quarta-feira, 15 de agosto de 2018

QUANDO EU MORRER

Gilberto A. Saavedra – Rio de Janeiro


Quando eu morrer,
O mundo jamais vai exteriorizar esse fato,
Pois não fui nenhum grande líder,
Para a humanidade me idolatrar.

Mas, a você meu amor, quanto eu partir
Levarei muitas saudades de ti;
Do nosso companheirismo e cumplicidade vivido a dois,
Num romance de afinidade afável e amorosa.

Quando eu morrer, minha amada,
Lá de cima não te esquecerei,
Tuas lembranças serão eternas
E os teus largos sorrisos francos me confortarão. 

Quando eu morrer, meu bem,
Deixarei este mundo,
Feliz, em saber que fui amado,
Ao lado da mulher que tanto amei.

Quando eu morrer, minha querida, não chore!
Sorria!
Mas se você chorar, derrame suas lágrimas à vontade pelo o amor o qual, só lhe quis o bem.

Quando eu morrer, meu amor,
Sempre que, tu sentires saudade de mim,
É só olhar para o céu estrelado que,
Me verás cintilando na imensidão da abóboda celestial

Quando eu morrer,
Levarei alegria e também tristeza
Dos que me emocionaram,
Mas, só me fizeram o bem.

Quando eu morrer
Também lacrimejarei
De todos e de tudo,
Uma vez que, jamais vos verei.

Quando eu morrer, comigo não levarei:
Ódio, inveja, mágoa e hipocrisia.
Levarei uma alma serena,
Para minha ressurreição.

Quando eu morrer
Pedirei o perdão,
Àqueles, que julgarem-se injustiçados
Por algo ruim, que lhes causei.

Quando eu morrer,
Lembrem-se de mim,
Somente das coisas boas, esqueçam as más,
Pois não estarei mais aqui para me defender.

Quando eu morrer,
Agradeço enternecido a todos
Ao meu corpo presente,
Como prova de carinho, amizade e gratidão.

Quando bater aquela saudade,
Pense em mim em pensamentos,
Dos bons momentos apreciáveis
Que a vida nos deu.

Obrigado minha vida, doce meu bem,
Abençoada minha filha, meus queridos irmãos,
Parentescos e amigos; amados, pai e mãe,
Amei todos com ternura, de corpo, alma e paixão.

Aqui na terra cumpri a minha sina
Levando boas lembranças
De uma passagem feliz;

Com paz n’alma louvada
E muita dor no coração,
Deste mundão de Deus,
Até... “no encontro dos mundos”.

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"Quando se sonha só, é apenas um sonho, mas quando se sonha com muitos, já é realidade. A utopia partilhada é a mola da história."
DOM HÉLDER CÂMARA


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