Dirigida por Werner Herzog, Fitzcarraldo (1982) conta a história de Brian Sweeney
Fitzgerald, um excêntrico empreendedor irlandês, grande fã do tenor italiano
Enrico Caruso, que sonha em construir um teatro de ópera no meio da floresta
amazônica, no século XIX, em pleno apogeu do ciclo da borracha.
A grandiosidade do projeto aproxima o
personagem e o realizador, já que Herzog se recusou a gravar dentro de estúdios
e não poupou esforços para levar, floresta adentro, um navio inteiro pesando
cerca de trezentas toneladas. O Fitzcarraldo do título também é um sonhador,
movido mais pela paixão que pelo lucro. E detalhe, a trama foi inspirada em
fatos reais.
O papel principal coube ao ator polonês Klaus
Kinski (o mesmo de Nosferatu – O Vampiro da Noite e Aguirre – A Cólera dos
Deuses), com quem o diretor teve alguns conflitos. Filmagens longas, cansativas
e muito arriscadas levaram Kinski à decisão de abandonar o trabalho e deixar a
Amazônia. O ator mudou de ideia quando Herzog lhe apontou uma arma e lhe disse
que, dali, só sairia se estivesse morto. A relação entre os dois resultou no
documentário Meu Melhor Amigo (1999), idealizado por Kinski. Além de Grande Otelo,
o filme ainda conta com a participação do ator brasileiro José Lewgoy e do
músico Milton Nascimento. > futura.org
> Leia aqui um comentário do filme por Daniel Dalpizzolo
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"Quando se sonha só, é apenas um sonho, mas quando se sonha com muitos, já é realidade. A utopia partilhada é a mola da história."
DOM HÉLDER CÂMARA
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