O quarto lado da vida
“as águas espumosas
e inquietas descendiam
batendo fragas e
rochedos”[1]
Barbados
Açores navios negreiros
avós
caravelas do leste e do norte
retirantes
sertões severinos silvinos
com Damião
Frei Romão vem Santana
sangram riomar são romeiros latinos
sangram riomar são romeiros latinos
ao
ver-o-peso presépio do forte
mãe Manaó
Nazaré peregrinos
Ajuricaba
sua gente conclama
sangram florestas exploram nascentes
sangram florestas exploram nascentes
seus
lampiões são os olhos do corte
pai aquiry
anajás seringueiros
João Gabriel
de Uruburetama
brabos nativos afrodescendentes
brabos nativos afrodescendentes
imigrantes
soldados do sul e da sorte
coronéis
libertários benditos guerreiros
da ocidental
epopéia acreana
[1] Apud Luiz de
Camões.
* Poema publicado em Antologia de Escritas No7 (org. José Félix). Portugal: Quilate, Lda, 2010. p. 25
* Poema publicado em Antologia de Escritas No7 (org. José Félix). Portugal: Quilate, Lda, 2010. p. 25
** Fotografia ilustrativa presente em Álbum do Rio Acre 1906-1907 de Emílio Falcão.
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"Quando se sonha só, é apenas um sonho, mas quando se sonha com muitos, já é realidade. A utopia partilhada é a mola da história."
DOM HÉLDER CÂMARA
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