QUEIMADAS
ASSASSINAS
Léo Sampaio
(Diouro)
Enquanto brotam
algumas sementes
Nessas queimadas
assassinas
Enquanto eu fico
ouvindo os pássaros cantar
Morre a mãe
natureza
Na solidão dos
campos, na solidão do coração
A flor mais bela já
não tem mais cor
É feio de se ver toda
essa destruição
E o nosso verde que
grita de dor
Até quando esperar?
Se o nosso verde já
se foi
Só restam agora as velhas
cinzas
Que leva meu sonho
ao desespero
Até quando esperar?
Se a nossa lei pra
onde foi?
São batalhões
cortando árvores
E, no final, só
plantam bois.
(bis)
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