Um clássico do cinema brasileiro, considerado um marco do
cinema novo, com direção de Glauber Rocha.
“O argumento de Deus e o Diabo na
Terra do Sol é uma síntese de fatos e personagens históricos concretos (o
cangaço e o mandonismo local dos coronéis no Nordeste, o beatismo ou misticismo
de base milenarista, a literatura de Cordel, Lampião e Corisco, Euclides da
Cunha e Guimarães Rosa, Antônio Conselheiro e Antônio Pernambucano (jagunço ou
assassino de encomenda de Vitória da Conquista). O vaqueiro Manuel se revolta
contra a exploração de que é vítima por parte do coronel Morais e mata-o
durante uma briga. Foge com a esposa Rosa da perseguição dos jagunços e acaba
se integrando aos seguidores do beato Sebastião, no lugar sagrado de Monte
Santo, que promete a prosperidade e o fim dos sofrimentos através do retorno a
um catolicismo místico e ritual. Ao presenciar o sacrifício de uma criança,
Rosa mata o beato. Ao mesmo tempo, o matador de aluguel Antônio das Mortes, a
serviço dos coronéis latifundiários e da Igreja Católica, extermina os
seguidores do beato. Em nova fuga, Manoel e Rosa se juntam a Corisco, o diabo
loiro, companheiro de Lampião que sobreviveu ao massacre do bando. Antônio das
Mortes persegue de forma implacável e termina por matar e degolar Corisco,
seguindo-se nova fuga de Manoel e Rosa, desta vez em direção ao mar.”
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"Quando se sonha só, é apenas um sonho, mas quando se sonha com muitos, já é realidade. A utopia partilhada é a mola da história."
DOM HÉLDER CÂMARA
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