Anotações do encontro com o escritor Alberto Mussa, ontem (17), no Teatro Paiol, em Curitiba, num evento chamado Paiol Literário*.
Alberto Mussa não é mais um romancista. Ao lado, de outros poucos, ele tem dado uma nova dimensão ao romance brasileiro. Seus livros vão do universo fantástico ao raciocínio lógico, num estilo que causa impacto, e mesmo estranheza ao mais desavisados. Mas, isso é a porta de entrada para um enredo empolgante e um jeito de contar história como pouco se ver no romance brasileiro.
Mussa, carioca nascido em 1961. Publicou, entre outros, Elegbara, O Enigma de Qaf, O trono da Rainha Jinga, Meu destino é ser onça. Seus livros mereceram prêmios como o da Associação Paulista de Críticos de Artes, por duas vezes, além do Casa de Las Américas e do Machado de Assis, da Biblioteca Nacional. Traduziu diretamente do árabe a coletânea de poesia pré-islâmica Os Poemas Suspensos. Sua obra tem sido estudada na Universidade de Stanford, Califórnia, e foi publicada em Portugal, Itália, Cuba, França, entre outros.
Durante o bate papo, Mussa contou um pouco da sua trajetória literária, da sua relação com os livros desde os tempos de criança até a publicação de seu primeiro livro impulsionado por Antônio Houaiss, com quem trabalhava. Comentou sobre suas críticas à obra de Monteiro Lobato e ao livro Macunaíma de Mário de Andrade, por seu caráter preconceituoso. E nesse sentido, ressaltou que são poucos os autores brasileiros que fogem de um modelo de literatura esteorotipada, sobretudo, em moldes burgueses e cristãos.
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Alberto Mussa não é mais um romancista. Ao lado, de outros poucos, ele tem dado uma nova dimensão ao romance brasileiro. Seus livros vão do universo fantástico ao raciocínio lógico, num estilo que causa impacto, e mesmo estranheza ao mais desavisados. Mas, isso é a porta de entrada para um enredo empolgante e um jeito de contar história como pouco se ver no romance brasileiro.
Mussa, carioca nascido em 1961. Publicou, entre outros, Elegbara, O Enigma de Qaf, O trono da Rainha Jinga, Meu destino é ser onça. Seus livros mereceram prêmios como o da Associação Paulista de Críticos de Artes, por duas vezes, além do Casa de Las Américas e do Machado de Assis, da Biblioteca Nacional. Traduziu diretamente do árabe a coletânea de poesia pré-islâmica Os Poemas Suspensos. Sua obra tem sido estudada na Universidade de Stanford, Califórnia, e foi publicada em Portugal, Itália, Cuba, França, entre outros.
Durante o bate papo, Mussa contou um pouco da sua trajetória literária, da sua relação com os livros desde os tempos de criança até a publicação de seu primeiro livro impulsionado por Antônio Houaiss, com quem trabalhava. Comentou sobre suas críticas à obra de Monteiro Lobato e ao livro Macunaíma de Mário de Andrade, por seu caráter preconceituoso. E nesse sentido, ressaltou que são poucos os autores brasileiros que fogem de um modelo de literatura esteorotipada, sobretudo, em moldes burgueses e cristãos.
Por sua própria definição, Mussa diz que sua literatura é cerebral, isto é, há muita lógica no enredo de seus livros, prova disso é o livro O Movimento Pendular. Para ele a literatura ultrapassa a realidade, pois ela permite viver a experiência de outros. Nesse sentido, ele critica a literatura brasileira por ser muito realista (não que não seja boa), sendo raros os escritores que se detém a produzir literatura fantástica. Quando lhe perguntei que escritores mais lhe causaram impacto ele começou citando São Bernardo de Graciliano Ramos, algumas obras de Borges, etc., e finalizou com as poesias pré-islâmicas.
Alberto Mussa é caso raro na literatura. Enquanto muitos de seus contemporâneos, como assinala Rafael Rodrigues, escrevem um festival de escatologias, uma metralhadora de palavrões e arremedos de pornochanchadas, Mussa vai na contramão e escreve livros baseados em culturas, e nenhum deles tem personagens ou histórias sequer parecidas ou que lembrem as obras que a maioria de seus contemporâneos escrevem.
Alberto Mussa é caso raro na literatura. Enquanto muitos de seus contemporâneos, como assinala Rafael Rodrigues, escrevem um festival de escatologias, uma metralhadora de palavrões e arremedos de pornochanchadas, Mussa vai na contramão e escreve livros baseados em culturas, e nenhum deles tem personagens ou histórias sequer parecidas ou que lembrem as obras que a maioria de seus contemporâneos escrevem.
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* O Paiol Literário é uma realização do jornal O Rascunho e da Fundação Cultural de Curitiba, acontece a cada mês no Teatro Paiol, e conta sempre com a presença de grandes nomes da literatura brasileira atual para um bate papo muito especial.
Um comentário:
Oi Isaac, parabens pelo blog,
vou subir uma tradução do Paiol Literário com Alberto Mussa e queria te perguntar: posso pegar essa tua foto onde ele aparece nessa tertúlia? É claro que deixarei o endereço de teu blog como fonte.
Obrigado pela resposta,
um abraço.
Manolo.
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