O Conselho Estadual de Cultura, no próximo
dia 05 de novembro, quarta-feira, Dia Nacional da Cultura, confere comendas de Mérito
Cultural, em memória e em vida, a quatro personalidades da cultura acreana.
Este ano serão brindados “Em Memória” o
cientista e escritor tarauacaense Djalma da Cunha Batista e o escritor e
jornalista João Mariano da Silva.
Na categoria “Em Vida” será agraciado o Padre
italiano André Ficarelli, há anos radicado e prestando serviços inestimáveis ao
Acre; o outro agraciado é o poeta senamadureirense Jorge Tufic, com trabalhos
reconhecidos dentro e fora do país.
A cerimônia de premiação ocorrerá no átrio de
entrada do Teatro Plácido de Castro, em Rio Branco, na Av. Getúlio Vargas,
nesta quarta-feira DIA 05 DE NOVEMBRO, dia da Cultura, às 18h30min.
(Com informações repassadas por Clodomir
Monteiro, do Conselho Estadual de Cultura)
BREVE HISTÓRICO DOS AGRACIADOS DA COMENDA
MÉRITO CULTURAL
CATEGORIA “Em vida”
FREI ANDRÉ FICARELLI
Frei André Ficarelli é italiano, e pertence a
Ordem do Servos de Maria. Ficarelli está no Acre desde 1950. É o arquiteto que
projetou a Catedral Nossa Senhora de Nazaré, em Rio Branco, cuja construção teve
início em 1948, com inauguração em 1959.
POETA JORGE TUFIC
O poeta e jornalista Jorge Tufic é acreano de
Sena Madureira, nascido em 13 de agosto de 1930. Tufic é consagrado como um dos
melhores e mais importantes poetas de sua geração, tendo exercido um papel
imprescindível na literatura amazonense (Clube da Madrugada), cearense e
acreana. Em 2012, recebeu o Prêmio Raul Bopp da União Brasileira de Escritores (RJ),
pela obra “Quando as noites voavam”. Jorge Tufic pertece às Academias de Letras
do Acre, do Amazonas e de Letras e Artes do Nordeste. É ainda autor do Hino do
Estado do Amazonas.
CATEGORIA “Em Memória”
JORNALISTA JOÃO MARIANO DA SILVA
João Mariano da Silva nasceu em Aracati, estado
do Ceará, em 13 de maio de 1897. Chegou ao Acre no início de 1920, estabelecendo-se em Cruzeiro do Sul. Foi professor
primário e redator do famoso jornal O Rebate, jornal fundado em 1921, e que
veio a ser o de maior circulação do Território, o qual foi editor por 50 anos, desde
1946 (data em que João Mariano o assumiu) até 31 de março de 1972, quando faleceu. João Mariano marcou a história do jornalismo acreano.
CIENTISTA E ESCRITOR DJALMA DA CUNHA BATISTA
Djalma da Cunha Batista nasceu em Tarauacá
(AC) em 20 de fevereiro de 1916, e faleceu em Manaus, no dia 20 de agosto de
1979. Cientista, pesquisador, escritor, literato, homem de profunda cultura.
Formou-se em Medicina pela conceituada Faculdade de Medicina da Bahia, em 1939,
tornando-se um dos médicos mais conceituados da região Norte pelas suas
pesquisas, entre outras no campo da Tisiologia. Foi presidente por três vezes
da Academia Amazonense de Letras e presidente do Instituto Nacional de Pesquisas
da Amazônia (INPA). Publicou, entre outras, as seguintes obras: Letras da
Amazônia (1938); Da Habitalidade na Amazônia (1965); O Complexo da Amazônia
(1976); Cartas da Amazônia (1989, póstuma), publicado por Guimarães de
Oliveira. Em 1996 foi publicado sobre ele o livro “Djalma Batista: um humanista
da Amazônia”. A editora Valer, do Amazonas, reeditou algumas de suas
conferências num livro intitulado Amazônia, Cultura e Sociedade (2003), e O
Complexo da Amazônia, a mais importante obra de Djalma Batista.
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