sábado, 18 de janeiro de 2014

BACHIANAS BRASILEIRAS Nº 5 - HEITOR VILLA-LOBOS

“Concerto com a Filarmônica de Berlim, dirigida por Gustavo Dudamel, em 15 de junho de 2008, para uma plateia de 20 mil pessoas. No repertório, Bachianas Brasileiras nº 5, de Heitor Villa-Lobos. Atuação espetacular da soprano porto-riquenha Ana Maria Martínez.”

O poema de Ruth Valadares Corrêa

Tarde uma nuvem rósea lenta e transparente.
Sobre o espaço, sonhadora e bela!
Surge no infinito a lua docemente,
Enfeitando a tarde, qual meiga donzela
Que se apresta e a linda sonhadoramente,
Em anseios d'alma para ficar bela
Grita ao céu e a terra toda a Natureza!
Cala a passarada aos seus tristes queixumes
E reflete o mar toda a sua riqueza...
Suave a luz da lua desperta agora
A cruel saudade que ri e chora!
Tarde uma nuvem rósea lenta e transparente
Sobre o espaço, sonhadora e bela!


> Bachianas Brasileiras nº 5, escrita para uma soprano e um conjunto de oito violoncelos. A obra tem apenas dois movimentos: a famosa Ária (Cantilena), escrita em 1938, cantada originalmente por Bidu Sayão, com letra de Ruth Valadares Corrêa; e o segundo movimento, Dança (Martelo), escrito em 1945, com letra de Manuel Bandeira.

Um comentário:

"Quando se sonha só, é apenas um sonho, mas quando se sonha com muitos, já é realidade. A utopia partilhada é a mola da história."
DOM HÉLDER CÂMARA


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