Raimundo Correa (1859-1911)
Ódio e Amor. Eis as duas sentinelas
Da minha vida. quando, outrora, eu tive
A alma povoada de ilusões singelas,
Morre! – dizia-me a primeira delas;
Mas a segunda me dizia: – Vive!
Hoje estão ambas mudas. Ah! Se, um dia,
Não me corresse as veias, como corre,
Sangue honrado, mas lama e cobardia;
Vive: – o Ódio então com júbilo diria;
E o Amor a soluçar diria: – Morre!
CORREA, Raimundo. Poesias. São Paulo:
Livraria São José, 1958. p.178
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"Quando se sonha só, é apenas um sonho, mas quando se sonha com muitos, já é realidade. A utopia partilhada é a mola da história."
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