Os cientistas em terror
e
para a mente européia
Wyndham Lewis escolheu a cegueira
antes
do que ter sua mente parada.
Noite sob o vento entre garofani,
as
pétalas estão quase tranquilas
Mozart, Linnaeus, Sulmona,
Quando os amigos de alguém se odeiam
como
pode haver paz no mundo?
Suas rudezas divertiam-me nos verdes anos.
Uma pele de flor que feneceu
porém
a luz canta eterna
um lívido brilho sobre pântanos
onde
o feno de sal sussurra às mudanças das marés
Tempo, espaço,
nem
vida nem morte é a resposta.
E do homem buscando o bem,
fazendo
mal.
In meine Heimat
onde
andavam os mortos
e os vivos
eram feitos de cartão.
Pound, Ezra. Os cantos. [trad. José Lino Grunewald]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006. p.789.
** Fiz uma viagem nesse livro de Pound, um dos maiores marcos da literatura no século XX. Em A arte da poesia, Pound dizia: "A função da literatura como força geratriz digna de prêmio consiste
precisamente em incitar a humanidade a continuar a viver; em aliviar as tensões
da mente, em nutri-la, e nutri-la, digo-o claramente, com a nutrição de impulsos." E isso expressa bem a própria obra de Ezra Pound.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
"Quando se sonha só, é apenas um sonho, mas quando se sonha com muitos, já é realidade. A utopia partilhada é a mola da história."
DOM HÉLDER CÂMARA
Outros contatos poderão ser feitos por:
almaacreana@gmail.com