Detalhe de “Apres Le Bain” (1875), William-Adolphe Bouguereau.
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Teus seios... quando os sinto, quando os
beijo
na ânsia febril de amante incontentado,
– são pólos recebendo o meu desejo,
nos momentos sublimes de pecado...
E às manhãs... quando acaso, entre os lençóis
das roupagens do leito, saltam nus,
– lembram, não sei, dois lindos girassóis
fugindo à sombra e procurando a luz!...
Florações róseas de uma carne em flor
desabrochando em lúbricos botões,
– na primavera ardente de um amor
que vive para as nossas sensações...
Túmidos... cheios... palpitantes, como
dois bagos do teu corpo de sereia,
– têm um rubro botão em cada pomo
como duas cerejas sobre a areia...
Quando os tenho nas mãos... Quantas
delícias!...
Arrepiam-se, trêmulos , sensuais,
e ao contato nervoso das carícias
tocam-me o peito como dois punhais!...
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Meu prazer animal sempre consolo
na carne destas ondas revoltadas,
– que são como taças emborcadas
no moreno inebriante do teu colo...
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Teus seios... são as fontes onde os loucos,
saciar a sede, tentam, da paixão,
– sede que mata e que sufoca aos poucos...
Teus seios!... Nada existe que os encarne!...
– São divinos pecados da Criação,
são dois poemas de amor feitos de carne!...
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"Quando se sonha só, é apenas um sonho, mas quando se sonha com muitos, já é realidade. A utopia partilhada é a mola da história."
DOM HÉLDER CÂMARA
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