sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ELOY AÑEZ MARAÑON E A ARTE DA SERINGA

A borracha, no século XX, marcou a história de três países amazônicos: Brasil, Peru e Bolívia. Apesar de ter gerado tanta riqueza nenhuma das três nações desenvolveu-se a custa da hevea brasiliensis, que serviu apenas para alimentar a sanha estrangeira ou algum outro “coronel de barranco” em suas inescrupulosas extravagâncias.

Todavia, apesar dos contrastes e confrontos, a civilização da borracha permitiu o surgimento de importantes movimentos culturais: das letras às artes, das músicas às danças, e da culinária às vestes. O que possibilitou não apenas o registro da história de povos tão distintos, mas um maior estreitamento das relações de um pueblo hermano. É o que demonstra a arte do pintor boliviano Eloy Añez Marañon, nascido em Pando em 1966.

As obras de Añez Marañon impressionam pelos tons vibrantes, de singular beleza, e pela maneira como retrata o período da borracha na Amazônia boliviana. Autodidata, como tantos outros artistas da Pan-Amazônia, Eloy Añez Marañon atualmente reside na Espanha. Sua arte já foi exposta em diversas cidades da própria Bolívia, na Espanha, bem como no Brasil, onde esteve em 1988, com uma exposição na Universidade Federal do Acre. Sua arte tem muito a dizer ao Brasil e, sobretudo, a nós acreanos.

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“Me inspiro en la naturaleza salvaje, el esfuerzo, el coraje, el sacrificio y las esperanzas de los hombres y mujeres de esa bendita tierra mía (Pando)”.

Eloy Añez Marañon
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"Cautxú"
(óleo sobre tela)
2010
Defumación
(óleo tela 46x38 cm)
2004
El Grito
(acrílico sobre tela)
2010

Hevea
(óleo papel 51x66 cm)
2010-11-26
La Novia del siringal
(acrilico tela 101x152 cm)
2009
La Creación
(acrílico tela 1010x153 cm)
2009
Sin título
(óleo sobre tela)
2010
"Mujer siringuera"
(óleo sobre tela 50x50 cm)
2010
Siringal
(tinta china)
2009-2010
Siringuera
(acrilico tela 59x61 cm)
2009' 2010
Tichelas
(oleo tela 56x61 cm)
 2010

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Mais sobre o pintor Eloy Añez Marañon em seu blog:

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Fontes das imagens:

Um comentário:

Luciane Moraes disse...

Olá! Amigo!

Amei a postagem!
Que bela arte!

A forma como Eloy mistura as cores e coisas da floresta. Da vivência na época do látex. Gostei!


Abraços!