O MAPINGUARI
Dizem que no início da exploração dos rios da Amazônia existia um monstro na floresta chamado Mapinguari.
Hoje, se tem essa história como lenda, mas os
Índios Apurinãs falam que ele existiu.
Em 1874, os exploradores chegaram Boca do Acre pela primeira vez, havia um em índio velho chamado Camicuã que dizia ter matado um Mapinguari.
Contava ele, que este animal era grande, forte, tipo corpo humano, com um só olho no meio da testa. Seu couro era cascudo e suas unhas afiadas. Gritava como se fosse uma pessoa, e se alguém respondesse ele logo viria ao seu encontro.
O Mapinguari exalava um pixé tão forte que se a pessoa trepasse em uma árvore e não tivesse bem segura entre os galhos, caia embriagada com o mau cheiro.
Era encontrado nas terras firmes gerais, isto é, terras altas, com chapadas e
grotiões. Porém, de vez em quando, dava uma busca nas margens dos rios causando
terror aos índios. Para matar esse tipo de animal, estes corriam perigo de vida
porque a flecha teria que acertar no olho ou no umbigo. Essa história é uma
lenda, mas de repente ainda existe Mapinguari na floresta.
HISTÓRIA DE MAPINGUARI
Temos histórias de Mapinguari contadas por velhos seringueiros que nos deixam sem saber se devemos acreditar ou não.
Dizem que no baixo do Purus, um seringueiro saiu para cortar seringa e não votou.
No dia seguinte o seringalista reuniu várias pessoas a procura do dito seringueiro. Não encontraram nem vestígios. A tarde, quando vinham de volta, dois rapazes resolveram dar mais uma busca onde ainda não havia dado. Subiram numa terra alta e lá escutaram um grito longe. Pensando ser o seringueiro perdido, responderam e o grito veio se aproximando cada vez mais. Como acharam o grito um tanto estranho, calaram-se e logo subiram numa árvore.
Certo é que o Mapinguari passou bem perto deles levando os restos mortais do
seringueiro. Cada grito do bicho, era uma dentada que dava no cadáver.
Quando o monstro já ia bem distante, eles desceram e deram no pé.
MELO, Hélio. Os mistérios da mata: do seringueiro para o seringueiro - 4ª
Cartilha Popular. Rio Branco: AGEL, 1987. p. 5-9
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