sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

QUASE DEUSES

"Acho que um dos principais motivos de se fazer um filme desses é imortalizar pessoas que têm a coragem de correr riscos" Mary Stuart Marterson

BREVE RESENHA

O título original é "Something the lord made", a história real de Vivien Thomas foi produzido em 2004 pela HBO, foi indicado ao Globo de Ouro como melhor minissérie ou filme feitos para a tv e rendeu uma indicação ao ator Mos Def. Levou o Emmy de melhor filme para a tv. É o tipo de filme que passa completamente despercebido se você não arriscar a ler a sinopse.

Mos Def e Alan Rickman, interpretam a história real de Vivien Thomas e Alfred Blalock, responsáveis pela primeira cirurgia feita no coração – antes disso o órgão era visto como algo intocável pela medicina – que corrigia um erro de percurso numa das veias do coração que ocasionava problema de oxigenação no pulmão e a falência do indivíduo. 

Estamos nos Estados Unidos, em plena década de 30, após a grande depressão americana. Vivien é negro, sonha em cursar uma faculdade, casar e se tornar médico. Alfred é um médico ambicioso, com certo reconhecimento na profissão, que testa em animais, técnicas para poder fazer a diferença e se sobressair perante os outros pesquisadores da área médica. O primeiro é um jovem carpinteiro e negro que vai trabalhar como ajudante no laboratório do segundo.

Sim, o conflito racial está implícito, não foi escancarado pelo roteiro, embora seja esta a razão primordial do filme. Mostrar que a ignorância e o preconceito racial, pode ter castrado bons profissionais que fariam diferença, caso tivessem tido uma chance.

Só nos Estados Unidos hoje é realizada 1.750.000 cirurgias cardíacas por ano. A história poderia ter sido contada com mais ousadia e agilidade. Mas a falta de tais características não desmerece um filme que poderá levá-lo às lágrimas. Comprove.

> Rodolfo Lima in Cranik

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DOM HÉLDER CÂMARA


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