ODELE SOUZA
Flavia, aos 9 anos e 10 meses. |
06 de Janeiro de 1998. Há exatos 15 anos, a vida me pregava uma peça à
qual me tem presa para sempre. Minha filha Flavia, então com 10 anos de
idade, alegre e saudável, sofreria um afogamento que lhe deixaria em
coma vigil irreversível. Desde então, junto à luta por justiça para
minha filha, por mais segurança nas piscinas do Brasil e o sofrimento
diário de ver Flavia vivendo com todas as limitações que seu estado lhe
impõe, eu me pergunto:
Por que? Há 15 anos me pergunto: Por que?!
Por que naquela tarde quente de verão eu e meus filhos não fomos tomar
um sorvete em vez de estarem eles brincando na piscina que julgávamos
segura? Por que não foi possível salvar Flavia da sucção do ralo a
tempo dela sair da piscina sem as terríveis sequelas que lhe impedem de
ter uma vida normal como a de qualquer outra jovem de sua idade?
Por que?
Rubem Alves, num artigo que quando releio não contenho as lágrimas,
diz que não adianta se perguntar, pois “Todas as explicações serão
inúteis. Na verdade, o “por que”? aqui não é uma pergunta. Não se espera
por uma resposta. O “por que?” é um grito de protesto dirigido aos céus,
um urro que surge das vísceras, que nenhuma resposta poderá explicar ou
consolar. Grito que se grita diante da dor sem consolo”.
É isso. Uma dor sem consolo.
Em tempo: A Lei Federal de Segurança para as Piscinas do Brasil continua parada e sem qualquer atenção do Deputado Federal Darcisio Perondi com quem me reuni em Brasilia, em Agosto de 2011.
Quem quiser, pode dar uma força para conseguirmos essa lei que
certamente salvará muitas vidas, deixando uma mensagem no site do
Deputado Darcisio Perondi. Junte-se a esta luta, participe desta causa,
cobre ação do Deputado.No link a seguir você poderá ver quais os outros
locais onde o Dep.Perondi poderá ser encontrado, como por exemplo:
Twitter, Facebook. Orkut, etc. http://darcisioperondi.com.br
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Há uns versos maravilhosos do poeta inglês
John Donne que diz “a morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do
gênero humano. E por isso não pergunte por quem os sinos dobram; eles dobram por
vós". Compaixão é sofrer com o
outro, assim como não há ninguém mais compassivo para com Flávia do que sua mãe
Odele Souza. ODELE, a nossa comoção, às vezes tão passageira, é nada diante do
sofrer e da luta de Flavia, e por extensão, de você pela vida. Mas externamos
nosso carinho, aquele sentimento bom de amor que nos une e nos faz irmãos em
qualquer tempo, lugar ou circunstância. E, a seu exemplo, não nos resignaremos,
antes nos indignaremos. JUSTIÇA PARA FLÁVIA, e tantas outras flávias que há
mundo afora, por irresponsabilidade e negligência humanas. I.M.
PARTICIPE DA HISTÓRIA DE FLAVIA! VISITE:
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