Luísa Lessa
Escrevo num grito de dor,
Com o coração partido, ferido, sangrado.
Escrevo versos soltos, frases d’alma traída,
Enganada por lâmina de aço em furor.
Escrevo para expulsar da memória a
ingratidão,
Demolir o agito do coração.
Escrevo com o sangue quente, consciente,
O peito limpo, a alma rumo ao oriente.
Escrevo para afugentar a tolice,
De acreditar em perdulário amor.
Escrevo tal guerreiro, pensador,
Ser idealista convicto de labor.
Escrevo porque o poema é enganador,
Esconde a voz, a alma, a mente.
Escrevo para florescer nova semente,
Em plantio desbravador.
Escrevo pelo viver sagrado,
De poeta versejador.
Escrevo pela fé e esperança,
No viver feliz em segurança.
Escrevo para um novo caminho,
Esquecer o engano daninho.
Escrevo pelo passo da dança,
Do sonho, da ponte ao novo ninho.
Escrevo para fazer o novo,
Esquecer a tempestade avassaladora.
Escrevo para um tempo vigoroso,
Pleno de amor viçoso.
Escrevo para dizer adeus,
Agora para o todo e sempre.
Escrevo de alma serena,
Raiz de vida e fonte suprema.
Escrevo para a despedida minha,
Dizer-te adeus sem medida.
Escrevo para falar da falsidade,
Do engano e da maldade.
Escrevo para dizer FIM,
Ao ser fingidor.
Escrevo a ti somente,
Num adeus sem o anjo Serafim.
* Luísa Galvão Lessa é da Academia Brasileira
de Filologia e da Academia Acreana de Letras. Poema publicado em sua página
LINGUAGEM E CULTURA.
* Fotografia em Curiosos No Mundo
* Fotografia em Curiosos No Mundo
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"Quando se sonha só, é apenas um sonho, mas quando se sonha com muitos, já é realidade. A utopia partilhada é a mola da história."
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