sábado, 12 de março de 2016

REDAÇÕES GOSTOSAS DE LER

AS CRIANÇAS SABEM DIZER 
Leila Jalul 


A FORMIGA E O ELEFANTE

Era uma vez um elefante bondoso que todos pensavam que ele não tinha medo de nada, nem de ninguém. Um dia, uma formiga danada que mexia com todo mundo viu um elefante passando perto do formigueiro que ela morava, ele era enorme e a formiga danada e suas amigas decidiram apostar que nenhuma delas conseguiria chegar perto do animal, a formiga danada então disse:

- Quer saber eu vou lá, só para mostrar para vocês que não tenho medo.

As amigas disseram:

- Duvido que você vá lá e fale com o elefante que é 100 vezes maior do que você.

Então, a formiga danada foi lá e falou com o elefante:

- Oi elefante!

- Para surpresa dela o, elefante se assustou e disse:

- Socorro, tem um bicho assustador na minha pata.

A formiga danada, assustada começou a gritar:

- Não, não sou apenas uma formiga e não machuco ninguém não me pise, por favor.

- O elefante olhou para a formiga e pediu desculpas alertando- a que ela não poderia sair assustando os outros desse jeito, pois ela poderia acabar machucada.

Então, o elefante e a formiga se tornaram grandes amigos.

Moral: Não mexa com ninguém maior que você, pois, você pode se machucar. 
Alunas: Suelaine kaissa e Sirlayne S. Rabelo. 
(Retirado de um blog de um professor que mostra as redações dos seus alunos).
Peço desculpas ao professor Felipe por não dizer o nome do blog. Procurei-o e não mais achei.
Fiquei intrigada pelo fato das meninas terem dito que o elefante era (apenas) 100 vezes maior que a formiga. Ou a formiga era muito grande, ou o elefante era pequeno demais!

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Quando escrevi Suindara, fiz um texto de apresentação que se chama ‘Monstros do bem’.

Sem que eu soubesse, Professor Juarez Nogueira, o ‘orelheiro’ de SUINDARA sugeriu aos seus alunos da sétima série de uma escola em Divinópolis, que, em poucas linhas, escrevessem sobre seus monstros.

Os meninos e meninas devem ter ficado assustados com minhas lembranças sobre escarlatina, darto, frieira, etc, coisas que nunca ouviram falar. Pelo sim, pelo não, eram outros monstros.

Por sorte, Juarez Nogueira é professor dos bons e deu aquela assistência pedagógica.

Vamos, crianças, quem são seus monstros? Quem mexe com seus sonos?

Os temas violência e drogas, pela monstruosidade com que se alastram ceifando vidas jovens e destruindo famílias e a própria sociedade, por certo, foram os dominantes. No meio deles, despertaram essas belezas de criatividades que exponho aqui. Servem de parâmetro para medir as diferenças do modo de vida da meninice de uma velha e as suas próprias, aos 12, 13 anos, numa época de tecnologias de ponta e do milagre da globalização.

Ó tempos, ó costumes!

São estas as redações selecionadas pelo professor da escola de Divinópolis. Adorei! Estas e outras, se saúde e visão tiver, farão parte de um livro que estou pensando organizar e até tem título provisório - LETRAS MIÚDAS.

Vamos lá.

NITCH

Nitch era um monstro baixinho, meio gordinho, chato, brigão, irresponsável, alcoólatra, mulherengo e tal.

Era a conta de chegar a qualquer lugar que saía brigando, batendo, xingando horrores de palavrões. Uma revolta só. Até que seu amigo Froid levou-o ao psiquiatra.

Hoje, ah, hoje ele é um monstro bom, não faz nada de mal, respeita todos, é realmente grato aos seus amigos Froid e o psiquiatra.

Depois da mudança, ele vive melhor, não nega nenhum favor a ninguém. Hoje ele é o máximo, quem o conhecia antes acha até que não é o mesmo.

Para viver melhor, Nitch inventou sua própria metáfora: esquecer do passado para aproveitar seus equívocos. Graças a isso, ele vive bem e cheio de amigos, adora sua vida e sabe se divertir. Sai sempre que pode, basta chamar. Nitch abandonou a vida vulgar e foi morar nos livros. Nitch ensina que monstro por monstro é melhor cada um lutar com o seu.

(Renata Araújo Rodrigues, 7a série C, 2007) 

JÁ HAVIA MONSTRO NO PARAÍSO

Desde Adão e Eva este monstro ataca. Adão e Eva já viviam em um ótimo jardim, não pagavam aluguel, tinham apenas uma regra. E desobedeceram a regra com o objetivo de possuir algo mais, algo novo, diferente.

Não importa em que século estamos, esse monstro que tentou o primeiro casal continua atacando da mesma maneira.

As pessoas atingidas são, principalmente, aquelas que já têm muito. Geralmente, elas possuem muito dinheiro, propriedades, mas nem sempre são felizes.

A ganâncias ataca essas pessoas, faz com que desejem acumular mais dinheiro e mais propriedades.

A ganância é um monstro com grande poder e dificilmente combatido. É preciso muita força de vontade para combatê-lo.

as é preciso compreender que os gananciosos sempre existirão. Devemos tomar cuidado com as pessoas com que nos envolvemos, pois este monstro sobrevive na forma humana e pode atrapalhar o jardim de muita gente.

(Natália Alves Fernandes, 7a série C, 2007) 

A ESCOLA MILITAR

A Escola Militar é o monstro que toda criança sonha não conhecer. É nesse monstro que muitas crianças "perdem" a infância, porque elas deixam de brincar e de fazer travessuras para dedicar sua vida aos estudos e uma vida mais sem graça.

A Escola Militar, às vezes, é um monstro necessário. Em alguns casos (quando não tem solução), ela deve ser utilizada.

Esse tipo de escola é prejudicial para quem a freqüenta. Quando os alunos tornam-se adolescentes, não têm a chance de conhecer garotas. Perdem assim a chance de "ficar" ou namorar, ou seja, perdem a melhor parte da vida que é o primeiro amor da escola.

Apesar de todos esses defeitos, a escola militar pode formar homens e mulheres muito disciplinados e sábios, só não dá para saber se são felizes.

(Bernardo Santos Correa, 7a série C, 2007) 

O MONSTRO CIBERNÉTICO

O Monstro Cibernético ataca com mais frequência os jovens que, na maioria das vezes, estão cada vez mais "perdidos" no internetês, código usado na internet, no conteúdo de sites que podem conter informações desnecessárias, idiotas e até impróprias.

Esse "monstro" destrói o tempo e a cultura dos jovens, o que justifica o seu perigo e o porquê de se combatê-lo. Mas o Monstro Cibernético pode ser combatido se os pais orientam os filhos quando usam o computador e controlam o tempo. Assim, os sites perigosos podem ser fechados por falta de visitantes.

É um grande inimigo o monstro das muitas informações inúteis. Por causa dele, jovens perdem tempo com esses sites, quando poderiam gastá-lo melhor com informações importantes encontradas em bibliotecas e mesmo na internet. Porque esse monstro só ataca quem não sabe se defender com a boa leitura.

Essas atitudes vão gerar uma melhor condição de vida no presente e no futuro, assim, as pessoas poderão obter melhores informações para elevar a cultura. 

(Pedro Assis Ferreira Menezes, 7a série C, 2007) 

O MONSTRO DA PREGUIÇA

O monstro da preguiça não faz nada, mas é capaz de se espalhar pelo mundo derramando moleza, aversão ao trabalho, vadiagem.

Esse monstro é um encosto e já ocupa muito espaço no Brasil, principalmente nas escolas. Muitos alunos têm preguiça de fazer dever, de organizar seus cadernos e apostilas e, principalmente, de ler e escrever.

O monstro da preguiça é lerdo, mas é muito forte e perigoso. Se ele dominar o mundo, não teremos como sobreviver, pois as pessoas terão preguiça de trabalhar e não conseguiriam comprar alimentos e água para se sustentarem.

Todos devem lutar para combater esse monstro nocivo à vida. Ele ataca as pessoas mais vulneráveis. Estas, quando atacadas, podem virar parasitas de outrem, que um dia se cansará de sustentá-los. Aí, ficarão mais vulneráveis, podendo ser devoradas pelo monstro da preguiça.

Várias empresas também já foram atacadas por esse monstro e perderam vários empregados e no governo também tem muita gente preguiçosa. Ele ataca quando menos se espera, causando transtornos e até destruindo famílias, que têm preguiça de trabalhar e não conseguem se sustentar. 

(Marília Magalhães Fonseca de Oliveira, 7a série A, 2007)

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