Sou Sebastião Isac
de Melo, o 4° filho homem, (vivo) do casal João Felipe de Melo e Maria
Anastácia de Melo, ambos naturais das cidades de Angicos e Lages
respectivamente no Rio Grande no Norte.
Desde menino me
descobri poeta ao notar o quanto já era saudosista, boêmio e (sem modéstia)
visionário e que vez em quando já ensaiava escrever romances, novelas e/ou
contos por mim imaginados. Lembro-me até que quando tinha aproximadamente 12
anos de idade, fui desafiado por um repentista chamado Beija-flor para um
desafio de repente no terreiro, com direito a bandeja de arrecadação e tudo.
Topei inconsequentemente e até que fui bem na opinião de muitos os presentes.
Entusiasmado com a
abundante inspiração que me envolvia piamente, escrevi um livreto contando uma estória
(conto talvez), mas quando tentei publicar, um vizinho meu ainda rapaz que
trabalhava na única gráfica de Rio Branco que situava-se na Avenida Ceará
próximo ao cruzamento das agora avenidas Ceará/Getúlio Vargas, me deu o
seguinte conselho: – Coisa desse tipo, só se você conseguir um político que
queira patrocinar sua causa. Do contrário sairá muito caro. Aquilo arrefeceu-me
os ânimos de tal forma que eu abandonei definitivamente a ideia, o folheto e
esqueci até o título do mesmo.
Fiz carreira como
militar do exército brasileiro como músico (nunca prendi ninguém) e servi a
caserna de 1981 a 2005 e como estava de certa forma praticando uma arte afim,
vez em quando escrevia letras de canções, o que me permitia auto proclamar-me
compositor.
Logo após ser reformado
do EB em virtude do avanço da idade, eu então junto a esposa tracei a seguinte
meta: Descansaremos até cansar e só então faremos alguma coisa. Ela topou,
aprovamos a nossa resolução por unanimidade e tratamos de cumpri-la.
Nos separamos por
um ano (do trabalho é claro) e enquanto isso eu vez por outra compunha uma
musiquinha. De repente já tomado pelo ímpeto de fazer algo – que não fosse
pesado nem que, impusesse pontualidade, pois junto com meus deveres abandonei
também o enfático relógio de pulso, – veio-me a ideia de buscar no
subconsciente algum resquício de repentista deixado lá na minha infância e para
minha doce surpresa ela restava viva e latente nos porões da minha memória.
Voltei a escrever,
só que agora escrevo poesias com o intuito não somente de vender, pois a arte
da escrita é árdua e pouco apreciada, mas também de preencher esse vazio do
tamanho de Jesus que cada poeta carrega no fundo d’alma e que faz parte da sua
própria existência.
Formei, eduquei e
protegi meu lar, transmitindo à minha família todos os valores legados a mim
por aquele eximo casal supracitado. Tenho orgulho do que fui, do que sou e se
Deus quiser ainda serei, do que fiz, do que faço e se Ele assim o permitir
ainda farei por mim e em prol de todos que me são caros.
Concluo dizendo que: “o que possuo me basta, a exceção da cultura e do saber”.
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