O jornal O Município, de 8 de março de 1931
(Num. 822, Ano XXII), de Tarauacá, trazia a seguinte notícia do anseio dos
moradores de Feijó pela separação do município de Tarauacá:
“SEPARAÇÃO DO EMBIRA
Dizem de Villa Feijó que os habitantes dos
rios Embira e Jurupary se congregaram para se separarem da tutela do Tarauacá
em face do abandono em que vivem.
Querem crear um Município seu, que trate de
melhorar e fazer progredir aquella importante zona, já que o do Tarauacá delles
só lembra na ocasião da colheita dos impostos.
Para mais acelerarem o seu “desideratum”,
tratam de fundar um jornal em Villa Feijó, em cuja frente está o prestigioso
doutor Epaminondas Martins.
Em qualquer parte do mundo deve predominar o
“crescei e multiplicai”. É o que se dá no Embira que não deve ficar na estacada
pela incúria de governos incompetentes.
Nós sempre lembramos que aquella zona tem
direito à consideração dos administradores deste Município, pois rende e produz
tanto como este rio e o Murú.
“Quem adeante não olha, atraz fica”...”
A tão sonhada independência política e
territorial de Feijó viria no dia 21 de dezembro de 1938, quando, por meio do
Decreto-lei Federal n.º 968 é elevado à categoria de município, sendo
desmembrado definitivamente de Tarauacá.
Avenida Epaminondas Martins (195?) |
Praça da Bandeira (195?) |
As duas fotos que ilustram são da década de
1950 (195?), do Arquivo dos Municípios Brasileiros, disponíveis na Biblioteca
do IBGE. A primeira foto é da Avenida Epaminondas Martins; e a segunda, da
Praça da Bandeira.
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"Quando se sonha só, é apenas um sonho, mas quando se sonha com muitos, já é realidade. A utopia partilhada é a mola da história."
DOM HÉLDER CÂMARA
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