Gilberto A. Saavedra
(Locutor da RDA desse período)
Rio de Janeiro -
13/11/2015. A novela “OS DEZ MANDAMENTOS” exibida pela rede Record, caiu no
gosto do povo brasileiro e é atualmente a sensação da televisão nacional.
A saga de Moisés e
do coração duro (de pedra) do faraó do Egito Ramsés, faz me voltar no tempo
ainda como locutor da ZYD-9, recordar e sentir saudade da incrível radionovela
“O Egípcio”, transmitida pela nossa querida Rádio Difusora Acreana, na década
de 70.
“O Egípcio”, da
escritora paulista Ivani Ribeiro (1916/1995), conta uma estupenda história de
ficção, acontecida no Egito nos tempos dos faraós e que também tem uma passagem
de Moisés.
A mocinha Mineia,
atriz Elaine Cristina, (13/05/1950) e o seu galã Radamés, ator Ézio Ramos,
falecido em (1999) com 82 anos, balançavam os corações do público ouvinte. Com
suas aventuras o casal constantemente se arriscava e tentava livrar-se das
crueldades do vilão, o Marduk, ator e dublador Aldo Cesar, paulista,
(1928/2001).
O bruxo do temível
labirinto do Minotauro, onde o feiticeiro aprisionava suas vítimas, causou
muito medo e arrepios em todos os fãs. Uma história emocionante com muita
bruxaria até o último capítulo da história.
Vivi e fiz
parte da Difusora desse tempo, em que essa fantástica radionovela se originou,
deixando todos os fãs extasiados.
Nesta data, o
radialista e advogado José Lopes era o diretor geral da emissora, e eu o chefe
do setor de programação. Nesta história, vou relatar para todos, como surgiu
essa minha ideia mirabolante sobre a vinda da radionovela “O Egípcio” para a
Rádio Difusora Acreana e como ela mudou o conceito da emissora.
Foi um grande
empreendimento da ZYD-9, que não mediu esforços na aquisição da produção
radiofônica. A radionovela bateu o recorde de público ouvinte. “O Egípcio” foi
considerado por todos como o maior sucesso de todos os tempos, transmitido pela
“Voz das selvas”.
A pesquisa de
audiência era realizada por alguns funcionários (também participei) e
colaboradores da Rádio Difusora Acreana no interior do Estado, época em que
ainda não existiam, institutos de pesquisas de opinião pública no Acre.
Mas o que levou a
direção da emissora estatal fechar um contrato dessa magnitude? Principalmente,
por que naquele instante a arrecadação com propagandas na emissora não era das
melhores e, com isso, poderia ter dificuldade de honrar o compromisso com os
produtores da radionovela.
MOTIVO
Brigar (disputar)
pela audiência na capital rio branquense com a rádio Nova Andirá que era líder,
e com isso melhorar as finanças do departamento de publicidade da Difusora.
Embora, a emissora pública dispusesse de funcionário da União e Estadual, outro
tipo de servidor recebia pela renda (interna) das propagandas, além das
comissões.
A disputa pela
audiência em Rio Branco entre as duas emissoras, iniciou-se logo após o advento
da rádio Novo Andirá. A batalha foi travada, mas a Difusora teve que percorrer
um caminho longo e difícil.
Embora seja
esquecido pelas mídias do meu Estado natural o Acre, elucido que, como
radialista da Rádio Difusora Acreana (1966/1973), com o meu trabalho, com muito
esforço e empenho contribuí por um rádio melhor, há quase 50 anos (49) pra ser
coerente.
Portanto esclareço
que não há razão minha de levar para o túmulo eterno uma pequena e singela
história, nunca divulgada pelas (mídias do Acre), e que não é só minha, mas de
todos os funcionários que trabalharam e integram atualmente a emissora. Todos
os belos e ricos relatos escritos por profissionais da comunicação pertencem ao
público ouvinte que ama a Difusora.
HISTÓRIA NÃO
CONTADA
Homenagem singela
e justa, àqueles que com
seus incansáveis
esforços alavancaram
o desenvolvimento
do Acre.
Gilberto A.
Saavedra (jornalista).
RELATO
Tudo começou em
1966, ano em que a emissora dos Dantas, foi colocada no ar. O radialista Natal
de Brito era o diretor da Rádio Difusora Acreana. No início da data em questão, aos 19 anos de idade, fui aprovado no teste de locução pelo Natal e passei a
integrar ao quadro de locutores da Rádio Difusora Acreana.
Antes me
preparei fazendo propaganda de filmes do cine Rio Branco. Como iniciante na
carreira fui colocado ao lado de Rivaldo Guimarães apresentador do Bom dia
Acre. Durante o programa lia somente os textos comerciais.
Como tudo em
nossa vida profissional é espinhoso de se conquistar, no rádio, também, não
seria diferente. Por essa razão, prestava muito bem atenção nos que os
apresentadores e locutores transmitiam.
Certo dia quando
estava chegando à rádio para trabalhar, o Natal já me aguardava na frente da
emissora, muito nervoso. Quando me aproximei, ele com aquele seu vozeirão que
lhe era peculiar, exclamou!
“Graças! Você
chegou. Bendito sejas tu. A partir de hoje Saavedra, você será o novo
apresentador do programa Bom dia Acre. O Rivaldo foi transferido. Infelizmente,
a rádio não vai mais poder contar com ele”, finalizou-o muito triste.
Além do Natal do
Brito meu (mestre) e que ele sempre falava que eu era um bom discípulo, o amigo
de muitos anos (infância) e depois juntos (ofícios) na (imprensa oficial) o
locutor Rivaldo Guimarães, mas tarde Juiz de Direito da Criança e Adolescente, também
foi pra mim um bom professor e ótimo colega de trabalho.
Ainda contava com
o querido Mota de Oliveira, que me deu as informações necessárias de com fazer
um bom programa de saudade. Meu amicíssimo Cícero Moreira era um dos meus
amigos do peito. Ele me deu as coordenadas do programa de mensagens, de como
interpretar a leitura de cada aviso do ouvinte, com conteúdos distintos e às
vezes sombrios. Tudo isso só com um olho. (tinha perdido uma das visões).
Tempo depois, o
Natal de Brito baixou uma portaria interna indicando-me para exercer a função
de contra regra, mas também continuava, com o que fazia antes.
Em 1968,
assinei um contrato na Secretaria de Educação como funcionário estadual na
função de locutor do governo. Esse contrato foi o Natal que conseguiu. Ele
queria me transformar num exímio locutor de transmissões oficiais do governo.
Levou-me uma vez pra ver como funcionava. Não gostei e não levei a séria sua
proposta. Acho que não dava para o negócio e ficou por isso mesmo.
O Natal de Brito e
sua experiência de anos, e de um excelente perfil como profissional de rádio,
não media esforços para ajudar todos que estavam interessados em seguir a
carreira de radialista. Ainda sob o seu comando e nas gestões de Eurico Filho e
José Lopes, muitos jovens ingressaram no quadro de locutores da Difusora
Acreana:
José Valentim
Santos, Agnaldo Guilherme, Agnaldo Martins, Raimundo Nonato (pepino) Nivaldo
Paiva e a querida Nilda Dantas. Os sonoplastas Adalberto Dourado, Zezinho Melo
e Jorge Cardoso por merecimentos (competência) os três passaram a integrar o
quadro de locutores. Depois chegou Estevão Bimbi que já era profissional e
transformou-se no (grande do rádio no Acre).
Dentro do meu
tempo e dos colegas de profissão a nossa labuta diária era sempre de muito
trabalho e dedicação.
Colocávamos a
rádio no ar, às cinco horas da manhã, eu e Jorge Cardoso, quando ele ainda era
(sonoplasta), um programa de músicas sertanejas. Gostávamos de fazer.
Recebíamos muitas cartas de ouvintes pedindo para tocar uma determinada música.
Os pedidos
vinham mais do interior, principalmente dos seringais, colocações etc. Enviavam
lembranças e presentinhos. Um dia ganhamos um abacaxi gigante de Tarauacá. Isso
foi antes do lançamento do “Compadre Lico”.
Cumpria a escala
pela manhã até o meio dia. Aproveitava os (intervalos) entre os programas para
dar um pulinho no mercado para reforçar o organismo. Retornava à tarde, após a
Hora do Brasil. Apresentava o bispo Dom Giocondo Maria Grotti na Hora do
Ângelus, lia as mensagens e depois ficava livre.
Com o falecimento
do nosso saudoso radialista Mota de Oliveira, passei a cobrir o horário deixado
pelo nosso colega. O programa chamava-se Recordar é viver e que tinha a cara do
Mota. Tempo depois, o Nivaldo Paiva assume o comando do programa.
Tudo era difícil
no rádio. A mão de obra de profissionais no mercado era escassa. Ainda não
existiam escolas (faculdades) de Comunicação. Por esses motivos os
profissionais desse tempo tinham a obrigação de aprender tudo na prática.
A própria
tecnologia da época era arcaica e pesada. Quase todos os programas eram
divulgados ao vivo. Quando se tinha erro, pedia desculpa e continuava, pois a
falha já estava no ar.
Até 1970, o
próprio Noticiário Oficial do Governo do Estado, apresentado antes pelo
competente e inesquecível Índio do Brasil, depois Natal de Brito, Pinheiro
(irmão do Natal), Altemir passos e por mim às seis horas da manhã (repetição da
noite anterior) eram transmitidos ao vivo. Foi a partir da apresentação desse
informativo que me interessei pelo radiojornalismo (1969).
Quando há um
trabalhado editado, têm-se todos os recursos. O lapso é zero. A emissora
possuía todo o equipamento necessário para o seu desenvolvimento, mas as
matérias do Noticiário do governo chegavam em cima da hora, já sem tempo para
editá-las.
As
transmissões oficiais externas realizadas por Natal de Brito e Anselmo
Sobrinho, José Lopes, Campos Pereira e Estevão Bimbi eram todas gravadas, sob a
responsabilidade do velho guerreiro de guerra, João Nascimento.
Depois de Índio do
Brasil e Natal de Brito, Considerado o radialista Anselmo Sobrinho (jornalista
e advogado) como o melhor locutor em transmissões oficiais do Acre. Tinha muita
competência e um improviso de fazer inveja. Mas, também, tivemos outros grandes
profissionais nesse tipo de transmissão.
Nunca participei
das transmissões oficiais. Preferia dar o apoio nos estúdios. Mas gostava das
transmissões carnavalescas. Participava muito com Anselmo Sobrinho.
RÁDIO NOVO ANDIRÁ
Após a entrada no
ar da rádio Novo Andirá (1966), A RDA perde a hegemonia na capital. A mais
antiga emissora do Acre (fundada em 1944) possuía uma equipe com bons
profissionais. Mas não era o suficiente para reverter o quadro de liderança.
“A nova emissora
já iniciava os seus trabalhos radiofônicos com uma boa vantagem sobre a
Difusora. Veja: usufruía dos seguintes privilégios: emissora nova, programação
voltada para os jovens com muita música”. Época da jovem guarda.
“Sintonizada em
frequência de Onda Média, que produzia um melhor som, sem nenhum sinal de
interferência em sua faixa, além de só ela ser captada num novo tipo de
receptor portátil o “radinho de pilhas”, que era a coqueluche do momento”.
Na época, os
receptores de rádio dos automóveis e táxis só sintonizavam a frequência local
da rádio Novo Andirá, ficando de fora o som da Difusora por ser em ondas
curtas. Depois o (Zé deu um jeito nisso).
E assim,
comandando a preferência do ouvinte e sem ameaças da Difusora, a rádio Novo
Andirá trilhou como líder de audiência na cidade de Rio Branco, ainda por um
bom período.
Os radialistas da
emissora dos Dantas nesse período eram: José Simplício, J. Almeida, Juvenal,
Elizeu Andrade, Ulisses Modesto, J. Conde, João Lopes, Nilda Dantas, Elísio R.
Noronha, J. Xavantes, Campos Pereira e equipe de esporte. Natal de Brito,
Altemir Passos, Mota de Oliveira Vilma Nolasco e outros locutores da Difusora
que também deram suas contribuições.
GESTÃO
JOSÉ LOPES
(Difusora Acreana)
Em 1969 o advogado
e radialista Jose Lopes é nomeado para exerce o cargo de diretor da Rádio
Difusora Acreana. A nova gestão aspirava uma rádio mais eclética.
Primeiramente procurou trabalhar a parte de propagandas da emissora,
fortalecendo o departamento de Publicidade. E com muita força de vontade
resolve inserir na programação da emissora novas atrações.
O novo diretor da
ZYD-9 resolve baixar algumas portarias internas: passo a acumular duas funções
de confiança: assumo os setores de programação e artístico da Rádio Difusora
Acreana. A ideia de José Lopes era competir com a rádio Novo Andirá, hoje,
Capital.
Mesmo com todos
esses predicados à frente da Difusora, José Lopes não esmoreceu. Ele inteligentemente
sabia que a aparelhagem em Ondas Curtas da Difusora (AM), voltada
principalmente para o interior, jamais conseguiria ganhar na capital da rádio
Novo Andirá, mas poderia competir de “igual para igual” em determinados
horários com a implantação de novas atrações e de impacto!
NOVAS
ATRAÇÕES
Começamos a
pesquisar e analisar os programas de grandes audiências da programação da nossa
concorrente. Depois de meses de um minucioso e exaustivo trabalho de análises,
colocamos o novo plano em ação. Tudo com lucidez. Com saída de alguns programas
e entradas de novas atrações.
Na abertura dos
trabalhos da emissora:
Às cinco
horas da manhã, “Compadre Lico”. Programa sertanejo com muito forró e que
marcou uma época.
“Cinco minutos com a notícia” – José Valentim Santos.
(informativo de hora em hora - jornalismo)
Horário nobre (manhã) “O Egípcio”- radionovela - Gilberto A. Saavedra.
(Pedido do público
ouvinte “O Egípcio” também era reprisado noutro horário). Ninguém queria ficar
sem ouvi-lo.
Horário nobre (manhã) “A última testemunha”. Radionovela que estreou depois do encerramento de “O Egípcio”.
Horário Nobre (manhã) – Programa “não diga não nem né” Gilberto A. Saavedra.
Às nove horas da noite – Grande jornal da noite – Elzo Rodrigues e Gilberto A. Saavedra.
Depois entrava no ar - Recordar é viver – Nivaldo Paiva
(retorno desse
programa de saudade, que antes era apresentado por Mota de Oliveira).
Domingo à noite no auditório da Difusora – Programa de palco – José Lopes (Por falta de espaço o programa foi transferido para o cine Acre).
Obs. Foram citadas nessa programação só as novas atrações.
O Boletim de hora
em hora “Cinco minutos com a notícia” com José Valentim Santos, teve uma boa
aceitação por parte do ouvinte.
RADIOJORNALISMO
Colocamos no ar o
“Grande Jornal Falado da Noite”. Tivemos que trabalhar muito para poder
transmitir esse noticioso na Difusora.
A equipe era
pequena, mas com determinação e força de vontade conseguiu chegar a um
denominador comum: no comando do jornalismo da Difusora tínhamos o jornalista
Francisco Cunha. No telégrafo a figura de Francisco Pinto (falecido) que
captava as informações através das Agências de Notícias nacionais e internacionais.
O jornalista Elzo
Rodrigues como chefe da assessoria de Imprensa do Gabinete Civil do governador
Jorge Kalume, se encarregava das informações locais e estaduais confeccionadas
na Assessoria por Mauro D’Avila Modesto e equipe.
Complementando o
trabalho da equipe de jornalismo, tinha a incumbência de com um gravador,
gravar os noticiários das emissoras a Voz da América, BBC de Londres ou Globo.
Tudo feito de madrugada (quatro da manhã) em casa.
O jornal era
apresentado à noite por mim e Elzo Rodrigues. Faço questão de dizer, que o nome
do noticioso o “Grande Jornal Falado da Noite”, foi uma justa homenagem ao
excelente profissional o radialista Natal de Brito. Foi ele o idealizador do
“nome” do Jornal em épocas passadas na Rádio Difusora Acreana.
O referido jornal
era apresentado também pela manhã (bem cedinho) somente por mim.
Mas ainda estavam
faltando três atrações que iriam completar essa nova programação da Difusora,
na época do radialista José Lopes.
O próprio colocou
no ar um programa dominical à noite, com os valores artísticos regionais,
diretamente do auditório da emissora, e que depois passou a ser apresentado no
cine Acre, por ser o espaço maior. O cine ficava lotado para prestigiar os
valores da terra:
O programa
competia (em horários diferentes) com o programa de palco do J. Conde (manhã),
que era apresentado aos domingos pela Novo Andirá. Na época, não havia ainda
televisão no Acre.
A nossa cartada
foi colocar no ar, na Difusora, a radionovela “O Egípcio”, de Ivani Ribeiro, no
mesmo horário que era apresentado na rádio Novo Andirá, um dos programas
campeões de audiência, e que era apresentado pelo melhor locutor da época, o
imbatível Altemir Passos, além do galã José Simplício (jornalista) que também
tinha um programa muito chato (difícil) de vencê-lo.
A radionovela
conseguiu fazer concorrência nesse horário pela manhã, e com a proeza de ganhar
o horário nobre, pela primeira vez.
“O Egípcio” foi um
grande sucesso da Difusora e só visto há muito tempo com a radionovela “O
direito de nascer”.
Quando se passava
pelas calçadas das casas, ouvia-se o possante som em alto volume nos receptores
de rádio da época, os “transglobe” da Philco ouvindo-se “O Egípcio”. A
apresentação dessa radionovela fantástica derrubou a audiência da rádio Novo
Andirá. Todos nós da Difusora Acreana, logo de início, ficamos espantados com a
grande repercussão.
Esta é uma
pergunta que posso responder com convicção. Mas, nunca foi divulgada nas mídias
do Acre. Talvez, por ter sido na época um assunto confidencial (interno da
emissora) entre os diretores e não diretamente do público. Tínhamos que manter
segredos profissionais para alcançarmos os nossos objetivos de surpresas.
Estávamos
pesquisando atrações radiofônicas, que pudessem pelo menos chegar perto em
audiência do conceituado programa do Altemir Passos. O José Lopes e o Estevão
Bimbi já como chefe do setor artístico, sempre em sintonias com as outras
emissoras do país em busca de algo novo, novas ideias que pudessem implantar na
Difusora.
Até tal
momento não se tinha conseguido nada de novo. Todos os programas eram e são
parecidos uns com os outros. Não passava pelas nossas cabeças nenhuma
radionovela. Aliás, nunca tínhamos cogitado esse tipo de atração em nossas
pesquisas.
Mas depois
de um bom tempo, surgiram-me duas ideias mirabolantes. Apresentei aos colegas e
eles aceitaram.
A primeira ideia é
sobre a vinda da radionovela (O Egípcio) para a Rádio Difusora Acreana.
Tudo começou por
acaso. Uma experiência minha vivida no Rio de Janeiro, e que no meu retorno a
Rio Branco, foi repassada aos gerentes dos cines Rio-branco e Acre. Gostava de
assistir filmes e anotar. Tinha um caderno de capa dura, tipo (tabelião) onde
anotava os nomes das películas e suas características.
Tratava-se
de um “diário de filmes” com centenas deles. Os nomes (títulos), produtoras,
sinopses, elencos, coloridos (tecnicolor) ou em preto e branco, etc. Muitas
superproduções do gênero drama épico. Vou citar apenas as que eu mais apreciava
e muitas delas foram lançadas nas telas da nossa cidade:
El-Cid -
Ben-Hur - Os Dez mandamentos – Cleópatra - Guerra de Troia - O Egípcio –
Spartacus - Sansão e Dalila. Filmes de guerras: Os canhões de Navarone - O mais
longo dos dias - e muito mais...
Naqueles tempos
ainda sem a televisão em Rio Branco, ia se mais ao cinema. Esse diário foi
repassado (aos cines) em meados de (1965). Essas fitas citadas com o decorrer
do tempo muitas delas foram lançadas nos circuitos de Rio Branco.
Um belo dia
lá estava em cartaz o filme “O Egípcio” no cine Acre. A película foi um sucesso
de bilheteria. Sessões esgotadas. Fiquei bastante impressionado com o impacto
que o filme causou.
Eu tinha
assistido “O Egípcio” no ano de 1962 no Rio de Janeiro. Uma produção americana
de 1954, com Vitor Mature. Um belo filme com uma das melhores trilhas sonoras
já compostas. História no antigo Egito dos faraós. Em Rio Branco levei a minha
mulher para ver o filme. Mas só conseguimos as entradas na segunda
apresentação. Ficamos impressionados com o grande sucesso produzido pelo filme
em Rio Branco.
Tempo depois fomos
ver o filme Sansão e Dalila, (também já tinha assistido antes). Por
coincidência com o mesmo astro que interpretou “O Egípcio” Vitor Mature. No
dia seguinte voltamos a falar do filme, que também teve uma grande aceitação
por parte do público cinéfilo.
Comentei para a
minha mulher que o cinema estava parecendo com a estreia do filme “O Egípcio”
com tanta gente na fila. Falei pra ela (falei por falar), não sei qual a razão,
mas que existia uma radionovela brasileira com esse mesmo nome, “O Egípcio”.
Ela sabia das
nossas dificuldades em poder colocar no ar na Difusora, uma atração diferente e
que pudesse causar um grande impacto.
Porém, sem
pestanejar, inteligentemente a minha esposa bradou!
[Alany -
minha mulher] “Manda o Zé Lopes trazer essa radionovela”!
[Saavedra]
“Radionovela”?
[Alany] “sim!
Aproveita a grande repercussão que o filme “O Egípcio” provocou e traz a
radionovela”.
[Saavedra] “Se eu
não estiver enganado a única radionovela apresentada pela Difusora foi o
“Direito de nascer” e já faz muito tempo. Mas o povo gostou”.
[Alany] “Então! Tá
na hora de vir outra. Fala pra ele”.
Por alguns
instantes fiquei mudo, Mas logo em seguida comecei a sorrir.
[Alany - minha
mulher] “Qual o motivo do riso”?
“É que você acaba
de dar uma ideia mirabolante”. Vou agora mesmo falar com o Zé Lopes e o Estevão
Bimbi.
Como existia
a radionovela brasileira com o mesmo nome do filme, mas com (histórias
diferentes), aproveitamos o êxito da tela em Rio Branco (pegamos carona), e o
José Lopes fechou contrato e mandou trazer a radionovela.
“O Egípcio” chegou
pelas mãos de Evair esqueci o (sobrenome) dele. Que veio pessoalmente de Mato
Grosso, com a gravação (carretel) da radionovela.
Ainda emociono-me
com tudo isso, pois não poderia adivinhar que essa minha pequena parcela fosse
produzir essa consequência. Benditas palavras quando mencionei pra minha esposa
o nome da radionovela “O Egípcio”.
PROGRAMA NÃO DIGA
NÃO, NEM NÉ.
A minha segunda
sugestão foi trazer para a Difusora o programa “Não diga não, nem né”. O
apresentador escolhia um tema e o ouvinte tinha que conseguir falar com ele
durante 30 segundos sem dizer “não e nem né” para ganhar um prêmio. Esse programa
tinha a criação do radialista Miguel Vacaro Neto, e era apresentado por ele na
rádio Tupi de São Paulo.
A emissora
interessada solicitava autorização para transmitir o programa. Foi o que
fizemos, enviando uma carta aos cuidados da jovem e bonita bancária, Miriam
Fontenelle, que estava se transferindo para o BASA no Rio de Janeiro, mas antes
passou em São Paulo e entregou a missiva pessoalmente ao radialista da Tupi.
Ele leu a carta e, logo em seguida dentro do seu programa autorizou a transmissão do “Não diga não, nem né” pela Difusora Acreana.
Ele leu a carta e, logo em seguida dentro do seu programa autorizou a transmissão do “Não diga não, nem né” pela Difusora Acreana.
COMENTÁRIO DE JOSÉ
LOPES
(Nos primeiros
anos da década de 1970)
“Ele não seria
bobo em dizer não a bela acriana Miriam Fontenelle”, ressaltou José Lopes.
“Esse programa foi colocado no ar pela primeira vez na Difusora logo após o
encerramento das radionovelas “O Egípcio””.
“Com o programa no
ar, iniciou-se uma grande disputa pela audiência entre as duas emissoras no
horário nobre (manhã) e uma rivalidade profissional entre os dois
apresentadores (Altemir Passos x Gilberto Saavedra)”, finaliza Jose Lopes.
Ainda me recordo
que estreei o programa sem o cronômetro (não possuía) que contaria o tempo do
diálogo com o participante. Uma senhora (ouvinte) foi aos estúdios da Difusora
e nos presenteou com um lindo cronômetro de bolso. (essa senhora era esposa do
Thomaz, filho do capital Beco).
Quando deixei a
rádio Difusora, entreguei pessoalmente o cronômetro Mario Lima, novo diretor
geral do Serviço de Divulgação do Acre. Adalberto Dourado foi escolhido para
ser o novo apresentador.
“Sentia-me
feliz com o sucesso e toda equipe, quando ouvintes da Novo Andirá, ligavam para
a Difusora, dizendo que iam denunciar o programa por não ter autorização”. (Nós
tínhamos a autorização).
DEPOIMENTO
“Considero a “voz”
de Altemir Passos como a mais bonita do rádio do Acre. Trabalharam juntos na
mais “antiga” e nos tornamos amigos. Já nos anos de 1996/7, do Rio de Janeiro,
participava diariamente de um programa sob o comando dele, na Difusora
Acreana”.
HOMENAGEM PÓSTUMA
Acho o Natal de
Brito, o melhor radialista do Acre de todos os tempos. Foi o mais completo
(competência e dedicação). Fez de tudo no rádio. Foi excepcional. Se os
profissionais das mídias do Acre promovessem concursos nesse estilo, o Natal de
Brito levaria todos e seria agraciado com o título de “HORS CONCOURS”.
EPISÓDIO
“Já cansado na
Difusora, de ler centenas de dedicatórias em homenagens ao dia das mães, não vi
que do lado de fora do estúdio, o Natal me olhava atentamente com mais
dedicatórias. Gesticulei e ele entrou. Sentou ao meu lado, olhou pra mim e
sorriu. Com o polegar pra cima, deu sinal de ok para o sonoplasta e começou
também a ler as mensagens”.
Como radialista
(qualquer um), é impossível não ser fã do trabalho do Natal. Realizei o meu
sonho como locutor de trabalhar com ele.
Por motivo de
força maior (saúde), já na gestão de Gerardo Madeira (1973), deixei a Rádio
Difusora Acreana, com destino ao Rio de Janeiro.
Considero o tempo
com José Lopes, como o melhor de minha carreira como radialista na Difusora
Acreana. Nele, vi todo o nosso projeto (Jose Lopes, Estevão Bimbi e Francisco
Cunha) ter êxito quando chefiava o Setor de Programação, mas que a graça
alcançada, foi fruto de muito trabalho e seriedade, de todos que fizeram parte
desse período da “Voz da selva”.
Nada mais
gratificante do que ter o seu trabalho reconhecido. O jornalista Edson Martins,
então Diretor Geral do Serviço de Divulgação do Acre, inseriu o meu nome numa
lista triunvirato ao lado dos já consagrados, o radialista e advogado Anselmo
Sobrinho e do jornalista Gerardo Madeira ao cargo de diretor da Rádio Difusora
Acreana, vaga deixada por José Lopes.
Gerardo
Madeira foi o escolhido pelo novo governador Wanderley Dantas. Mas não importa
o resultado da preferência. O importante é o reconhecimento do efeito produzido
pelo trabalho. Além do mais era muito jovem e toda uma vida pela frente.
Participaram
como radialistas e jornalistas (décadas 64/73): Natal de Brito, Cícero Moreira,
Mota de Oliveira, Altemir Passos, Rivaldo Guimarães, José S. Lopes, Etevaldo
Gouveia, Anselmo Sobrinho, Theodomiro Souto (Teó), Chico Pop, João Filho,
Gilberto A. Saavedra, Zezinho Melo, Jorge Cardoso, José Valentim Santos,
Agnaldo Martins, Agnaldo Guilherme, Adalberto Dourado, Raimundo Nonato
(Pepino), Nivaldo Paiva, Conde, Rita Batista, Estevão Bimbi, Nilda Dantas,
William Modesto, Delmiro Xavier, Mauro D’Avila Modesto, Joaquim Ferreira,
Alicio Santos, Luis Rodomilson, Eduardo Mansour e Gerardo Madeira.
Sei que
alguns nomes de profissionais que integraram a ZYD-9 nesse tempo, estão
ausentes nesta lista. Que me perdoem pelo grave lapso. Não consegui
recordá-los.
Os
sonoplastas: César Hildo, Adriano César, Luis Miquelino (Jacaré) Paulo Mota,
Dolores Silva (primeira sonoplasta do sexo feminino) e João Nascimento como
técnico eletrônico. Discotecária: Terezinha Batalha.
Funcionários:
Orlando Mota, Antônio Mota, Tereza Oliveira, dona Lila, Ilma e Graça Oliveira,
Homenagens aos pioneiros: Índio do Brasil, Alfredo Mubárac, Sergio Brasil Maria
Júlia Soares, Diomedes Andrade e Vilma Nolasco.
“Sem união, ninguém, consegue chegar
nem numa “esquina de rua”. (Gilberto A. Saavedra)
Retornei aos
microfones da rádio Difusora Acreana no ano de 1995 até 2004 (com
interrupções), como correspondente/colaborador do Rio de Janeiro.
Nesses nove
anos, mais de mil matérias foram transmitidas para a “Voz das selvas” do Rio de
Janeiro, em especial para o “Gente em Debate” (diariamente).
Reiniciei na Rádio
Difusora Acreana, na gestão de Raimundo Nonato Costa até Washington Aquino. As
transmissões do Rio eram editadas na Difusora sob o comando de Ilson Nascimento.
As notícias
divulgadas do Rio de Janeiro para Rádio Difusora Acreana e que as considero
como mais importantes:
O Réveillon
do Rio - Resultado das Escolas de Samba - Copa do Mundo Japão/Coreia/2002 -
Jogos Olímpicos de Pequim/ China/2008 – A Grande Caçada da Polícia ao Juiz
Nicolau “o Lalau”-.
O
afundamento no mar da Plataforma B-52 da Petrobrás - Ataque terrorista às
torres gêmeas nos Estados Unidos e a Guerra do Afeganistão, etc.
Acredito (talvez)
ser o radialista do Acre com o maior tempo em transmissão do Rio de Janeiro
para a “Voz da selva”. Embora ninguém saiba ou não dê o valor merecido ao meu
trabalho na rádio Difusora Acreana ou o rádio do Acre, durante quase dez anos
(1995/2004) como correspondente/colaborar na cidade maravilhosa.
Nessa mesma
época (1995/2004) aos sábados com transmissão do Rio de Janeiro, integrei a
equipe do programa “Parada Musical” de Jorge Cardoso pela rádio Gazeta FM 93,
enviando notícias e a música (primeiro lugar) em destaque no Rio.
Fiz parte do “Show
da tarde”, um programa aos sábados na rádio Mauá do Rio de Janeiro, onde
apresentava as notícias numa sequência de esporte.
Com muita força de
vontade em terras estranhas e, além do mais já casado e com uma (filha)
consegui a graduação de bacharel em Comunicação Social (jornalismo) pela
UNISUAM do Rio de Janeiro e Edição FINAL CUT para o sistema Operacional Mac OS
X pela Faculdade CCAA do Rio de Janeiro.
Trabalhei como
funcionário público dos Correios no Rio, durante vinte anos (1976/1996), até me
aposentar. Sou muito grato aos colegas de rádio que conviveram comigo e aos
ouvintes que acompanharam essa trajetória. Tudo iniciado há quase 50 anos (49)
pra ser coerente.
FRASES
“Às vezes a
execução de um trabalho simples em nossas vidas,
pode de repente
explodir de emoções, amor e carinho,
tornando-o amado
por todos para sempre”.
(Gilberto A.
saavedra – jornalista)
“Enquanto existir
a humanidade no mundo,
o rádio jamais
“morrerá”.” (Rio de Janeiro - 2010)
(Gilberto A.
Saavedra – jornalista).
GILBERTO DE
ALMEIDA SAAVEDRA nasceu no Acre, mas reside na cidade do Rio de Janeiro. É jornalista
e radialista.
Facebook – Gilberto
Saavedra Saavedra.
Email – saavedragilberto@gmail.com
Excepcional artigo Isaac!
ResponderExcluirDe fato, Dr. Evandro, um texto magnífico, e resgata uma parte imprescindível do Rádio Acreano. Gratidão ao ilustre jornalista e radialista Gilberto Saavedra por sua história, seu trabalho e sua memória.
ResponderExcluirOlá! Minha mãe escutava a novela com toda a família, ninguém perdia nenhum capítulo! Ela era tão fã que meu nome é Minéia! Foi ótimo relembrar um pouco da história!
ResponderExcluirTambém me chamo Minéia por causa dessa radionovela, mas como minha mãe morreu quando eu era criança não pude conhecer a história da novela. Muito bom. Obrigada.
ResponderExcluirDiz um ditado popular: - "Antes tarde do que nunca". Estou referindo-me aos comentários que só agora (um ano depois) é que tomei conhecimento dos mesmos. Tudo isso pois, quando li o artigo no face, as referidas mensagens eu não tinha notado. Peço desculpas. Obrigado Ao Evandro Ferreira pelo elogio ao artigo; À Luana Mineia Kielesk Póss, muito obrigado por gostar do artigo da radionovela "O Egípcio pela Difusora Acreana. E a você Mineia (Anônimo), também o meu muito obrigado, sinto muito pela sua mãe."MINEIA" É um nome muito bonito, diferente, um pouco exótico e, por causa disso,com muito destaque. Também peço desculpa por alguns erros (falha nossa)de digitação. A gente corrige o lapso, 'salva-o', pensa que corrigiu mas infelizmente ele ficou. no artigo, o certo seria "INSPIRAÇÃO" mas,ficou "aspiração". Sou muito ansioso e às vezes não tenho mais paciência de redação. O computador é muito bom mas, tem lá essas coisas.
ResponderExcluirAlguém sabe se na novela O EGIPCIO, vó Tereza era a atriz Cleyde Yáconis? e quem era sua neta Paulina? o Barcos? e a Alexandra? também gostaria de saber qual o nome de outra novela que ouvia com minha mãe nesta época em que tinha na novela uma mulher fantasma em um carro preto?
ResponderExcluirops!
ResponderExcluirCorreção: à rádio : (a) radio - sem crase;
contra regra: contrarregra;
a seria: a sério.
Conforme o lapso acima , vou acrescentando os nomes dos colegas que não foram citados na lista. Quero ampliar com os nomes de Sérgio Quintanilha e Edson Soares como Radialistas da Difusora Acreana nesse período.
ResponderExcluirOlá, obrigada por compartilhar conosco um pouco dessa radionovela, eu tinha muita vontade de encontrar algo sobre a história, pois meu nome "Mineia" e do meu irmão "Radamés" foram inspirados nesta, minha mãe era ouvinte e apaixonada pela história do Egípcio e pelos personagens. Parabéns pelo trabalho!
ResponderExcluirAtt,
Mineia
ResponderExcluirUm grande abraço na Mineia e ao seu irmão Radamés.
Boa noite Gilberto! Compartilho da mesma história e me também me chamo Minéia. Agradeço teu empenho em divulgar essa história que encantou muitos brasileiros. No entanto, fico curiosa e com vontade de ouvir ao menos um capítulo dessa radionovela. Então pergunto: teria essa novela para compartilhar conosco ou a informação de onde localizar e encontrar esses arquivos?
ExcluirDesde já, te agradeço e fico no aguardo!
Um grande abraço
A minha mãe ouviu esta novela aqui em Goiás. Entendem o alcance dessa obra importante para a nossa história?
ResponderExcluirEu amei demais a novela o egípcio! Eu tinha na epoca 13 anos, e lembro até hoje todos os detalhes. U ca vou esquecer.
ResponderExcluirOuvi essa novela. Faltava aula para ir com uma colega a uma venda onde tinha um radio ligado, acho que na radio Sociedade. Boas lembranças
ResponderExcluirMinha mãe ouvia e adorava. Há alguma probabilidade de termos ainda este material para acessar? E se realmente há, por gentileza disponibiliza para nós!
ResponderExcluirTambém gostaria muito. Principalmente para mostrar para meu pai que teve um AVC é cadeirante e está com 74 anos.
ExcluirObrigada por compartilhar essa história, que faz parte da minha história, pois meu nome foi meu pai que escolheu pois era fã dessa novela, como não teve filho homem colocou o nome de Pierre no Neto que também foi tirado dessa novela. Agradecida.
ResponderExcluirA trilha desta novela era fantástica, ela que era responsável pela grande. emoção
ResponderExcluirOlá, boa tarde! Aos 13 anos de idade em 1973 ouvia esta novela com minha mãe. Quem era a vó Tereza e a neta Paulina??
ResponderExcluirGostava de saber se existe o tema de abertura da rádionovela, O Egípcio, era pequena, mas acompanhava a novela com minha mãe, em Macapá, nunca esqueci, lembro de alguns trechos da abertura mas, não de todo.extensas galerias,tapetes preciosos, móveis de ébano e Marfim, mas, por sob trás desse luxo, paira alguma coisa de tétrico e gelado...o egípcio, um original de Ivani Ribeiro...saudades, gostava de ouvir .
ResponderExcluirMorava em Santarém e a cidade parava para escutar essa novela ano de 1973, eu tinha 10 anos, horário de transmissão as 12h, boas lembranças.
ResponderExcluirEu recebi o meu nome Radamés devido a essa radionovela
ResponderExcluirUma radionovela inesquecível! tinha 15 anos! Não perdia um capítulo!
ResponderExcluirEu ouvi essa novela com minha vó, eu tinha uns 12 anos, lembro muito pouco. Gostaria de ouvi la novamente.
ResponderExcluirMineia era interpretada pela Gilmara Sanches e não Elaine Cristina.
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