André Amazonas nasceu
em Caapiranga, no interior do Amazonas, onde começou tocando cavaquinho,
instruído pelo pai. Aos 16 anos, já tocando saxofone, passa a viver em Manaus,
onde ganha a vida como músico de shows e bailes. Aos 20 anos, sofre uma doença
de pulmão que o afasta do Exército e da banda militar. Sem poder tocar
saxofone, escolhe a guitarra para desenvolver seu talento musical. Em seu novo
instrumento, consagra-se como um dos principais músicos dos anos oitenta na
região.
Nesse período lança
quatro discos – “Brincando com as cordas” (1985), “Uma guitarra especial”
(1986), “Uma guitarra na lambada” (1987) e “A guitarra do povo” (1989). Os
quatro discos são exemplares da musicalidade amazônica construída na década de
oitenta, que resultou na lambada e na guitarrada. Exímio instrumentista e dono
de um estilo particular, André Amazonas valorizou como poucos a guitarra e a
música popular regional.
Alguns anos atrás,
sofrendo de mal de Parkinson, terminou seus dias tocando em igrejas em Manaus.
Antes de morrer, em 2015, mesmo com visível dificuldade, ele entrou no estúdio,
acompanhado de Manoel Cordeiro, para registrar sua participação no disco
"Guitarreiro", de Rosivaldo Cordeiro. André Amazonas é irmão de Nonato,
outro grande instrumentista amazonense que, ao contrário do irmão, fixou-se no
cavaquinho, onde fez escola. O primeiro disco e o quarto de André Amazonas
foram gravados no estúdio da Gravasom, em Belém.
Fernando Rosa
O André (apelido profissional "Amazonas") foi na minha adolescência meu segundo professor de violão. O primeiro foi o violonista João Maciel, de 1976.
ResponderExcluirEm 1977 fiz umas 10 aulas particulares com André, no bairro da Glória, Manaus-AM. André me falou: eu te ensino, mas tu precisa aprender a ler e escrever música clássica. Ele focava minhas aulas na bossa nova e num estilo "jazz" -- *(que mais adiante estudei mais a fundo, na Escola de Música de Brasília-EMB) -- que ele curtia, mas não tinha onde tocar naquele época em Manaus. Eu adorava suas aulas! Pra mim ele era um puta músico com um talento nato e uma criatividade musical excepcional. --- **(Interessante que me recordo que o André não citava em minhas aulas nada sobre o estilo musical "Beiradão" que ele produzia tocando e gravando; nem me deu aulas nesse estilo.)
Vou aproveitar que ontem também enviei um agradecimento ao meu terceiro professor de violão (clássico), Adelson Santos, (durante uma semana de workshop que estudei no Conservatório de Música de Manaus, na Rua Joaquim Nabuco, em 1979) e quero enviar um MUITO OBRIGADO especial ao meu saudoso e estimado amigo e professor André. Relembrando o apoio que me dava, estimulando-me a me tornar um músico profissional. Fato que ocorreu.
Devido às minhas andanças, quando saí de Manaus em 1980, no meu corre-corre pra sobreviver, eu perdi contato com muitos do meu passado vivido em Manaus. Fiquei triste e deu saudades, lendo a notícia (https://almaacreana.blogspot.com/2018/06/andre-amazonas.html) falando de sua passagem em 2015, sofrendo de mal de Parkinson.
Saravá, André! Boa Viagem e muita alegria na tua nova jornada "tocando pelas estrelas".
Gostaria também de agradecer ao "Alma Acreana - Isaac Melo" pela oportunidade de receber notícias sobre meu estimado professor de música André Amazonas e outros assuntos relativos que produzem. Parabéns, pelo trabalho de vocês que instrui e informa o povo!
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Mestre Jeronimo-JC
(Jerônimo Santos Da Silva)
(também conhecido por outros apelidos)
Pai/Mãe – Educador – Capuerista – Músico – Compositor – Escritor Bilíngue
Cidadão do Mundo (encarnei na Amazônia)