Não sou em si. Nem
algo ali, aqui...
Metido na
totalidade, um sujeito a-sujeitado.
Quando é possível,
quando não é.
Um motor enguiçado
na arena da inconstância social.
Cambista solitário
de interjeições imaculadas, sou em meio.
Um permeio de sons,
imagens, sabores, olfatos e outros fatos.
Encarnado na terra
desde o piso.
Eis aqui um quase
extintor preciso.
Aquela alma penada
de esfinge voadora que,
nos desertos
tópicos de acres utópicos, pensa, finge...
Uma luta super
a-tômica, a-total e des-naturalizada.
Como sonhos
desacordados vendo filmes de heróis cansados.
Quem mesmo eu já
fui?
tarde de 22.07.18
CRÔNICA DO
DES-ENVOLVIMENTO BARATO
A máquina de fazer
espíritos noturnos
- quando não se ver
saídas -
é liquida e tem cor
de terra depois da chuva.
Ela foi na noite de
ontem elevada à contabilidade da aldeia.
Assegurada no plano
de manejo, único e eficaz instrumento
de viagem
empreendedor.
Caliban a vende a
preços módicos, crente da sedução do outro.
Próspero faz de
conta que a compra com as suas moedas verdes esterelizantes.
Eles estão certos
que os seus controles são remotos,
desde o achado.
Nesta operação
simples da economia do mercado espiritual,
os dois permanecem
um único, no estado de consumo.
Se consumindo, o
mundo segue a sua rota – vela a este bordo - se transformando todo dia no
mesmo.
manhã de 07.07.18
POÉTICA LITERAL
Pra onde eu vou
levo as chaves de
casa no bolso.
E quando as esqueço
em algum lugar
eu sei
não preciso lembrar
elas estarão sempre
lá.
manhã de 29.06.18
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