quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

NÃO ME LEMBRO DE QUANDO CHEGUEI ONDE

Isac de Melo 


Diz mamãe que nasci num dia lindo
Que havia alegria no hospital
Era dia das mães e que legal
Há quem diga que até saí sorrindo
A enfermeira que estava assistindo
Disse: mãe, parabéns nasceu um conde
Minha mãe satisfeita lhe responde
Quero meu filho forte e com saúde
Quis gravar o que ouvia, mas não pude
Não me lembro de quando cheguei onde

Se não me lembro nem de ter chegado
Imaginem de onde fui saído
E nem pode caber no meu sentido
Em que mundo talvez eu tenha estado
Acredito que fui de fenestrado
Só não sei de que parte vinha o bonde
E do lado onde estou por que se esconde
Pode ser que de ideia um dia mude
Vou pra isto pedir que Deus me ajude
Não me lembro de quando cheguei onde

Não saber de onde somos oriundos
Não implica dizer que somos fracos
Se chamarmos o mundo aqui de macro
Mergulhamos no lago mais profundo
A verdade é que existem micro-mundos
Que se Deus perguntar ninguém responde
Se não vemos às vezes coisas grandes
Como queremos enxergar o micro
Vou ficar dando volta e não explico
Não me lembro de quando cheguei onde

Muitos vírus estão em nossa volta
Tão pequenos que não se pode ver
Mas que fazem a gente adoecer
Essa elípte às vezes me revolta
Chegam e entram sem bater na porta
E nos causam problemas de saúde
E lá vamos pedir que Deus ajude
Quando vemos que a coisa ficou séria
E por conta de uma bactéria
Negro peida Se esborra e caga grude

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