O jovem Jailan Souza,
apesar da pouca idade, se revela um artista sensível, denso e pulsante. Fazendo
uma arte extremamente conflitante e inquietante. Esculpe a partir da matéria da
vida e seus conflitos (internos e externos) uma poesia marcadamente
introspectiva, onde predominam as vozes existenciais. É uma voz juvenil, com
suas inquietações, frustrações e sonhos. A fazer uma poesia que, às vezes, pelo
tema, nos lembra Baudelaire, Augusto dos Anjos e Emílio de Menezes.
Jailan
é amazonense de Boca do Acre, onde nasceu em 11 de janeiro de 2002. É, todavia,
acreano de vivência. Mora em Rio Branco com a família, e frequenta o Instituto
Federal do Acre. Além de poeta, Jailan compõe e é artista plástico.
Obviamente,
a sua arte ainda encontra-se em formação, em dilatação, em projeção, em busca
de uma afirmação e identidade, mas que já revela traços delineadores, que nos
apontam não apenas um exímio talento do futuro, mas um inegável artista do
presente.
drummond
que bênção é ter
olhos
e poder guardar
tudo que já vi
na memória.
era uma vida
simples,
mas com tantos
detalhes,
pequeninos como
moléculas.
às vezes fico
arrependido
por não ter
reparado em tudo.
quando a aula
acabava,
esperava meu irmão,
o jair, jogando bola
com os meus amigos
no campinho que
ficava no pátio.
quando ele chegava,
subia na moto suado e, às vezes, insatisfeito,
pensando naquele
gol que não fiz.
o céu de boca do
acre tinha uma beleza diferente.
não sei se era mais
belo ou era a minha felicidade se expressando
ao meu redor.
o vento e as
nuvens: dádivas!
acreditaria em deus
só por esses motivos.
tinha as melhores
cenas passando pela minha cabeça
e como era bom
imaginar.
como era bom.
quando chegava na
minha casa,
trocava de roupa e
descia o mais rápido
pro terreiro.
ficava lá até
escurecer, treinando chutes
pra não errar na
próxima partida contra o time do sexto ano.
só entrava pra
dentro quando as carapanãs
ficavam
intoleráveis.
brincava e brincava
com os meus brinquedos
e assistia filmes
com o jair e o jardel, às vezes com a sirlândia.
abraçava minha mãe
e ficava recebendo dengos dela.
meu pai era o mais
quieto, mas eu guardava um eu te amo tão vivo por ele.
minha mãe dizia pra
eu não dormir no sofá
e eu dizia que
dessa vez não iria.
pegava os livros
que roubava do colégio (óbvio, eu devolvia, era quase um empréstimo secreto)
e lia, lia, lia até
não lembrar como tinha dormido.
quando acordava no
dia seguinte,
ficava triste
porque acabava desobedecendo a mãe mais uma vez,
só que sem querer.
mas o poema de
drummond
sobre itabira virou
sonho.
ainda bem que eu
dormi nas últimas palavras
dele naquela noite.
ainda bem.
casinha
eu sou uma casinha
de telhado vermelho
isolada no meio do
inverno
esperando por belos
verões
e romances
passageiros
quero ter alguém em
meu abrigo
só assim faço
sentido.
quero ser quente à
quem sente frio
quero ser paz à
quem veio de guerras
mas me deixam só
à depressão do
inverno
sempre
como posso ser uma
bela casinha
se ninguém me faz
sentir ser?
não é com uma bela
pintura
com rochas
cristalinas
ou com mais de um
andar
que serei magnânimo
é com danças na
sala
risadas no almoço
é faxina com as
crianças
e no domingo aquele
alvoroço
casa feliz é casa
grande, mesmo sendo pequena
por enquanto,
sonho.
ainda estarei no
inverno
só e triste no meio
do frio
sendo a casinha de
telhado vermelho
sem graça mas
esperançosa
de um dia ser
a morada de um
menosprezado também.
SER SOZINHO É TER A
MELHOR COMPANHIA
Eu adoro nomes ---
RodrigoAnaCarol.
Eu os solto sem
vírgula, fica bonito.
Eu crio estrutura e
ossos a esses nomes
E quando termino,
viram meus amigos.
Eu digo, por velho
achismo e intuição,
Que amigos
inventados são melhores que os reais.
Eles vão comigo ao
centro ao nada
E ainda falam do vento
à espada
Os meus têm nomes.
O balão mais narigudo:
O querido Alfred
sisudo, e ainda há o gato mais travesso:
Eduardo “Álvares de
Azevedo”, e seu galopante fiel escudeiro:
O pato Ramonzito
bico de cinzeiro.
“Um bom apreciador
do silêncio opressor
É aquele que dribla
o sofrimento ao oferecer um café à solidão”.
FORMIGUINHA (OU A
MINHA DEMISSÃO DA TERRA)
É natural, mas não,
não devia ser.
Eu estou queimado
por fogo fúnebre
E todos vocês
também estão.
É estranho, estamos
nos reduzindo,
Diminuindo nossa
essência
Aumentando nossa
miséria
E não apenas a
miséria do contexto econômico,
Mas a miséria
existencial --- o ser humano
deixou de ser
humilde com si após
ter se
autodeclarado superior.
Estamos nas
periferias do Universo,
Nos confins ainda
desconhecidos por nossa minúscula capacidade de compreensão,
Então qual é a
probabilidade de estarmos certos?
O que conhecemos de
verdade, e qual o direito
que temos em querer
prevalecer
o que é verdade aos
outros?
Ser humilde não é
se humilhar, irmão.
Estar de acordo não
é submissão, pai.
Prefiro ser um
pessimista que olha para seu próprio interior
a fim de entender
esse complexo mundo que sou.
Se não consigo me
compreender da mente aos órgãos,
quais chances tenho
de ser um otimista
que mudará o mundo
realmente?
Sendo barro ou
explosão, ainda somos fáceis de desfazer
Inutilmente
efêmeros, animais reprodutivos como qualquer outro
Então por que
brigamos tanto?
Uns acreditam na
utopia, outros na objetividade
Não percebem que
ambas extremidades não fazem sentido algum?
A utopia morre
sendo ilusão, a razão morre por ser objetiva demais.
Todas as palavras
ao serem desconstruídas resultam em nada.
Eu vou me suicidar,
ninguém compreende que essa geração é a doença
de todas as outras
gerações.
O mundo é líquido,
muda como as correntezas de um rio
como o intemperismo
gradual
O obsoleto nunca
saberá lidar com o hodierno.
O estratagema da
mídia, a hipocrisia da massa
Tudo isso é um
caos, e com tanta informação eu planto a desinformação
Não há prazer no
ato de aprender. Não mais.
Mais um poema que
ninguém lerá, outra inutilidade que não me servirá.
Eu só quero andar
por aí, por ruas brandas
e ir reparando no
chão para não pisar numa formiguinha.
Oh, formiguinha,
você é mais cheia de humanidade
do que os próprios
humanos
Pois continua ali,
pequenina.
Sabe de uma fábula
que meu avô contou?
A formiga era do
tamanho de um gigante
mas por ser muito
humilde, tornou-se pequena.
O ser humano era do
tamanho de um micróbio
mas por ser muito
orgulhoso, tornou-se grande.
E no mundo o
orgulho sobrepõe a humildade.
Fim.
DISTANTE, ANDE
Essa cidade, esse
lugar, essas luzes
Nada disso é meu,
nada disso.
Hoje eu vou pra
Pasárgada
E pretendo morrer
lá.
Dirigir, dirigir e
ir
Pra bem longe, onde
não há o ver
Pra bem longe, onde
não há o aqui
Longe.
ANJOS VERSUS ALIENS
parte 2
Seu cabelo ao vento
e sol
Soa como o tinir de
uma coroa
Caindo sob bebês de
metal
Seu olhar medíocre
e solitário
Observa com
desânimo profundo
As palavras do
jornal
E tudo que você
quer é sair
Fugir sem precisar
ser discreta
Pegar o carro rumo
ao nada: “Estou grávida, mas não queria”.
OCEANO
Nós rimos tanto.
Vou lembrar daquela
velha
com cara de livro
(e do nosso beijo).
A MINHA DANÇA
Demorei, ressoei,
mas entendi
As roupas antigas
são pequenas
Para o meu corpo de
um metro e oitenta.
É um passado
gostoso, com gosto, com cheiros
E infelizmente,
querendo ou não, preciso renunciar.
Quando a gente
cresce, a gente vira indigente
E o mundo é só um
detalhe a mais para aturar.
Essa é a minha
dança, sempre fora do compasso
Entendendo o tempo
da música como um apaixonado.
Eu tento ver o mundo
com o olhar alado
Há sempre algo que
só voando consigo entender.
Demorei, não liguei
pra não gostar, mas entendi
Que as pessoas são
loucas, inventam um estado ébrio
E gritam que estão
felizes, e talvez estejam,
Mas por que tanto
exibicionismo?
É melhor estar de
acordo com toda essa revolução
Para seguir lúcido
e aí, sim, me revolucionar.
A religião não
precisa ser um fone de ouvido
E eu também não
preciso discutir, só aceitar.
Essa é a minha
dança, sempre passo a passo
Entendendo a arte
de não entender e só ser.
Eu tento ver o
mundo com o olhar alado...
Tem coisas que a
gente só enxerga quando aprende
Que o mundo é um
detalhe para ser apreciado.
EMPATIA COM SI
Eu não posso mudar
o mundo.
Eu sou como um
gafanhoto.
e se eu tivesse
outros gafanhotos ao meu lado
seríamos como uma
praga.
Eu não posso
revolucionar algo que só muda com o tempo
mas posso
revolucionar meus músculos
meu espírito
meu fôlego.
Eu não acredito em
nada, a não ser em mim.
Eu sou uma criança
implorando
com as mãos em
posição de oração:
"Por favor,
não briguem!"
Não precisamos ser
inimigos.
A religião e a
ciência concordam: somos míseros!
Sempre haverá algo
maior que nós, seja Deus ou o universo
e perante à tanta
magnitude, por que pensar tão pequeno?
Ninguém está certo,
ninguém precisa nos ouvir,
nós precisamos
apenas seguir a nossa própria sombra.
AMIGOS
Meus livros
favoritos sempre foram meus amigos.
Eles são as
histórias que carrego nas cicatrizes do meu pulmão.
Enquanto fumava
cigarros em um domingo quente pra caralho,
Oslo contava sobre
uma ex-namorada dele.
“A família dela era
totalmente religiosa, daquelas ortodoxas, mesmo.
Eu gostava dela
demais, mas ainda pensava na minha liberdade.
Não que eu tenha
algo contra Cristo, só não gosto de rédeas.
Fiquei sem me
apresentar pros pais da Raquel,
Então a convenci de
que íamos namorar em segredo.
Eu imaturo, tinha
dezessete na época, comecei a ter uns comportamentos tarados, saca?
E ela era uma deusa,
toda católica e santa, mas com um corpo que, meu Deus!
Levei ela pra casa
numa quarta-feira. Meus pais não estavam.
Como me arrependo
da merda!
Depois desse
acontecimento, ela ficou com medo de estar grávida,
Pois não usamos
proteção, e ela tava com uns enjoos e tal.
Fiquei com o cu na
mão, óbvio. Levei ela na farmácia
Pra comprar aqueles
testes de gravidez. Ela fez...
E não estava
grávida. Uma montanha saiu das minhas costas.
Porém, o pior
aconteceu: a mãe dela viu o teste no cesto de lixo do banheiro
E começou a
pressioná-la, e a Raquel acabou falando tudo.
Lembra daquela
mudança que eu fiz em 2006 para Belém?
Pois é. Eu na
verdade estava fugindo da espingarda do pai dela.”
Eu ri pra cacete,
quase caí da cadeira.
O restante do
pessoal tava rachando também. Bons tempos.
Quando nos reunimos
novamente, quase dois anos depois,
Foi para uma
matéria sobre a nova cena de arte alternativa que tava surgindo.
Nós éramos
conhecidos como os hodiernos.
Na hora da
fotografia, o Oslo disse: “O pai da Raquel nunca viu o meu rosto,
E mesmo com trinta
anos agora, eu sempre fui calvo. Depois dessa matéria, a minha identidade será
desmascarada
E vou ter que ir
pra Belém de novo”.
E assim fizemos a
foto mais espontânea de nossas vidas.
Mariouro
Eu não te amo mais
É atordoante dizer,
mas é um sacrifício
Carregado de
alívios reprimidos.
Eu não te
carregarei uma vez mais
Elefante repleto de
peso emocional.
Os nossos rostos se
repelem
Sapo não encosta em
sal
Então como
sobrevivi?
Caracol
O relógio inglês da
sala
Sincronizou-se com
a ansiedade
E o dia escurece
mais cedo, todo dia.
Caracóis
melancólicos na varanda
Rastejando ao rosto
caído, morto
E em cima de mim,
promessas
Datilografadas numa
carta
Tornou-se a
despedida.
NA PRAIA
Na praia vejo
caminhar
Uma pequena
tartaruga,
Sozinha e confusa.
Quem acabou de sair
do ovo
Não conhece o mar.
A maré faz ela
voltar pro meio
E o cascudinho
teima em beijar a água.
Eu não cheguei a
ver o fim da história,
Se a tartaruguinha
conseguiu, ou não.
Eu desliguei a
televisão...
Eu queria escrever
coisas melhores
Eu queria não
descrever tudo
Eu queria ter uma
mente mais límpida
Eu queria ser como
água e luz
Eu queria ser como
o rio e o fogo
Eu queria eu queria
eu queria
Eu teimo em beijar
a ferida
Eu teimo em beijar
a ferrugem
Eu teimo em beijar
o nada
Eu teimo em
escrever muito
E no fim dizer
absolutamente nada
dizer absolutamente
nada
dizer absolutamente
nada
dizer absolutamente
nada
dizer absolutamente
nada
dizer absolutamente
nada
dizer absolutamente
nada
dizer absolutamente
nada
dizer absolutamente
nada
dizer absolutamente
nada
dizer absolutamente
nada
dizer absolutamente
nada
dizer absolutamente
nada
dizer absolutamente
nada
dizer absolutamente
nada
dizer absolutamente
nada
dizer absolutamente
nada
DRAMA
A música que criei
semanas atrás
Era de uma
simplicidade genuína
E de uma melancolia
devastadora
Em meio à
incompreensão
Eu me abraço a
qualquer parede
Em algo que seja
duro, sólido
Como a pele opaca
do meu pai, o homem de sol
A música que criei
e aprovei
Era simples porque
foi pura
E era bela porque
foi minha
E adoro lembrar,
voltar semanas atrás
E me vangloriar por
ter sido autor de tamanha sensibilidade
A música que criei
semanas atrás
No quarto de minha
mãe
Nada mais foi que o
meu próprio choro.
MAMÃE
Aconchego quente
dos seus braços
E leite morno dos
seus seios:
Que vontade de não
entender o mundo.
O herói
E o meu pai descia,
Rumo ao morro mais
próximo do rio.
E que facilidade,
seus pés eram ninjas,
Sabiam
perfeitamente bem onde pisar.
Já os meus,
pareciam pés de um equilibrista,
Ou um surfista
bêbado.
Era difícil manter
a postura ali.
Será que um dia
serei
Um herói também,
que vê o próprio filho morrendo
E o ampara,
convidando-o, quase que forçado,
À uma pescaria?
Quantas vezes
tentei me matar,
E quantas vezes
esqueci que os meus heróis
Também podem
cometer suicídio...
O anzol beijou a
água várias vezes.
Parecia que o
próprio rio nos forçava
A ser pacientes, a
perdurar um bom tempo no sol,
Só pra sentir o
calor puro,
Pra mostrar que
viver não é só sorrir,
É mais sentir.
Até que, algo nos
surpreende
E cessa o nosso
silêncio filosófico:
Um caranguejo
abraçou, literalmente,
O anzol do meu pai.
Eu nunca tinha
visto algo assim.
Era peculiar e
divertido.
Era fêmea, segundo
o meu velho.
Eu até a segurei,
só que o troço agarrou
Meus dedos e
instintivamente a soltei.
Até eu tive a sorte
de pegar
Um caranguejo,
desta vez macho.
Este devorou um
pedaço da minha isca
E eu achei
ingenuamente cômico.
Eu realmente quero
guardar
Tais momentos, que
pra mim
São importantes e
lindos. Meu futuro é incerto.
Sei que não posso
fugir do gosto fúnebre de minh’alma.
É, sei que não.
Sempre guardarei o
sorriso que o meu pai deu
Quando tirei uma
foto dele segurando o caranguejo.
Levarei comigo,
Até os dias que
mais nada pertencerá a mim.
Três
O ônibus acelera,
O vento mais que
desejado
Entra pela janela,
acalmando
A pele irritada
pelo calor.
Os espirais que
formam meu cabelo
Se assemelham às
folhas de uma mangueira,
Que balançam
harmoniosamente
Sem parar.
O sono toca meus
olhos
Como uma mãe toca o
rosto de um recém-nascido.
Eu penso em atender
o chamado sonífero
De uma alma cansada
Mas você, de
repente, cai nas linhas do meu caderno
E preciso
fotografar seu rosto
Em minhas palavras
mortas, desmotivadas,
Antes mesmo de
esquecer suas feições.
Antes mesmo de você
esquecer
Que eu reparava em
suas malditas feições.
Que tamanho preciso
ter
Para que apenas uma
pessoa entenda
Que preciso de um
pouquinho de paz interior?
Precisei me
pulverizar em três,
Ser três faces
tortas, má desenvolvidas,
Que nem meus textos
que choram com os meus desenhos
Desenhos tão mal
feitos, mas tão bem vistos...
Esse paradoxo é
estranhamente peculiar.
Poeta de bloco de
notas e um compositor
Que não conhece
sequer um acorde, que toca um violão banguela,
Porque afinação não
é meu forte.
Eu só quero parar!
Só que esse desejo
Parece ser um
pecado para um rapaz de 17 anos,
Em plena juventude
entorpecida de tempos tão modernos.
Jovens vistos como
frutinhas perecíveis,
Onde a Internet é
como a geladeira
Que evita com que
apodreçam
Na melancolia
despejada em um cigarro.
"Que demais,
eu fumo"... que grande merda, brother.
E nestes últimos
versos
Paro de incomodar
sua sessão no cinema, ou
Mais uma tentativa
de você tentar apagar
Sua própria vida
Em corpos de heróis
tão fictícios
Quanto essa
realidade mórbida,
Onde o caos sorri e
nós acenamos pra ele.
Não sou artista.
Tenho orgulho de dizer isso.
Sou um autodidata,
apenas em busca
Da melhor forma de
se expressar.
Por isso sou três,
e por isso sou muitos.
Nota
Todos os poemas e
desenhos foram retirados da página pessoal de Facebook de Jailan Souza.
Um comentário:
VC ACABA DE LANÇAR UM BOM POETA... ESPERO QUE QUALIDADE SE MANTENHA DEPOIS...
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