segunda-feira, 3 de setembro de 2018

LÁGRIMAS ESTUDANTIS

Augusto Aires de Azevedo
3/09/18

Ó cena tão macabra e tão medonha,
Cujas telas são dignas de horror!
Foi como ter tirado todo amor,
De dentro, lá de dentro das entranhas.

Ó Clio, Deusa magna da História,
Perdoa esta pobre humanidade.
Por sua estúpida, tão grande insanidade,
Destruiu mais um templo onde habitavas.

Perdoai-nos ó deuses da cultura,
Pois a nossa tão cruel brutalidade,
E a nossa tão estupida maldade,
Apagou de vós, ó mais esta figura.

Palácio de tão grandes proporções,
De tão belos jardins e alamedas,
Hoje faz chorar-nos suas perdas,
Faz rasgar de chorar os corações.

Tua figura na noite tão calada,
Um monstro fulguroso parecia,
Um demônio que das profundezas vinha,
Mostrar a nossa natureza tão malvada.

Que chorem os teus pais e teus amigos,
Que chore o império que trazias.
Choremos pois todo bem que tu fazias,
E peçamos a Deus o seu perdão.

Pois é triste ver um povo em sua escória,
Sem ter saúde, segurança, educação.
Mas mais triste porem é ver uma nação,
Que transforma em cinzas sua História!

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