Perdoa Pai, pelas vezes que te fiz sofrer
Pela minha revolta e desobediência
Uma rebeldia que não sei por que.
Perdoa Pai, pelo absurdo que eu já falei
Pelas noites em claro que te deixei
O conselho que eu não quis escutar
E que a vida fez questão de me mostrar.
Perdoa Pai, quando não quis o teu carinho
É que eu estava trilhando um caminho
E não conseguia entender
Os sinais de amor que vinham de você.
Perdoa Pai, pelo silêncio que adotei
Pelas lágrimas que não chorei
Mas ainda quero ser o teu filho
E para sempre seu melhor amigo.
Perdoa Pai, se ainda não consegui vencer
É porque está difícil caminhar sem você
A estrada que nós dois trabalhamos um dia
Fica escura e não encontro alegria.
Perdoa Pai, se não fui o filho que você sonhou
Nem o engenheiro que um dia eu falei
Mas a realidade me mostrou
Que podemos tentar outra vez.
Me ajuda Pai, a enxergar o que não quero ver
Esquecer aquela velha dor
E viver em paz sem nenhum rancor.
Me ajuda Pai, eu não consigo decifrar sozinho
A mensagem que o tempo deixou
Muitas pedras no meu caminho
Que você já me avisou.
Eu não queria Pai, te ver chorar numa delegacia
Lavar meu rosto na noite fria
E me lembrar que já fui feliz um dia.
Eu não queria Pai, que a lembrança fosse um castigo
De um passado tão enlouquecido
Que agora eu posso lamentar.
Eu não queria Pai, que o senhor me visse assim
Machucado e tão ruim
Sem saber onde chegar.
Quantas vezes Pai, este sol que tanto já te queimou
Virou noite no canto mais frio da dor
E a luz que vinha no outro dia
Avisando que o sonho nunca acabou.
ERLAN NOGUEIRA DE MOURA é natural de Cruzeiro do Sul-AC, reside em Rio Branco, onde cursa Arquitetura e Urbanismo.
ERLAN NOGUEIRA DE MOURA é natural de Cruzeiro do Sul-AC, reside em Rio Branco, onde cursa Arquitetura e Urbanismo.
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