Francisco Mangabeira (1879-1904)
Na sua carne morna se condensa
A primavera em flor com a madrugada
E das duas não sei qual a que vença
Tanto ela brilha quanto é perfumada.
É uma flor de volúpia e de descrença
Que abre a linda corola envenenada,
Trouxe no olhar a lua de Florença
E o Vesúvio na carne sublevada.
É uma ave cujo canto cheira a flores...
É deusa e me abandona... É a Traviata
Que em lugar de morrer mata de amores!
P’ra tanto amor meu coração é pouco...
Oh! maldita a loucura que me mata
E bendita a mulher que me faz louco!
Sob o Sol dos Trópicos, Manaus, 1902.
MANGABEIRA, Francisco. Poesias: Hostiário,
Tragédia Épica, Últimas Poesias. Rio de Janeiro: Annuário do Brasil, s/d. p.382
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Opa!
ResponderExcluirOlha ai o meu novo blog só sobre noticias do Quinari. Esse blog será constituído das boas imagens que temos aqui de Senador Guiomard( Quinari). Dá uma olhada ai http://quinarimeumododever.blogspot.com.br/ Obrigado!