Raul de Leoni (1895-1926)
Quis, vencendo o Destino, ser o Rei
De todo esse Universo ilimitado
Das ideias que nunca alcançarei...
Inteligência... esse anjo rebelado
Tombou sem ter sabido a eterna lei:
Pensei demais e, agora, apenas sei
Que tudo que eu pensei estava errado...
De tudo, então, ficou somente em mim
O pavor tenebroso de pensar,
Porque as ideias nunca tinham fim...
Que mais resta da fúria malograda?
Um bailado de frases a cantar...
A vaidade das formas... e mais nada...
LEONI, Raul de. Melhores poemas. Seleção
Pedro Lyra. São Paulo: Global, 2002. p.93
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