Tu, que brilhaste
em terras queridas,
hoje não é mais
enaltecida.
Debaixo do soberano
sol,
e esquecida pelos
que em ti caminhavam,
já não exuberas
mais a elegância que de ti exalava.
Oh, minha
passarela!
por que não és mais
tão bela?
Onde está tua
ternura?
E por que, à noite,
tu ficas tão escura?
Oh, minha
passarela! Aos estranhos que falei sobre ti,
hoje me envergonho
de te exibir.
Oh, minha
passarela! por que não és mais tão bela?
Arquitetada da
forma menos singela,
por que não és mais
tão bela?
Foste tão
exuberante,
que mais parecia
uma debutante,
ao lado de tua prima velha,
aquela toda feita
de metal,
que a sua
engenharia foi esquecida de forma banal.
Oh, minha
passarela! Por que não brilhas mais como antes?
Com o azul do teu
dorso e os pontos amarelos flamejantes?
Sem esses brilhos
tu perdes teus contrastes,
e passas a ser a
mais posposta arte.
Tomada pelos
bandoleiros que assustam teus admiradores,
me faz acreditar
que, do meu passeio, tu não fazes mais parte.
Oh, minha
passarela! Por que estás tão triste?
Será pelo cuidado
que a ti não mais existe?
Ou será por que
teus pés, que tocam o rio lá no fundo,
aquele que
transporta todos os dejetos imundos?
Não podes ficar
sorumbática,
tão próxima da
flâmula mais carismática!
Que representa um
povo viril,
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