Está para ser inaugurado, brevemente, o
Teatro Municipal, desta cidade, uma das mais úteis realizações do governo do
Ilmo. Sr. Tte. Cel. José Florêncio da Cunha. “Obra sunptuosa para Seabra”, como
disse o ilustrado clínico Dr. Epaminondas Martins, quando aqui esteve da última
vez, o que tem sido confirmado por todos que a visitam. Até admira a sua
construção na crise que atravessamos.
Felizmente realizamos uma das aspirações do povo deste Município, e esperamos que outras venham, com o andar dos tempos e ausência da crise, para enriquecer o nosso patrimônio municipal.
Jornal A Reforma, 22 de janeiro de 1933, domingo, Ano XVI, N. 706
ATA DE INAUGURAÇÃO DO TEATRO MUNICIPAL DA
CIDADE SEABRA
Ata original de inauguração do
Teatro Municipal de Tarauacá
(foto de R. Palazzo)
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Aos vinte e seis dias do mês de janeiro de
mil novecentos e trinta e três, nesta cidade Seabra, sede do Município e
Comarca do Tarauacá, Território do Acre, da República dos Estados Unidos do
Brasil, sendo Interventor Federal do mesmo Território o Exmo. Sr. Dr. Francisco
de Paula de Assis Vasconcellos, pelas nove horas da manhã, presentes o Exmo.
Sr. Tte. Cel. José Florêncio da Cunha, Prefeito Municipal do Tarauacá, comigo
secretário, abaixo nomeado, e todas autoridades judiciárias e chefes de todas
as repartições Federais, Comércio, representantes de classes, famílias e grande
número de cidadãos, foi pelo mesmo Sr. Prefeito Municipal, no salão nobre do
Edifício do Teatro Municipal, este inaugurado com as formalidades do estilo.
Depois do que usando a palavra o Sr. Prefeito fez diversas considerações sobre
a ereção da obra, mostrando com dados escritos as despesas ocorridas na
construção do mesmo Teatro, salientando o valioso concurso administrativo
prestado pelo Exmo. Sr. Dr. Assis Vasconcellos, que patrioticamente ouviu e
atendeu todos os pedidos desta administração e em seguida elegiou a ação
profícua e benemérita do Exmo. Sr. Dr. José Potyguara da Frota e Silva na
realização da obra que hoje se inaugura, revelando assim o seu alto patriotismo
e amor ao progresso destas regiões novas, onde tão salutar se torna os efeitos
maravilhosos da civilização. O Dr. José Potyguara exerce com aplausos e
critério, o cargo de Adjunto de Promotor Público do 2.o Termo desta
Comarca, com sede em Feijó. E para constar lavrei esta presente ata que vai
assinada pelo Sr. Prefeito, autoridades e por todos os presentes ao ato. Eu,
Manoel Elísio da Frota, Secretário da Prefeitura a escrevi e assino.
(Assinados): José Florêncio da Cunha, Edgard de Castro (dr.), Rafael Guedes
Corrêa Gondim (dr.), Rafael Dornelas Câmara (dr.), José Potyguara da Frota e
Silva (dr.), João Jeronimo Magalhães, Julio Pereira Roque, Auton Furtado,
Leoncio José Rodrigues (dr.), José Marques de Albuquerque, Raul Mendes, Jamil
Ossami, Hipólito de Albuquerque Silva, Ubaldo Menezes, Libania Gomes Rodrigues,
Hilda Gomes Farias Rezende, Joaquim Ribeiro Viana, Tte Domingos Gonçalves
Sobreira, José Umbelino de Souza, Odete do Rego Catão, Carlota Cunha, Alaide
Herminia do Nascimento, Maria de Farias Furtado, Irineu Catão, Arnaldo Farias,
Raimundo Otavio da Costa, Maria Ester de Sousa Vale, Carmina Saboia, Alda do
Rego Catão, Mozart Donizetti Gondim, Antônio Teófilo Lessa, Almerio Bandeira de
Melo, João Caldas do Lao, Magib Alabi, Sergio Paugo, Jofre do Rego Catão,
Carlos Martinho, José Higino de Sousa, J.M. Neiva, Antonio Paulino Gomes, João
Umbelino de Sousa, Antonio Albertino Filho, Rusá Eliamen, José Soares Judidat,
Gabriel Vieira de Sousa, José do Rego Catão, Horacio Ferreira Lima, Francisco
Altino Angelim, João Bruno Cordeiro, João Vieira Leitão, Benedito da Silva
Coutinho, Sebastião Alves Maia, Bento Moreira de Rezende, Francisco Pinheiro
Dantas, Raimundo Araújo, Anastacio Rodrigues de Farias, Audizio Farias,
Raimundo Acreano, Odilon Nunes da Rocha, Braulino Cicero de Sousa, Manoel Sousa
de Albuquerque, Hiran Augusto de Sousa, Manoel Vieira da Cunha, Manoel Elisio
Frota, Antonio Gabriel de Oliveira, Antonio Murú Ramos de Menezes, Manoel de
Oliveira Martins e José de Sá Barreto.
Jornal A Reforma, 29 de janeiro de 1933, domingo, Ano XVI, N. 707
Jornal A Reforma, 29 de janeiro de 1933, domingo, Ano XVI, N. 707
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"Quando se sonha só, é apenas um sonho, mas quando se sonha com muitos, já é realidade. A utopia partilhada é a mola da história."
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