Nesta passageira
vida de todos nós, felizmente há tempo de ocorrerem muitas coisas boas, pois as
que não são é melhor a gente esquecê-las.
Eu tenho muitas
histórias para contar. Eu narro muitas delas que aconteceram comigo, não com o efeito
de esnobação, soberba, pois nenhuma delas, aliás! não fiquei mais prestigiado e
nem rico.
Mas uma coisa eu
senti! “FELICIDADE”, como qualquer ser humano normal naquele momento sentiria.
Gostaria de ter
convivido mais um pouco com esse grande profissional e colega (amigo do peito).
Infelizmente nos deixou muito cedo.
Vou narrar
resumindo, um pouco dessa franca amizade, que nasceu do fruto do esforço; do
reconhecimento do trabalho, daquilo que é feito com esmero, com carinho e
competência. Sem ambição e sem maldade. É apenas uma singela homenagem a este
extraordinário radialista do Acre, pois não disponho de outro meio.
JOSÉ DE SOUZA
LOPES, o nosso ZÉ (era carinhosamente assim chamado por todos), teve a ideia
(uma difícil proeza) de transmitir pelas ondas da Rádio Difusora Acreana, o meu
enlace matrimonial. Façanha complicadíssima, pois naquele tempo, (Década de 1970)
não existia essa extraordinária tecnologia de celular, quanto mais internet.
O ZÉ (ele mesmo) à
frente de João Nascimento (técnico) e mais alguns funcionários do setor de
apoio da rádio, tiveram o encargo na preparação da fiação nos postes, começando
na emissora até à casa da noiva no bairro da Cerâmica; uma distância bem razoável
(ponha fio nisso).
Ficou acertado com
os pais da noiva (Alany Mesquita), que durante o trabalho de colocação dos fios
nos postes, a equipe ficaria almoçando na casa da noiva.
Passado um mês e o
trabalho não terminava, então, fui perguntar ao meu diretor:
– ZÉ, o que está
faltando para a transmissão do casório? Ele respondeu, rindo!
– Saavedra, é a
culinária saborosa da tua sogra que está dificultando o acabamento.
O José Lopes era assim
mesmo; brincalhão, simples, trabalhador de primeira grandeza, honesto, educado,
amigo para valer. E não se engane: inteligente, de uma cultura fora do padrão
normal.
ZÉ, meu amicíssimo,
você foi muito legal. Eu sei disso desde o nosso tempo de rádio, mas só agora, decorrido
esta vida toda, é que eu plenamente, estou reconhecendo o valor, do que você
fez por mim.
Quero te pedir
desculpas pela singela homenagem, mas é de coração. Obrigado pela transmissão
do casório. Deu certo! Acho que Dom Giocondo Maria Grotti (bispo que celebrou o
casamento) com suas milagrosas mãos nos abençoou. (Quase 50 anos decorridos). Obrigado
por tudo. Você foi um amigo que muitos gostariam de ter.
Na foto
1 – Na frente de
óculos - Garibaldi Brasil (Jornalista e Advogado);
2 – Natal de Brito
(Radialista);
3 – João Lopes
(Radialista e irmão do Zé);
4 – Elzo Rodrigues
(Jornalista);
5 –José Lopes
(Radialista e Advogado);
6 – ( ? ) Estou c/
o nome na boca...)
7 – Ênio Aires
(Deputado Estadual – Presidente da Assembleia);
8 – Gerardo Madeira (Jornalista).
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"Quando se sonha só, é apenas um sonho, mas quando se sonha com muitos, já é realidade. A utopia partilhada é a mola da história."
DOM HÉLDER CÂMARA
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