Dym Gomes é um artista acreano, natural de Tarauacá, um apaixonado pela música. Foi um dos primeiros cantores de Tarauacá a gravar CD. Suas músicas estão mescladas num estilo de brega romântico com temáticas regionais. Chegou a gozar de um bom prestígio na região com seu primeiro trabalho, destaque para a música “Cabeça de abacaxi”. Gravou também “A dança do mariri”, seu último CD.
Fiquei profundamente triste ao saber a atual situação em que se encontra o cantor. Eis o que disse um leitor deste blog: "Um cantor muito bom, mais niguem da valor ao seu trabalho... Hoje Dym Gomes, e flanelinha e guardador de carros, na rua Rio Grande do Sul, onde ele tem que guardar e lavar carros para não morrer de fome."
Não posso garantir a veracidade da informação, pois não cheguei a falar com nenhum familiar do cantor, mas creio ser verdadeira. Por mais digno que seja e sem menosprezar tantos brasileiros que vivem honestamente deste trabalho, este não é o lugar do Dym. Ele é um artista, e como tal precisa ser valorizado. Não tenho dúvida de que Dym Gomes é um artista de grande talento e que ainda tem muito a oferecer à música acreana. Do mesmo modo que é um cantor que ainda precisa ser valorizado no Acre, sobretudo pelas nossas rádios e eventos locais. Que contradição: enquanto paga-se fortunas por grandes atrações nacionais, nossos artistas regionais mendigam e padecem.
Deixo aqui meu apelo aos empresários, aos políticos ou quem tenha boa vontade a ajudar nosso artista regional Dym a se reeguer. Gestos simples como proporcionar uma nova tiragem de seu CD, ou mesmo prestar alguma assessoria, pois às vezes o artista tem o talento, mas falta alguém que articule, que o oriente, fará uma grande diferença.
Ansiamos, sim, que o Acre se torne o melhor lugar para se viver. Mas queremos também que seja o melhor lugar para o artista, o poeta, o músico viver... Do contrário fazemos demagogia e politicagem e não Política e Justiça.
Mais sobre Dym Gomes:
Amigo Isaac,
ResponderExcluirOutro dia fui comprar um refrigerante aqui em Tarauacá, e na porta do comércio passou um senhor que deveria ter mais de 75 anos empurrando uma bicicleta cargueira cheia de madeira. O mesmo estava de cabeça baixa, pois fazia muita força, enquanto seu suor escorria pelo nariz.
Graças a Deus isso ainda me choca. Parece que tem gente que nem liga mais.
Não era para esse senhor estar descansando?
abç