No “aeroporto”
começou a aglomeração como era de costume. E como sempre, o médico era o último
a chegar, despedindo-se sempre às pressas, muitas vezes entrando no avião com
os motores ligados. É que mesmo no caminho do campo de aviação, ainda o
chamavam aqui e acolá, levando-o a entrar na casa de um e de outro, para uma
receita, uma palavra, uma orientação, uma pergunta, enfim, algo que ficasse
ecoando em seus ouvidos, como um lenitivo pela ausência completa de um médico
naqueles confins. Desta feita não foi diferente; o avião Douglas, da FAB, fazia
a curva para a tomada de pista e o coitado do médico, suado e nervoso,
esforçava-se para chegar com tempo ao campo, com o paciente que achara
conveniente levar para Rio Branco, a capital do Estado. Era um seringueiro,
morador no alto Tarauacá, que caíra em uma armadilha para capivara, sofrendo um
grave ferimento ao nível do terço superior da perna direita, com fratura
cominutiva dos ossos da perna e considerável perda de substância das partes
moles. A ferida estava altamente infectada e oferecia um aspecto desanimador,
com aquelas carnes estraçalhadas, purulentas e necrosadas; fermentando;
putrefatas. Havia nove dias do acidente, quando chegou em Tarauacá, em canoa a
remo mocotó. O doutor Melinho nesta ocasião, encontrava-se em Cruzeiro do Sul,
a cidade mais ocidental do Brasil, distante uma hora e cinquenta minutos de voo
normal, em avião Douglas, a oeste de Tarauacá. Regressava da Vila Japiim, pelo
rio Moa, tributário do Juruá, em um casco cedido pelo seu amigo Ário Rosa,
juntamente com um bom “cabra” remador, o qual, no banco da frente batia o remo
sem descanso, enquanto que, no banco da popa, o médico ajudava, ao mesmo tempo
que pilotava a pequenina embarcação de duas pessoas, pelos meandros e pausadas
daquele rio. Por ser à noite, mais parecia um vale de breu por entre as matas e
o céu escuro lá em cima. Aqui e acolá, batiam-se em troncos fincados no leito
do rio ou atravessados com suas galhadas banhando-se nas águas; resultado
permanente do trabalho de erosão, que as águas inexoravelmente cavam nas
margens, desbarrancando as terras e levando com elas, suas árvores seculares,
que se vão enganchando pelos barrancos, conforme a força das águas, forte, nas
enchentes das épocas das chuvas de novembro a março, ou branda, nas estiadas de
junho a outubro.
Ao
chegar da vila e subir o barranco, já agora do rio Juruá (pois que o Moa é seu
afluente), no topo da ribanceira onde começa a cidade, havia amigos, a espera
do médico que ficara de chegar de dia e já eram 10 horas da noite. Temiam por
algum acidente. Porém, as 9 horas de viagem eram mesmo decorrentes das lonjuras
dos meandros do rio, que tantas vezes se dobra sobre si mesmo, como fazem todos
os rios da margem direita da Grande Calha Mater da Amazônia. Havia um telegrama
vindo pelo Farol do CAN, a fim de proceder uma amputação, dizia o signatário, o
enfermeiro seu compadre Aldérico.
Felizmente,
no dia seguinte era dia de avião de carreira, (Cruzeiro do Sul), e lá se foi o
doutor Melinho em um de seus incontáveis voos como ave de arribação, de uma
para outra das sete cidades do Acre, muitos, como daquela vez, para prestar
socorros urgentes a alguém. Encontrou o enfermo em péssimo estado geral. Vendo
sua perna, examinando-a, logo raciocinou; se havia, após nove dias, vitalidade
na extremidade distal, para além das lesões; se apesar daquele aspecto feio e
impressionante que levou logo o enfermeiro, o padre e o prefeito a pensarem na
amputação do membro acidentado, havia circulação suficiente nos dedos dos pés,
era porque, pelo menos, um ramo principal da artéria poplítea, estava íntegra,
permeável, responsabilizando-se pela irrigação e vitalidade dos tecidos distais
com o necessário afluxo sanguíneo, acompanhado de retorno venoso pelo menos
suficiente. Desta apreciação, a sua decisão foi a de fazer um tratamento
conservador, pelo menos enquanto as condições de circulação no membro afetado
lho permitissem. Não procederia a amputação. Esta hipótese ficaria para uma
fase posterior se sobreviessem complicações isquêmicas, na evolução do processo
de eliminação orgânica dos tecidos macerados e necrosados. Tentaria salvar a
perna do enfermo, para uma plástica cirúrgica-ortopédica-reparadora ulterior.
Sob
raque-anestesia, na qual era mestre, procedeu uma rigorosa limpeza cirúrgica da
região afetada, extraindo inúmeras esquírolas de vários tamanhos, juntamente
com incontáveis caroços de chumbo deformados e fragmentados de permeio com
partes moles, sem vitalidade, em processo de necrobiose. A tíbia sofreu uma
perda de substância muito extensa, deixando uma considerável falta de elemento
ósseo, entre os fragmentos proximal e distal; o perônio sofreu fratura simples
em dois lugares. Com esse arrazoado durante o ato cirúrgico de limpeza da
ferida, era natural que não pudesse fazer um prognóstico animador, do ponto de
vista funcional e estético. Entretanto, compreendeu que seria muito, se se
conservasse aquela perna viva e a recuperasse, para que no futuro pudesse
encaminhar o paciente a algum colega seu, lá do sul, no Rio de Janeiro, a alguma
enfermaria de traumatologia, para lhe restabelecer a função de andar.
Após
o curativo, o doutor Melinho imobilizou o membro do paciente, envolvendo-o
completamente com ataduras gessadas, que encontrou em uma caixa no almoxarifado
do Hospital, deixando à vista, apenas as extremidades dos dedos, para o devido
controle da circulação, pela observação diária da permeabilidade capilar e a
consequente coloração rosada dos tecidos e do leito subungueal. Antibiótico
diário e atenção rigorosa. Enquanto isso, a secreção soro-sanguinolenta foi
pouco a pouco infiltrando-se no gesso e com o passar dos dias, a cor branca do
gesso passou a amarelo rajado e úmido, exalando a cada dia mais forte, um
cheiro fétido e nauseabundo. Todos os dias, pela manhã e à tarde, invariavelmente,
lá ia o médico olhar e apertar suavemente as extremidades dos dedos do
paciente, para verificar o estado da circulação, além dos ferimentos, e,
portanto, vida naquelas partes, assegurando-lhe por enquanto, a conservação
daquele segmento do corpo. Não havia mais ataduras gessadas para substituir
aquelas fedorentas. Os dias se passavam. Era pleno período de chuvas fortes,
frequentes, diárias, às vezes duas, três vezes por dia. Passavam-se semanas
assim. É o que na região se costuma chamar impropriamente de inverno, muito
embora ocorra no fim da primavera e durante todo o verão do ponto de vista
astronômico, pois nesse período, em verdade, o sol já atravessou o equador
celeste, desde 22 de setembro e caminha para o solstício do verão no trópico de
capricórnio, a 23 de dezembro, pico do verão no hemisfério sul. Mas, nas
proximidades do equador, na zona tórrida, esses fenômenos meteorológicos de
frio e calor, chuva e estiagem, trovoadas e silêncios, tempestades e calmarias,
são denominados diferentemente do que se convencionou chamar-se estações do
ano, que decorrem da inclinação do eixo da terra sobre o plano de sua órbita.
Aqui, no Acre, quando chove (primeiro trovoadas em fins de setembro e no mês de
outubro; primeiras chuvas de novembro; muita chuva em dezembro, janeiro,
fevereiro e março), o povo chama de inverno; quando não chove, isto é, maio,
junho, julho e agosto (em abril e setembro pode chover eventualmente), o povo
chama de verão. É interessante de se registrar ainda que, nos meses de junho e
as vezes início de julho, frentes frias vindas do polo sul, sobem bordejando a
oeste de nosso planalto central, numa faixa de vários quilômetros de largura,
estendendo-se entre o nosso altiplano e a vertente oriental dos Andes. Essa
faixa fria, de direção Sudeste-Noroeste, alcança o Acre pelo sul, soprando um
vento frio, de matar boi no campo, acompanhado de garoa. Às vezes dura vários
dias, outras dura pouco, porém, as manhãs amanheciam muito frias. Há intermitência
desse fenômeno nesses dois meses, que são os mais amenos, durante os quais, se
chover, pode-se considerar que houve milagre. Pois bem, mesmo assim, o povo do
Acre considera esse período verão, porque não chove. Ratificando: quando chove,
é inverno, quando não chove é verão, embora no primeiro caso, o sol esteja no
hemisfério sul e no segundo, ande pelo hemisfério norte, após o equinócio do
outono. Nessa época, era dezembro e chovia todos os dias. Há três semanas que o
avião não descia, em Tarauacá. Por isso, o doutor Melinho estava aflito naquele
dia e ajudava a carregar, apressadamente, a maca improvisada, onde se estendera
o enfermo, rumo ao campo de aviação para não perder aquela oportunidade da
descida do avião do CAN. Com aquele “inverno” forte daquele jeito, em pleno
dezembro, sabia lá quando o campo, que era alagadiço, ia se oferecer para um
novo pouso?
O
comandante do avião, sabedor do drama que estava ocorrendo ali, naquela
cidadezinha, por intermédio do Carrapicho, zelador das cousas do CAN, no
“aeroporto”, teve paciência e esperou o médico chegar com seu enfermo.
Os
aviões da FAB, no Acre, os que fazem o Correio Aéreo Nacional (CAN), além de
ônibus aéreos populares, são verdadeiras ambulâncias, pois, transportando
correspondências, valores, documentos oficiais, autoridades, funcionários e
povo em geral, transportam prioritariamente enfermos, dos lugares menos
assistidos, para os de maiores recursos, e, não raro, do Acre, para o Rio de
Janeiro.
Dentro
do avião, a poucos minutos de voo, o fedor exalado da perna de Joviniano era
quase insuportável para os demais passageiros. As narinas do médico,
entretanto, já se haviam acostumado aquele odor.
Com
o balanço do avião, em voo de baixa altura, devido ao mau tempo e mais o
mau-cheiro da perna do enfermo, vários passageiros começaram a sentir-se mal e vomitavam
diretamente no chão metálico, porquanto haviam terminado as sacolas apropriadas
para receber as rejeições do estômago.
Um
sujeito alto e meio atlético, de cabelos compridos e despenteados, que andava
fazendo teatrinho de fantoche pela região, apresentando os personagens de
trapo, do escondido por trás de um cobertor de flanela, sujo e encardido,
entrou no avião acompanhado de uma macaca preta magra, amarrada pela cintura
com os membros compridos, que pareciam estilizados. Com o ronco dos motores, o
animal entrou em pânico e começou a gritar estridentemente, com os dentes
arreganhados e agarrada solidamente com os pés, os braços e o rabo, ao corpo do
seu dono e protetor, parecendo uma enorme aranha caranguejeira a lhe apertar
como um polvo. Daí a pouco, o comandante saiu de sua cabine e veio juntar-se
aos passageiros, sentados uns de frente para os outros nos bancos laterais de
alumínio. Vendo a confusão reinante, as reclamações, o barulho dos comentários
em coro dos passageiros, junto com os gritos da macaca, aproximou-se do homem
para ajudá-lo a acalmar o ânimo nervoso da bicha. Tentou desvencilhar o
“artista” do animal com a intenção de confiná-lo lá atrás no privativo do
avião. Porém apavorado, o nosso ancestral não largava seu par por nada, e, cada
vez mais, grudava-se de encontro ao seu dono, ameaçando morder o comandante.
Nesse ínterim, o avião fazia uma grande curva e passava por algumas nuvens
pesadas para ganhar mais altura e se livrar dos sacolejos que estavam deveras
incômodos. O aparelho balançava-se, jogando-se em várias direções, bruscamente,
como um calhambeque em estrada com costeletas de vaca. O homem que estava de pé
atracado com a nossa inferior irmã, desequilibrou-se e caiu por cima do
comandante que, sem querer, complicava as coisas, ao procurar ajudar. A
guariba, de medo, cagou-lhe a roupa toda, com umas fezes amareladas e escuras,
semi-pastosas, e em grande abundância. Parecia haver tomado uma lavagem, de
tanta porcaria que expeliu. Acho que havia comido muita banana azada na véspera
da viagem; não era possível! Os três, isto é, o homem da macaca preta, o
comandante e a própria guariba, formaram no centro do bojo do avião, um bolo
único e desequilibrado balançando-se em várias direções, cada qual dos dois
homens com uma das mãos segurando no cabo de aço que se estende
horizontalmente, ao longo do teto da nave, para servir de apoio aos que viajam
em pé, enquanto, com a outra, procuravam se equilibrar, apoiando-se uns nos
outros e na macaca, que, cada vez gritava mais, enquanto o avião se sacudia
todo. O chão de alumínio estava lubrificado pelos vômitos e eles escorregavam
como bêbados. Bamboleavam desordenadamente, sem conseguir equilíbrio. O
comandante começou a soltar impropérios. A cara aflita do homem desculpando-se,
mais os gestos cínicos e despudorados da guariba, de mistura com aquela
imundície que se improvisou de repente dentro do Douglas, criaram um quadro
dramático e ao mesmo tempo cômico, causando hilaridade até ao advogado, que,
sentado junto ao médico, parou de vomitar por alguns instantes, para rir
também. Por fim, com os sacolejos intermináveis da turbulência, desprendeu-se a
argola de um dos extremos do cabo e o monte de gente e bicho rolou por cima das
pessoas que se apinhavam sentadas de costas para as escotilhas. O bolo foi
parar aos pés de Joviniano que se encontrava deitado na maca, estendida no chão
do avião, entre os bancos. Umas mocinhas nervosas, gritavam destemperadas pela
confusão; uns estudantes gargalhavam e vomitavam ao mesmo tempo; a guariba
guinchava. Todos acabaram por se distrair com os solavancos do pássaro
metálico, que os arrebatava em seu bojo atravessando as nuvens. Restabeleceu-se
o equilíbrio e o avião já não mais jogava. A ordem voltou a reinar. Livrando-se
da refrega, o comandante, o homem cabeludo e a macaca preta, os três igualmente
lambuzados de fezes e vômitos, conseguiram dirigir-se para as traseiras do
avião, em direção ao banheiro; o primeiro, recriminando o segundo, por conduzir
aquele animal no avião; o segundo desculpando-se do acontecido, fora do alcance
de sua vontade, pois a macaca em terra era tão mansinha! Dirigiram-se ao
reservado para se limpar. Lá, deixaram a macaca sozinha, medrosa, aflita,
trancada, esgoelando-se em gritos espavoridos, incompreendidos pelos humanos. O
comandante, durante a confusão, havia pensado em deixá-los em Feijó. Porém
quando passou o temporal, eles já estavam bem além. Sobre Feijó, chovia a
cântaros e o avião passou direto a Sena Madureira, o próximo pouso, se não
estivesse chovendo, informou o copiloto.
Há
uma característica curiosa no Acre desses tempos, nascida, por um lado, das
dificuldades nas comunicações fluviais distantes, vagarosas, precárias,
obsoletas. Por outro, devido à absoluta falta de comunicação terrestre que
interligassem os municípios. Esta característica é a existência de campos de
aviação em todas as setes cidades sedes dos setes municípios, em que se divide
politicamente o Acre. São pequenos campos de pouso, variando de 800 à 1.200
metros de extensão, por 60 de largura, construídos em um pedaço de terra plana,
geralmente numa várzea de pouca drenagem e escoamento das águas, próximo à zona
urbana. Alguns desses campos, como os de Sena Madureira, Feijó e Tarauacá, são
praticamente dentro das cidades, numa lingueta de terra formada pela curva do
rio, entre dois barrancos. Fazem parte não só de suas paisagens fisiográficas,
como, essencialmente, influenciam de modo ativo e decisivo na vida social,
política, econômica e até mesmo cultural, desses grupos humanos que se
desenvolveram no período áureo da borracha, ao longo dos rios: – Acre, Iaco,
Purus, Caeté, Macauã, Muru, Tarauacá, Envira, Juruá, Moa e seus igarapés.
É
que, nos dias de avião, um grande número de pessoas dirige-se invariavelmente
ao campo de aviação para ver o avião passar. O avião, no Acre, tornou-se o meio
mais eficiente de comunicação e transporte e assim o será, ainda, por longos
anos, até que o progresso venha a rasgar o seio virgem da floresta, implantando
estradas que permitem o intercâmbio permanente entre as cidades.
Encurtando
com suas possantes asas serenas as distâncias que se interpõem aos núcleos
populacionais, lá se vai a grande Águia metálica riscando o azul solitário do
firmamento amazônico, tendo o infinito do céu por cima e por baixo o verde sem
fim da floresta. Em seu bojo agita-se a vida regional, palpitando em suas
singularidades transportando-se daqui para ali, num vai e vem constante de
gente sã ou doente, bichos, pássaros, frutas, cereais, móveis diversos,
maquinarias, combustíveis, remédios, roupas, mensagens, recados, lembranças,
lágrimas, adeuses, enfim, um sem número de pessoas, animais, coisas e
sentimentos, em um contínuo movimento de translação. Pode-se dizer que o avião
é, para o Acre, o que são os ônibus que ligam as grandes cidades do Sul, a seus
subúrbios pobres ou vilarejos. Dentro dele, transportam-se de tudo. E, se é
assim, na importância dessas variedades a sua existência se exalta, no
transporte de enfermos. É no grande papel de ambulância voadora, que o Douglas
e Catalinas se realizam em sua plenitude, como veículos de uma epopeia
silenciosa e quase anônima, dos pilotos do Brasil, quer civis, quer militares
na conquista de nosso interlande, para a integração do Centro-Oeste e do
Setentrião, abandonados em suas majestáticas grandezas e incalculáveis riquezas
dormitantes.
Quase
que permanentemente, dos sete municípios do Acre, em quatro não existem
médicos, nesses tempos do doutor Melinho. Então os que adoecem encontram no
avião e na compreensão de suas tripulações, o socorro mais eficiente, transportando-se
à capital, onde são atendidos conforme as necessidades e os casos. Nesses
misteres não se fazem distinções entre a aviação civil (Cruzeiro do Sul e VASP)
e a militar. Tanto as duas primeiras como o Correio Aéreo Nacional (CAN), da
Força Aérea Brasileira, multiplicam-se em esforços e boa vontade, para
minorarem um pouco as necessidades e ansiedades dos aflitos. Não raro, os
pilotos permanecem por longos minutos e até horas com o aparelho no solo,
aguardando a chegada de um doente que está sendo transportado em rede, cadeira
ou mesmo nos braços de alguém; é um parto complicado, uma criança com
coqueluche, é um “empambado” com sezão ou verminose...
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