nem parece um
cidadão,
Naquela lida ingrata,
Trabalhando a bem da
pátria
e do progresso do
patrão;
Atacado pelos insetos
Sarampo, febre e
sezão,
Pouco dinheiro ele
ganha,
e tem a farofa de
banha
como alimentação;
Ele sempre acorda,
é todo ensanguentado,
Porque quando está dormindo
pelo morcego é sangrado,
A vida é de suplício
e muitas noites com isso
passa o tempo acordado;
Dorme pouco na noite,
levanta de madrugada,
Porque de manhã bem
cedo,
vai cortar a sua
estrada,
Quando sai é de
carreira,
com espingarda e
cartucheira
temendo onça pintada;
Acreditem meus leitores,
no que eu estou narrando,
O sofrer do seringueiro
é como estou contando,
Trabalha com muito medo
e também não tem sossego
com a carapanã ferrando.
olá,
ResponderExcluirHoje foi um dia de emoção pra mim. Estava fazendo uma pesquisa sobre a extração da borracha com a minha filha de 8 anos, era o seu dever de casa, quando lembrei de um poema que aprendi quando criança, Eu era mais jovem que ela, e resolvi digitar a parte que me recorda no google, pra minha surpresa encontrei seu blog com essa postagem. Meu coração bateu forte e meus olhos se encheram de lagrimas. Raimundo Alves foi um homem incrível, justo, integro e com muitos trabalhos bonitos. Obrigada por não deixar a cultura acriana morrer, e por manter vivos nomes como o de Raimundo.
Seria ele o mesmo autor do livro "Revolução Acreana e o Acre Atual"? Tenho um exemplar, foi datilografado e não consta data da impressão, dados sobre o autor nem nada do gênero, bem simples mesmo.
ResponderExcluir