Prof.a Luísa Lessa
Manifesto, aqui, a minha indignação ao ver a
nossa Suprema Corte corrompido pelos Petralhistas. Tudo uma vergonha para os
brasileiros dignos. Eu estudei muito, trabalhei 36 anos no Magistério Superior,
em prol de uma educação de qualidade. Hoje estou frustrada, parece que o país
não tem jeito.
De outro lado, eu observo que tudo isso que
vivenciamos retrata a população do país que colocou essa quadrilha no Governo
do Brasil. E, o pior, mesmo as pessoas esclarecidas e indignadas – assim como
eu – não levam suas indignações para as ruas. É preciso haver um grito de
GUERRA: FORA, BANDIDOS! Eu tenho esse direito, sou brasileira, trabalhadora,
educadora, tenho uma vida dedicada às causas nobres. Eu sou uma cidadã que tem
os brios feridos.
Não me censurem, mas QUERO OS MILITARES DE
VOLTA, DEMOCRÁTICOS, marcando novas eleições em 6 meses, com um decreto: NENHUM
DOS ATUAIS POLÍTICOS ELEITOS, PODERÁ CONCORRER A NENHUM CARGO POR 12 ANOS.
Essa, talvez, seja a saída para que a nova
geração possa recomeçar tudo de modo limpo, imprimindo um novo modelo político
no país. Estou cansada desses mascarados, descarados, ganharem dinheiro,
aposentarem-se com rios de dinheiro. E, nós, professores, ficamos com as
migalhas que sobra das quadrilhas e esquemas.
Quanto ao SUPREMO, destituição de todos os
ministros, (bons e salafrários), e remodelação do sistema de escolha. Que os
novos ministros sejam eleitos pelos seus pares, numa lista de antiguidade e, ao
se completarem as vagas, haverá uma lista de suplentes. Eleição no SUPREMO a
cada 4 anos. Quem fez babaquice pula fora e vai mofar na cadeia. Não se brinca
com os valores de uma nação, nem com os brios de seu povo. Não querem ouvir às
vozes das ruas?! – Deixem os cargos e vão para casa com um salário mínimo, como
vivem a maioria das famílias brasileiras.
E, mais: toda eleição deve ser coordenada
pela OAB, sempre atenta e vigilante para não haver ‘petralhice’. Pisou na bola,
sai fora. O povo deve ser ouvido, nos casos, em plebiscito.
Hoje estou sufocada, guardo a dor desse
“Estado de Sítio”, onde o PT faz todas as manobras, assalta o país, os
brasileiros e nada acontece. O silêncio dói nos ouvidos, ele anuncia a
continuidade deste estado de sitio...
Para mim, esse processo do Mensalão revela um
dos episódios mais vergonhosos da história política do nosso País, pois os
elementos probatórios do Ministério Público expõe, aos olhos de uma nação
estarrecida, perplexa e envergonhada, um grupo de delinquentes que degradou a
atividade política, transformando-a em plataforma de atividades criminosas. E,
muitos permanecem em berço esplêndido, com elevados salários. O povo, esse que
fique na miséria do salário mínimo de 622,00, educação, saúde, segurança,
habitação, transportes, tudo da pior qualidade.
Desse cenário, o que eu vejo são homens que
desconhecem a República, pessoas que ultrajaram as instituições e, atraídos por
um perverso controle do poder, vilipendiam os signos do Estado Democrático de
Direito e desonraram, com seus gestos ilícitos e marginais, a ideia pulsante do
texto de nossa Constituição. Na hora de colocar algemas nos bandidos, 5
ministros do Supremo, ofertaram Pizza. QUE VENHAM OS MILITARES POR ORDEM NESSA
DESORDEM!
* Luísa Lessa é pós-doutora em Lexicologia e
Lexicografia pela Université de Montreal, Canadá; Doutora em Língua Portuguesa
pela Universidade Federal do Rio de Janeiro; Mestra em Letras pela Universidade
Federal Fluminense; Membro da Academia Brasileira de Filologia; Membro da
Academia Acreana de Letras.
MEU COMENTÁRIO
Estou de pleno acordo com as
ideias da prof.a Luísa Lessa nesse texto, exceto a da confiança nos
Militares, ainda que democráticos. Se apurarmos bem nossos ouvidos, ainda
ressoam gritos e choros que principiaram naquela madrugada de 31 de março de
64. Certamente não é a estes tipos de militares a que se refere o texto da Luísa, aliás, texto de muita
coragem e franqueza. Mas não podemos esquecer do que foram capazes os Militares ao longo da história dos povos, e do próprio povo brasileiro. Particularmente
respeito muito as Forças Militares, mas não nutro nenhuma admiração, muito menos confiança. (I.M.)
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