Crônicas Indigenistas
O sol estava a
pino. Já passava do meio dia quando ele finalmente conseguiu acertar tudo
direitinho com o barqueiro que aceitou levá-lo, na subida do rio Tarauacá.
Fazia muito calor naquela tarde de setembro, e conseguir um barco foi o menor
dos problemas naquele dia.
– Pra onde você
quer ir mesmo? - Era a pergunta mais frequente que ouvia pela cidade, onde quer
que parasse para resolver alguma coisa antes de sua viagem. Talvez a estranheza
se desse pelo fato de aparentar ser muito jovem. Talvez por ser extremamente
branco e aparentar fragilidade. Talvez por parecer uma pessoa estranha mesmo,
com cabelos longos e brincos: “Mais um maluco atrás do que fazer…” - Foi o
comentário venenoso ouvido de uma mesa ao lado, quando certo dia almoçava com
um indígena que o acompanharia, sem se dar conta que estava falando um pouco
alto, e, certamente, com um ‘estilo’ de fala (o tal ‘sotaque’ conhecido no
interior como ‘sotato’).
Leia na íntegra em Crônicas Indigenistas
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"Quando se sonha só, é apenas um sonho, mas quando se sonha com muitos, já é realidade. A utopia partilhada é a mola da história."
DOM HÉLDER CÂMARA
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