Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar.
Viajaram para o Sul.
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas
altas, esperando.
Quando o menino e o pai enfim alcançaram
aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de
seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto seu fulgor, que o menino
ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu falar,
tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
– Me ajuda a olhar!
GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Porto Alegre: L&PM, 1995. p.15
GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Porto Alegre: L&PM, 1995. p.15
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"Quando se sonha só, é apenas um sonho, mas quando se sonha com muitos, já é realidade. A utopia partilhada é a mola da história."
DOM HÉLDER CÂMARA
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