Canta, canta,
canta, canta,
inocente passarinho!
Te irrompe a voz da
garganta?
Palpita o amor em
teu ninho!
Rescendei, brilhai
formosas,
gozai, ó flores
gentis!
Entregai-vos,
lindas rosas,
Aos beijos dos
colibris.
Mas... depressa!
Porque tudo
cumpre as mesmas
duras leis:
tu – bem cedo estarás
mudo!
vós – morta breve
estareis!
Ah! todo canto se
cala,
todo perfume se
exala,
e... (oh! dor!)
entre o que mais
veloz corre,
entre o que mais
cedo morre,
está o amor!...
BRITO, Paulino de. Cantos amazônicos. Manaus: Valer, 1998. p.72
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