Alves de Menezes,
médico, poeta e exímio desenhista. Ocupou a cadeira de nº 13 na Academia
Acreana de Letras. O livro “Porongo”, de Paulo Bentes, publicado em 1940, é
ilustrado por Alves de Menezes.
Sobre o livro “Aturá
de Ritmos”, o jornal O Acre, assim
noticiou: “Acabam de surgir à luz da publicidade os livros “Sapupema” e “Aturá
de ritmos”, da autoria dos acadêmicos José Potyguara e Alves de Menezes,
ocupantes das poltronas n.22, “Juvenal Galeno” e n.13, “Castro Alves”, na
Academia Acreana de Letras. [...] “Aturá de Ritmos” é um punhado de versos,
lindos pela singeleza e pelo gosto artístico, traduzindo a sensibilidade estética
do poeta que os plasmou, cuja musa ainda roreja das águas barrentas dos rios amazônicos,
ou traz na retina a visão panorâmica do mundo maravilhoso que pôde contemplar.”
(O Acre, Rio Branco-AC, 20 de fevereiro de 1944, Ano XIV, N.734, p.6)
Quanto ao título do
livro, “aturá” é um cesto trançado de cipó, também conhecido como jamaxi/jamaxim
ou paneiro, muito comum nos seringais. O livro de Alves de Menezes se destaca
pela linguagem telúrica, versando exclusivamente sobre temas amazônicos. Os poemas,
com exceção de três sonetos, não seguem formas fixas, e registram a vivência do
homem amazônico em sua relação com a natureza.
ACAUÃ
Calmo, tristonho,
silenciosamente,
o dia morre... O
poente, em chamas, arde...
e tornando maior a
tristeza que existe
nesse fim
melancólico da tarde,
de uma acauã – a
ave saudosa e triste –
ouve-se o canto,
repetidamente:
–
a... cau... ã...
–
a... cau... ã...
Em mim há um quadro
a este parecido:
Nas minhas horas de
silêncio e calma
– horas de sonho e
interiorização –
quantas vezes
percebo, comovido,
um pôr-do-sol
morrendo dentro dalma
e uma acauã
cantando: – o coração...
PERIANTÃS
Cheios de garças e
jaçanãs,
vão descaindo,
vão descaindo,
sobre as águas,
os verdes
periantãs...
Mururés...
Matupás...
Mamoranas...
Canaranas...
Parecem uma
esquadra
de verdes navios,
fazendo manobras
no meio dos rios...
Há os que descem
velozes,
ligeiros,
na força da
correnteza...
e os que ficam
rodando,
rodando,
no rodopio dos
rebojos...
e outros,
ainda,
que vão andando
vagarosamente,
vagarosamente,
na sonolência dos
remansos...
Uma tripulação
plúmea e canora
de piaçocas, socós
e jaçanãs,
viaja no bojo verde
desses periantãs...
Mururés...
Matupás...
Mamoranas...
Canaranas...
São pedaços da
roupa verde dos barrancos
que o rio rasgou
quando passou,
atirando os
retalhos sobre as águas...
CASA DE CABOCLO
Casinha de palha,
de pernas de pau,
de pés atolados
à beira do rio,
tão pobre, tão
feia, tão frágil,
– quem diz
que assim como é
é boa e feliz?
Da cor, quando é
nova,
do mato da mata,
é verde,
tão verde,
que a gente, de
longe,
olhando a fachada,
confunde-a com a
selva
que fica atrás
dela,
sombria,
fechada...
Depois, envelhece,
e vai desbotando,
ficando tostada,
queimada,
amarela...
Do lado de dentro
da feia casinha:
a sala,
dois quartos,
e, atrás, a
cozinha...
Suspensos nos
pregos
das finas paredes,
o rifle,
o arpão,
tarrafas e redes...
Na porta, um
cachorro,
de orelhas caídas,
acuando, com medo
da “chata” que
passa,
fazendo banzeiro,
botando fumaça...
Em volta da casa
galinhas ciscando,
e porcos,
e porcas,
fuçando,
fuçando...
Atrás, no girau,
faiscantes, ao sol,
montões de caroços
de milho e cacau...
No oitão, o roçado,
verdinho,
verdinho,
com milho,
maniva,
quiabo,
feijão...
Do lado do tacho
a velha engenhoca,
rangendo,
rangindo,
moendo
mandioca...
Tomando na cuia
tipuca e farinha,
e ao fogo fritando
um tucunaré,
nos fundos da casa
rodeada de mato,
cutuba,
cabocla,
cantando,
cozinha...
Caboclo deitado
em leve maqueira,
assiste brincar
por entre os
capins,
descalça,
despida,
queimada,
buchuda,
à prole comprida
de uns curumins...
casinha de palha,
de pernas de pau,
de pés atolados
à beira do rio,
tão pobre, tão
feia, tão frágil,
– quem diz
que assim como é
é boa e feliz?
PEITÍCA
Já tarde da noite
nos ermos da mata
a triste peitíca
seu canto desata:
–
Pei... tíca...
–
Pei... tíca...
Na velha maloca
do velho Tauri,
que é toda tapada
de palhas de ubim,
cunhã Iaci
está se acabando
com o corpo
queimando
de febre ruim...
Nos ermos da mata,
de novo, a peitíca,
seu canto desata:
–
Pei... tíca...
–
Pei... tíca...
Não valem de nada
o olho-de-boto,
as rezas, as ervas
e as muiraquitãs
que estão
escondidos
na cuia pitinga,
e têm o poder
de males curar
e até de cortar
quebranto e
mandinga...
Nos ermos da mata,
de novo, a peitíca,
seu canto desata:
–
Pei... tíca...
–
Pei... tíca...
Em vão, os pajés,
batendo com os pés
no chão do
terreiro,
batendo com as mãos
nas penas da tanga,
rodando, pulando,
gingando, rezando,
fazendo magia,
fazendo puçanga,
invocam das sombras
do oco do mundo
as forças divinas
dos bichos do
fundo...
A linda cunhã
Sucumbe, se
acaba...
Ai! vai para a taba
Azul de Tupã...
Nos ermos da mata,
assim que a tapuia
panema, fenece,
tal qual como um
encanto
da triste peitíca
o lúgubre canto
emudece...
Quiriri...
Quiriri...
Escuridão...
CAMINHOZINHO DE
SÍTIO
Tão longo,
tão estreito,
tão tortuoso,
deitado na distância
como se fosse
enorme serpentina
toda desenrolada
sobre a terra,
lá se vai o
caminhozinho fino
feito de mato
pisado...
Vem de longe,
bem de longe,
traçando retas e
curvas
pelo chão...
A seu lado
desdobram-se campos
verdes
bonitos
cheios de gado
pastando...
e há pés de açaí
de cachos escuros
pingando na relva
pingando
pingando
os frutos
maduros...
Ninguém fez por
querer esse caminhozinho fino
magro
estreito
tortuoso
todo de mato
pisado...
Tanta gente
por acaso
andou pra-lá
andou pra-cá
pisando o capim
no mesmo lugar
que um dia, quando
se viu,
lá estava o
caminhozinho
todo pronto
todo feito
como uma tatuagem
no peito da
terra...
Nas léguas do seu
tamanho
estica-se, fininho,
pelos campos,
zig-zagueia pelos
bananais,
empina-se na
corcunda dos barrancos,
rompe o silêncio
dos cacauais sombrios,
passa por baixo de
porteiras velhas,
entra em quintais
alheios,
alarga-se nos
terreiros das palhoças,
estreita-se, outra
vez, mais adiante,
e segue,
e continua,
o seu destino...
..................................................................
esse destino triste
e muito humano
de servir, de ser
útil, de ser bom,
e pelo bem dos
outros praticado
receber tão somente
a recompensa
de ser pisado...
PESCARIA
Atento, calado,
imóvel, na proa
da leve canoa
que, leve, flutua,
no lago sarú,
caoboclo vigia
passar sob as águas
o lombo lustroso
do pirarucu...
(...Em
derredor,
o quiriri
é tão profundo,
que até a zoada
do voo das cabas
se escuta...)
De repente,
estremecendo
um tupé de matupás,
no sossego da
restinga
a água mansa
siriringa...
–
É ele!
Então, naquela
direção
o pescador
sacode o arpão
Vup!
No fundo do lago,
o peixe arpoado
esguicha,
pinota,
volteia,
rabeia,
e sai na carreira
puxando a canoa
que em cima das
águas
de tanto correr
parece que voa...
–
Tá preso, danado!...
Na direção
em que ele vai,
uma porção
de bolhas de ar
das águas sai:
Búlúlú...
Búlúlú...
Bólócóbó...
ALAGAÇÃO
Um rumor de águas
revoltas
rola
pela planície...
É o coração do rio,
descompensado,
dilatando as aurículas
profundas
na diástole da
enchente...
As águas,
em correrias,
extravasam das
veias fluviais
e se derramam,
túrgidas,
nas várzeas...
Só as terras firmes
ficam de cabeça de
fora,
olhando tudo...
– Olhando o lençol
sujo das águas
embrulhando os
bosques
os prados
as campinas...
– Olhando a
correnteza
carregando nas
costas os troncos desfolhados
das árvores velhas
que a terra-caída
sacudiu dentro dágua
e que parecem
também
nesse descer
tão vagaroso
um cansado rebanho
a seguir lentamente
lentamente
seguindo o aboio
uivante do vento
que os vai tangendo
rio afora
como um pastor...
Um rumor de águas
revoltas
rola
pela planície...
É a alagação...
Nos barrancos
naufragados
as casinhas dos
caboclos
de água pelos
joelhos
parecem esquisitas
banhistas
vestidas de palha
entrando no rio
tremendo de frio...
O gado,
em jejum,
nas marombas,
alonga o olhar em
derredor
olhando o rio,
o rio
cheio,
o rio,
que passa
turbulento,
despótico,
arbitrário,
levando no roldão
das águas piriricas
roçados,
plantações,
esteiras de capins,
toda a roupagem
agreste dos barrancos,
todo o ornamento
vegetal das margens...
Um
rumor de águas revoltas,
rola
pela
planície...
É
a alagação...
GARÇAS
Vi-as, ao albor do
dia, uma após uma,
fugir da árvore
seca onde dormiram,
e seguirem,
alvíssimas,
pelo ar,
cada qual sobre as
asas carregando
os laivos da áurea
cor
que o sol,
nascendo,
em tudo ia jogando,
num crescendo de
luz e de esplendor...
Vi-as, depois, na
solidão dos lagos,
algodoando os
capinzais flutuantes...
Umas, revoavam...
Outras, terraplanando,
vinham chegando de
regiões distantes...
E as que, de cima
das vitórias-régias,
abriam o voo, sob o
sol que estiola,
tinham vida, leveza
e graça tanta
que pareciam a
própria flor da planta
desabrochando a
olímpica carola...
Ah! Mas a hora em que
elas mais tocaram
esta minh’alma e
este meu coração
foi,
quando,
ao por do sol,
vi-as passando,
trêmulas e tristes,
pelos longes
tranquilos da amplidão,
como se fossem as
brancas mãos da tarde
fazendo: adeus!...
adeus!... à luz do dia
que na fímbria incendiada
do poente,
serenamente,
melancolicamente,
morria...
LUA CHEIA
Noite branca
muito branca
de luar...
As formigas de fogo
das estrelas
de olhinhos vivos
acesos
cintilando
cintilando
no céu...
Cá em baixo,
tudo tão claro,
como dia.
As sombras das
árvores
deitadas,
sonhando,
sobre as águas dos
rios...
As águas dos rios
sonhando também
no sossego
dos remansos...
As galinhas
trepadas nos poleiros...
Os paturis acomodados
nas covinhas rasas
cavadas na terra
fofa
dos terreiros
iluminados...
O engenho “S.
Geraldo”
lá-longe
velho
cansado
calado...
Silêncio...
Somente as gias e a
rãs,
coaxando
coaxando
à beira dos
peraus...
e uma ou outra
monótona peitica
piando
piando
pelos ocos dos
paus...
Noite branca
muito branca
de luar...
A lua,
redonda,
no céu,
parece uma Vitória
Régia de luz
boiando num lago
azul...
O GAIOLA
Um novelo volátil
de fumaça
torce espirais
lá no horizonte...
É um gaiola
que aponta.
Cabocla, que está
na beira do rio,
batendo roupa no
cedro,
grita, pra cima da
ribanceira:
– Amâncio!
Juvêncio! Antônia! Maria!
Anda cá, minha gente! O gaiola vai passar!
E o gaiola vem
andando,
vem andando,
vem andando,
doiradas montanhas
dágua
na proa se veem
formando...
– Depressa, gente,
depressa,
quele vem mas é puxado!...
E o gaiola vem
andando,
vem a toda,
vem ligeiro,
dando surra nos
barrancos
com os chicotes do
banzeiro...
– Puxa a canúa pra
terra, Juvêncio!
Olha quêle vem bem pela beira!
E o gaiola vem
andando,
vem crescendo,
vem chegando,
lenha, bichos,
gente, tudo
no costado
carregando...
– Suco, meu mano,
vem mas é carregado!
Chega vem enterrado nágua!
Passa
enfim
pelo porto...
Desata
o grito
do apito:
Pí... iiiii...
Pí... iiiii....
Os caboclos, na
margem, tomam um susto...
Os cães fogem,
latindo apavorados...
As canaranas se
remexem todas
na sinuosidade do
banzeiro...
– Êta, bichão
bonito!
Isso é que é cortar água!
E o gaiola vai
passando,
vai passando,
vai passando,
espúmea esteira
doirada
atrás da popa
deixando...
– Adeus! – Adeus!
– Feliz viagem!
– Nossa Senhora dos
Navegantes que te acompanhe!
E o gaiola vai
passando,
vai andando,
vai seguindo,
vai seguindo e vai
também
diminuindo de
tamanho
diminuindo
diminuindo
diminuindo
até a esponja
branca da distância
apagá-la na lousa
do horizonte...
CANOA VELHA
Canoa velha,
descalafetada,
toda quebrada,
jogada à baira
da ribanceira...
Canoa velha
que em outros
tempos
subindo os rios
de longes curvas,
ias ligeira
como um corcel,
ao sol queimante
soltando as crinas
crespas e turvas
da água cantante...
Canoa velha,
cheia de fama,
como é tristonho
te ver assim,
apodrecendo
dentro da lama...
Com que arrojos
te vi outrora
vencendo a força
da correnteza
na faina heroica
da travessia,
e, destemida,
de proa erguida
jogar a vida
de encontro à fúria
das pororocas
e ventanias...
Quantas vezes, alta
noite,
sentado no meu
barranco,
olhando o luar,
muito branco
nas águas mansas
boiando,
eu via o teu vulto
esguio
passando calmo,
passando
lá pelo meio do
rio...
Chuá...
Chuá...
Escutava:
Era a cantiga que o
remo
batendo nágua,
cantava,
contente, porque,
talvez,
com teu caboclo na
proa
de longe, mais uma
vez
serena
tu regressavas...
Mas um dia... (há
sempre um dia
na Vida, que é de
agonia!...)
o rebojo te pegou
e no túmulo nas
águas
o teu casco
sepultou...
Desde aí, canoa
velha,
nunca mais alguém
te viu
subir pelos
estirões
de longes e quietas
curvas
soltando de um lado
e do outro
da proa chata e
arrogante
as crinas crespas e
turvas
da água doirada e
cantante....
Nunca mais alguém te
viu
senão quando o rio
secou,
e te puxaram pra
terra,
e te deixaram
estendida,
na beira da
ribanceira,
jogada,
morta,
esquecida...
A BOIÚNA
Da lua nem sombra
na cuia do céu...
Só treva e silêncio
na noite sem lua...
Pois é nessas
noites assim que a Mãe-dágua
no meio do rio,
enorme,
flutua...
..........................................................................
– Achi!... Achi!...
Que pitiú!...
Será ela?
Mau-sinal!...
Manéu Freire
pega o laço,
bota o gado
no curral,
depressa, home de
Deus,
não perde mais
tempo, não,
quessa bicha tem
mania
de dar cabo da
criação...
Contou-me o velho
Torquato,
que a tal danada já
viu,
que ela possui o
formato
igualzinho ao de um
navio...
Tem casco, tolda,
bueiro,
Farol na popa e na
proa,
e apita que nem
gaiola
pedindo lenha ou
canoa...
Ai, porém, do
desgraçado
que, pela noite
calada,
for atender ao
chamado
desse macabro
navio:
chega junto... não
vê nada...
ouve, apenas, um
assobio,
ao som do qual, num
rebojo,
some-se na água do
rio...
.............................................
Da lua nem sombra
na cuia do céu....
Só treva e silêncio
na noite sem lua...
Pois é nessas
noites assim que a Mãe-dágua
no meio do rio,
enorme,
flutua...
APUÍ
Apuí,
Apuí,
que nos ermos
soturnos da floresta
mataste o
urucuzeiro,
o urucuzeiro que te
foi tão bom,
que te deu a mão,
que te deu a seiva,
que te deu a vida,
e que te balançou
na rede verde
das suas ramagens,
à cuja sombra
perfumada e boa
cresceste
e floresceste,
ouvindo o canto
lírico dos pássaros
e o bárbaro clamor
das pocemas selvagens!...
O urucuzeiro foi
tão teu amigo
Apuí,
Apuí...
Essa copa triunfal
que hoje ostentas ao sol,
toda cheia de
alegres passarinhos,
e onde o vento
sacode os turíbulos rústicos
dos ninhos,
incensando de sons
o espesso matagal,
tudo, enfim, que
possuis,
e que exibes à luz
clara,
e quente,
e fecunda,
do sol tropical,
tudo,
Apuí,
deves ao
urucuzeiro,
ao urucuzeiro que
te foi tão bom,
ó Apuí sem alma!
ó Apuí traiçoeiro!
Apuí!
És um símbolo
Apuí!
Como tu,
quanta gente,
quanta gente,
há por aí...
O ENTARDECER NA
AMAZÔNIA
Tarde. Há no poente
um clarão de batalha.
Uma auréola
vulcânica, incendida,
Debrua de ouro as
nuvens, à medida
Que o sol apaga a
rútila medalha.
Sob a tenda celeste
colorida
A Amazônia,
sonhando, se agasalha
Entre as dobras da
sombra que se espalha
Pela luz do
crepúsculo tingida.
Do céu, pelas
planuras descobertas,
Como lírios de
pétalas abertas,
Veem as últimas
garças, vagarosas...
Por fim, o sol,
mortiço, em áureas fráguas
Cai sobre o rio
recobrindo as águas
De trêmulas escamas
luminosas...
MENEZES, Alves de.
Aturá de Ritmos. Rio de Janeiro: ALBA, 1943.
p.s. o livro não
contém paginação. As ilustrações são do próprio Alves de Menezes, presentes em "Aturá de Ritmos".
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