divindade (secundária em Leila); a outra, de caráter humano (psicológico-sociológico) que corresponde à busca empreendida pela mulher no encalço de sua própria imagem e de seu novo lugar no mundo (mais evidente na obra leiliniana).
Agora nos enveredaremos num breve comentário acerca de “Das cobras, meu veneno”, o último livro de crônicas da autora até esse momento. O livro encerra um total de trinta e três crônicas. Ao conceituado jornalista Elson Martins* a autora revelou: “Das cobras, meu veneno, está bem diferente do Suindara. Ali havia mortos demais. Este, não. Está com muita gente viva, algumas, frutos de minha imaginação”. Sobre o livro e seu conteúdo diz Elson: “A gente os lê como se estivesse surfando em águas barrentas paradas imaginando pororocas. Esse, a meu ver, é o encanto que a Leila nos oferece. Na verdade, podemos fazer comparações de estilo com outros bons escritores, mas o que há de melhor nela é incomparável”.
Dentre as obras atuais de Leila, arrisco a dizer que essa é a que melhor revela o seu amadurecimento literário. São páginas inusitadas, poéticas, sensuais, a revelar, nas entrelinhas, a mulher e a memorialista. Aliás, como expressa Maria do Perpétuo Socorro Calixto Marques, ao prefaciar a obra, “Leila tem esse dom de remexer nas nossas memórias ao ponto de bulinar nosso corpo com lembranças e nos trazer sensações passadas”. Ideia corroborada pela própria cronista quando diz: “O que me mata é o que morre na memória da ingratidão. O que me desgasta é ver a morte repetida do que deveria estar vivo e pulsante”. Às vezes o lembrar é identificado com o próprio ato de viver e a memória como aquilo que valida determinadas ações.
A cronista ainda nos permite pensar o ato de viver como parte essencial e imprescindível de qualquer ser humano situado dentro da história e de um tempo. O ato de viver, portanto, é o que torna, em qualquer tempo, os homens iguais, independente se a vida destes foi ou é de glória ou de fracasso: “Se Neruda viveu, também confesso que vivi. Talvez não com a mesma qualidade, mas vivi”. Mais importante que ser algo, é viver. Embora esse viver esteja dentro de um tempo e “o tempo tem tamanhos desiguais, dependendo da angústia do viver”.
Para uma melhor apreciação de “Das cobras, meu veneno”, agora, de modo específico, nos voltamos para três crônicas: “O marido da tia”, “O matador de mortos” e “Se a liberdade é azul o perdão é vermelho”, abordadas, aqui, nessa ordem. É uma seleção subjetiva, feita com base não tão somente segundo o mérito literário, mas por compreender que elas reúnem as principais temáticas que perpassam todo o livro. Nelas encontramos a presença do humor, da música, tão forte em Leila, do religioso, mesmo que indiretamente, da infidelidade, da crítica social, da condição da mulher.
A crônica “O marido da tia” parece ser aquela que melhor sintetiza o drama da condição da mulher numa sociedade exclusivamente patriarcal e, consequentemente, machista. A crônica narra o drama de Maria Helena, uma professora de piano, e seu truculento e violento marido, um delegado “e devasso”. Além das agressões verbais e físicas, Maria Helena era submetida aos “instintos bestiais” de seu marido. Certa vez fora arrastada na frente de seus alunos para lhe satisfazer seus desejos sexuais: “Dos fatos execráveis, no entanto, esse foi apenas mais um”, assinala a autora. Outra, para atender as fantasias sexuais do marido, fora obrigada a fazer sexo com outro homem na frente dele: “Naquela triste madrugada ela matou todos os resquícios de bons sentimentos que ainda tinha no coração de musicista, discreta e equilibrada”.
Nesse sentido, Maria Helena “se violentou quando permitiu que outro ser (o marido) a usasse em nome do amor”. Não havia ali uma mulher, e sim um objeto que valia enquanto possibilidade de prazer. Com esses fatos, a cronista deixa entrever que Maria Helena, social e psicologicamente, tivera a sua condição feminina anulada ou suprimida, ao ser reduzida a mero objeto sexual, por um marido cujo desvio sexual chegava a ser patológico. Tudo isso sob os olhos de uma sociedade de “bons costumes” e hipócrita, e com a complacência de sua família que partilhava da ideia “seu marido é seu dono”.
À medida que se desenrola a crônica, um acontecimento vai possibilitar uma total reviravolta na vida de Maria Helena: o derrame do marido, que o deixa paralisado, embora continue a falar e a enxergar. Aquele “macho” todo-poderoso que antes subjugava pela força e pela violência, e que a condição e o meio social o faziam crer-se intocável, ver-se reduzido a um mero corpo vegetativo, incapaz de viver sem auxílio de outrem. É a "sentença condenatória” do marido e a consequente absolvição de Maria Helena. Aquela mulher que, até então, se deixara subjugar, rompe com seu próprio medo e preconceito, para alcançar uma liberdade antes nunca desfrutada. Ao não se importar mais com o que o outro (família e sociedade) estabelece como certo e/ou errado, ela encontra, na profundeza de seu ser, em seus sentimentos, o caminho para sua felicidade. Sai de um inverno rigoroso para entrar nos encantos da primavera. A partir de então volta a tocar piano e torna-se uma mulher nova, bonita e carinhosa.
Apesar da experiência violenta e humilhante com alguém do sexo oposto, no caso, o marido, Maria Helena não abominou a presença masculina, ao contrário, em consequência de tudo isso, como parte de sua realização, está a presença de um novo homem. Homem agora não porque se trata de um macho, alguém do sexo masculino, porém, porque é capaz de uma experiência sincera do amor: “Eram momentos (Maria Helena e Cláudio Braga) de gritos de desabafo e sussurros de amor. Eram explosões de sentimentos e transbordamentos de realização pessoal”. Desse modo, o verdadeiro “castigo” do delegado fora saber que outro a amara e ele não fora capaz disso, e não propriamente a doença que o deixara imobilizado. E assim, vivendo num quarto contíguo ao do novo casal, tudo que lhe resta é saber e ouvir que sua (ex) mulher dorme em braços “alheios”, feliz e amada.
Outra crônica surpreendente porque inusitada, em que o trágico é cômico, é “O matador de mortos”. Conta-nos Leila, no caso, a cronista-personagem, que o caso ocorreu com seu compadre Ubiratan na década de 70. Este fora a Manaus para reencontrar um tio abastado que morava fora do país. Por meio do tio viera a conhecer uma família japonesa. Quando de seu retorno a Rio Branco, a dita família o encarregara de levar uma encomenda que havia sido mandada por outros parentes de São Paulo. A encomenda tratava-se de “uma caixinha com uma plaquinha em japonês”.
No dia e hora marcada para a chegada, lá estava a cronista à espera do amigo Ubiratan no aeroporto. E próximo a ela os japoneses que vieram receber a encomenda. Ao chegar, a primeira pessoa a quem viera abraçar fora a sua amiga, que logo notara algo diferente, uma vez que ele estava suado além do comum, e pálido. Algo se passara com Ubiratan. Ele, no entanto, revelou que contaria tudo assim que chegassem a casa dela, mas antes fora até os japoneses que o aguardavam à espera da tal caixinha.
Já na casa da amiga, depois de resolvido o “entrave” com os japoneses, Ubiratan narra o que ocorrera. No aeroporto de Manaus, ao saber da fiscalização e controle de saída de mercadorias e drogas, algumas malas eram sorteadas para serem revistadas. Com medo, por estar com uma encomenda muito suspeita em mãos, Ubiratan correra para o banheiro, desenroscou a tampa da caixinha, provou o conteúdo, e pensando ser cocaína despejou tudo no vaso sanitário e jogou a caixinha no cesto de lixo. Porém, na verdade, tratava-se das cinzas de um defunto. Agora “morto” pela segunda vez. “Se todas as águas correm para o mar, as cinzas do ancestral, com certeza, estão, estariam ou estarão num bom lugar”, finaliza a cronista num tom conciliador e humorado.
Como ressaltara, no prefácio, Maria do Perpétuo Socorro Calixto Marques: “Quem iria imaginar, nesses confins que, ao invés de transportar “pó branco”, levava cinzas de um corpo cremado, tão esperado por uma família nas barrancas do rio? E mais, uma família de origem japonesa?”. Aí está a genialidade, excentricidade e particularidade de Leila Jalul. Ela transforma fatos corriqueiros e ressignifica-os de tal maneira que o prosaico se reveste de grandeza e originalidade: “Afinal, quem é que iria dar conta de um cotidiano desse, se os olhos estão para a paisagem dos grandes rios e das (extintas!) florestas?”.
Para encerrar essa apreciação de “Das cobras, meu veneno”, vejamos a crônica “Se a liberdade é azul o perdão é vermelho”. A narrativa se inicia com a apresentação de Adalberto, vulgo Nonô, um cearense do Crato, “corpanzil de quase dois metros de altura, bigode espesso e olhos azuis cintilantes, (que) nem de longe lembravam o biótipo de um cearense comum”. Tipo meio brutão não demorara muito a ser nomeado delegado e, em seguida, diretor de sistema penitenciário. Autoritário, era extremamente severo para com os presos tipo “ladrão de galinhas” ou outro larápio qualquer, a quem dedicava enorme ódio, principalmente àqueles que roubavam as casas das poderosas famílias do condado federal, a quem incluía no rol dos hediondos, obrigando-os a trabalhos forçados em serviços públicos. Por outro lado, se desmanchava em complacência e bondade para com os presos homicidas, os quais eram poupados dos trabalhos forçados, enquanto passavam à condição de “amigo do diretor”.
Essa primeira narrativa parece secundária, já que a cronista quer mostrar não as arbitrariedades do diretor Adalberto em si, mas abrir caminhos para introduzir o principal foco da crônica: a atitude das personagens Zé Licurgo e seu filho caçula Tenório. Afamado na vila como jardineiro, as flores cultivadas por Zé Licurgo, onze horas, por exemplo, “podiam chegar quase ao tamanho de uma papoula dobrada”. Fora então chamado para tratar do jardim do promotor, no centro da cidade, e para ajudá-lo levara o filho. Acontece que um dia o relógio (Mido Ocean Star) do dono da casa sumira e “ninguém mais culpado do que o jardineiro e o seu menino”. Arbitrária e imediatamente foram presos. E assim fora parar ali, na Colônia Penal Agrícola, sob os mandos e desmandos do diretor Nonô. Mesmo inocentes, como se provara tempos depois, Zé Licurgo e o filho ali passaram bons anos ao lado dos trabalhadores presos do Adalberto. E como “ladrão”, portanto, fora incluído no rol dos presos hediondos e odiados do diretor, que, enquanto isso, se banqueteava com os “amigos”.
Mas há, em grande parte das crônicas de Leila Jalul, um acontecimento que se apresenta como um divisor de águas na narrativa, o que neste texto fora chamado de reviravolta. Se em “O marido da tia” fora o derrame do marido de Maria Helena a reviravolta, aqui é o tempo: “A vida tem termo”, bem como a maldade. Pois, enquanto pai e filho eram libertos, “Nonô subia no telhado para não mais descer”. O tempo passara, os governos mudaram, sem a esposa e a filha, o poder e os amigos, “Nonô estava só e morreu pior ainda”. Se a crônica findasse aqui não teríamos como fugir de uma espécie de sadismo literário. Porém, Leila sempre vai além. Suas personagens embora retiradas do cotidiano ignorado, por vezes desprezado, se apresentam sempre muito humanos, sempre capazes de um gesto sublime.
No velório do diretor não havia nenhum dos “amigos”, nenhuma autoridade, estava apenas Zé Licurgo e sua família: “Talvez por um apiedamento cristão, ou por sua alma realmente boa”, expressa a cronista, a deixar que o leitor construa o seu próprio juízo acerca da personagem. E fazendo uma analogia da bondade de Zé Licurgo com a pujança das flores de onze horas, ela arremata com as seguintes palavras: “A liberdade é azul e o perdão é vermelho, com nome de flor de onze horas do tamanho de papoulas dobradas. Perdão é florescimento. De quem tem bom coração”.
Machado de Assis, em Memórias Póstumas de Brás Cubas, nos diz que o menos mau é recordar. Leila Jalul com suas crônicas nos tem feito voltar ao passado, não com saudosismo, mas com coragem, responsabilidade e senso crítico, para a partir daí reunir as peças dispersas que compõem a complexidade do tempo presente. Assim em “Das cobras, meu veneno” não temos como fugir da sanha viperina, que é a memória, o recordar, que, nas palavras de André Alexandre, nos arrebata e nos deixa com o amargo gosto no corpo de uma melancolia de querer mais.
Por fim, ainda se faz pertinente se reportar às palavras de Elson Martins, que, em nosso caso, faz uma bela síntese da cronista: “Leila mistura passado, presente e futuro numa surpreendente (e comovente) improbabilidade. Sua história de vida parece caótica, enquanto abre caminhos para o diálogo entre o que foi, o que é, e o que poderia ser. O resultado é brilho”. Sendo assim, a moderna literatura acreana está muito bem representada em obras, como “Das cobras, meu veneno”, que rompem cada vez mais com a barreira do regionalismo, embora se utilize de elementos regionais, para alcançar uma literatura que se apresenta numa perspectiva mais dilatada, universal. E Leila tem caminhado nessa direção.
E numa última palavra, espera-se que este texto não tenha sido uma apologia exagerada da autora e sua obra, infantilizando-a e mesmo diminuindo-a. Acredito que aquilo que é verdadeiramente digno e belo sobrevive por si mesmo. Que as minhas palavras reforcem apenas o anseio da própria cronista, o de que o leitor reserve a ela “um bom lugar no coração / pois que estante é lugar de livros!”.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
JALUL, Leila. Das cobras, meu veneno. Edição independente, 2010.
LOPES, Margarete Edul Prado de Souza. Motivos de Mulher na Amazônia: produção de autoras acreanas no século XX. Rio Branco: EDUFAC, 2006. (p. 206-211)
CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade. São Paulo: Publifolha, 2000. (p. 68-69)
COELHO, Nelly Novaes. A Literatura Feminina no Brasil Contemporâneo. São Paulo: Siciliano, 1993. (p. 79)
SENA, Jorge de. Estudos de Cultura e Literatura Brasileira. Lisboa: Edições 70, 1988. (p. 345)
* As citações de Elson Martins foram retiradas do Jornal Página 20 (02-Ago-2009), disponível aqui.
Nota: "Das cobras, meu veneno" pode ser adquirido aqui.
Comentários sobre "Das cobras, meu veneno" em:
- Lima Coelho, escritor maranhense em seu site.
- Glória Perez, novelista Global em seu blog.
* As citações de Elson Martins foram retiradas do Jornal Página 20 (02-Ago-2009), disponível aqui.
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