quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Em memória de MEU AMIGO RADIALISTA JOSÉ DE SOUZA LOPES

Gilberto A. Saavedra – Rio de Janeiro.


Nesta passageira vida de todos nós, felizmente há tempo de ocorrerem muitas coisas boas, pois as que não são é melhor a gente esquecê-las.

Eu tenho muitas histórias para contar. Eu narro muitas delas que aconteceram comigo, não com o efeito de esnobação, soberba, pois nenhuma delas, aliás! não fiquei mais prestigiado e nem rico.

Mas uma coisa eu senti! “FELICIDADE”, como qualquer ser humano normal naquele momento sentiria.

Gostaria de ter convivido mais um pouco com esse grande profissional e colega (amigo do peito). Infelizmente nos deixou muito cedo.

Vou narrar resumindo, um pouco dessa franca amizade, que nasceu do fruto do esforço; do reconhecimento do trabalho, daquilo que é feito com esmero, com carinho e competência. Sem ambição e sem maldade. É apenas uma singela homenagem a este extraordinário radialista do Acre, pois não disponho de outro meio.

JOSÉ DE SOUZA LOPES, o nosso ZÉ (era carinhosamente assim chamado por todos), teve a ideia (uma difícil proeza) de transmitir pelas ondas da Rádio Difusora Acreana, o meu enlace matrimonial. Façanha complicadíssima, pois naquele tempo, (Década de 1970) não existia essa extraordinária tecnologia de celular, quanto mais internet.

O ZÉ (ele mesmo) à frente de João Nascimento (técnico) e mais alguns funcionários do setor de apoio da rádio, tiveram o encargo na preparação da fiação nos postes, começando na emissora até à casa da noiva no bairro da Cerâmica; uma distância bem razoável (ponha fio nisso).

Ficou acertado com os pais da noiva (Alany Mesquita), que durante o trabalho de colocação dos fios nos postes, a equipe ficaria almoçando na casa da noiva.

Passado um mês e o trabalho não terminava, então, fui perguntar ao meu diretor:
– ZÉ, o que está faltando para a transmissão do casório? Ele respondeu, rindo!
– Saavedra, é a culinária saborosa da tua sogra que está dificultando o acabamento.

O José Lopes era assim mesmo; brincalhão, simples, trabalhador de primeira grandeza, honesto, educado, amigo para valer. E não se engane: inteligente, de uma cultura fora do padrão normal.

ZÉ, meu amicíssimo, você foi muito legal. Eu sei disso desde o nosso tempo de rádio, mas só agora, decorrido esta vida toda, é que eu plenamente, estou reconhecendo o valor, do que você fez por mim.

Quero te pedir desculpas pela singela homenagem, mas é de coração. Obrigado pela transmissão do casório. Deu certo! Acho que Dom Giocondo Maria Grotti (bispo que celebrou o casamento) com suas milagrosas mãos nos abençoou. (Quase 50 anos decorridos). Obrigado por tudo. Você foi um amigo que muitos gostariam de ter.

Na foto
1 – Na frente de óculos - Garibaldi Brasil (Jornalista e Advogado);
2 – Natal de Brito (Radialista);
3 – João Lopes (Radialista e irmão do Zé);
4 – Elzo Rodrigues (Jornalista);
5 –José Lopes (Radialista e Advogado);
6 – ( ? ) Estou c/ o nome na boca...)
7 – Ênio Aires (Deputado Estadual – Presidente da Assembleia);
8 – Gerardo Madeira (Jornalista).

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