A escritora Olivia Maria Maia lança no dia 17 de agosto (sábado, às
19h30), no Bar do Brasil (202 Norte), o seu novo livro, Se a catraia
não virar (Edição do Autor). Nascida em Rio Branco (AC) vive em
Brasília desde 1972, onde se formou em Sociologia, Psicologia; teve filhos
e netos. Nessa obra, como disse o poeta Nicolas Behr, a autora, com uma
prosa leve e solta, é como um rio que começa largo e manso mas logo vira
correnteza. "Fernando Pessoa disse que 'é o tempo da travessia e, se não
ousarmos fazê-la, teremos ficado pra sempre, à margem de nós mesmos'. E eu
ousei, com este novo trabalho, fazer travessia no rio da minha terra, e também
em rios de palavras", confessa a acreana, que teve o primeiro livro, Em rio que menino nada raia não ferra, boa acolhido pelos leitores e pela crítica.
Para o jornalista e escritor Mario Pontes, que foi editor do caderno Livros do Jornal
do Brasil, por mais de 20 anos, Olivia
em seu livro de estreia reconstitui, com notável força
poética, paisagens e figuras humanas do início de sua vida em meio às terras,
florestas, águas, dias e noites do Acre. "Por vários motivos, a ficção de
Olívia atrai o interesse do leitor. Primeiro,
pelo modo firme como suas narrativas são construídas,
proporcionando um bom equilíbrio entre os elementos memorialísticos e a invenção dramática. Segundo, pela
qualidade do humor, que não interfere na
viagem ao interior dos personagens, mas contribui, ao contrário, para revelar
sua riqueza ou pobreza interior. Finalmente, porque ela capta os movimentos da
existência no âmbito do próprio ato de viver, levando suas
criaturas a entrar e sair vivas das histórias, e não apenas a circular sem
propósito no interior de cada página", diz Pontes, que publicou diversos
livros de ficção e ensaios, tendo ainda traduzido 30 livros, entre os
quais obras de Camilo José Cela, Júlio Cortázar e Isabel Allende.
Em Se a catraia não virar, Olivia confirma e vai além do que
nos brindou no livro de estreia. Nessa viagem ela não se limita a
reminiscências, mas transita das saudades infantis à indignação com a violência
urbana, num passeio literário que terminará no mar, ou numa praça Saramago, que
a autora constrói no coração.
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> Leia aqui minha crítica a Se a catraia não virar.
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