Mário Maia (1925-2000)
Do mulateiro tem a mesma cor,
encerras n’alma pura de menina
a beleza das estrelas diamantinas
e, de um céu enluarada, o esplendor.
Sim, ninfa selvagem. Sim Marina,
tu és a selva virgem viridente;
o fruto fecundado e a semente;
a água pura de fonte cristalina.
Anjo encantado e encantamento,
raro exemplar de vida; um destino.
Das novas gerações, um novo hino...
Verbo de fé, fiel ao juramento.
És tu Marina, lutadora altiva;
brava guerreira pela liberdade
do homem do campo e da cidade;
a mais autêntica dessa força viva.
Por isso te tomamos por bandeira;
estandarte de esperança renovada...
Archote clareando a nossa estrada
no pélago, a estrela timoneira...
És para nós o exemplo verdadeiro
de política sem corrupção.
És paradigma dessa geração
que não vende seu voto por dinheiro.
Assim, Marina, na oportunidade
do lançamento de candidaturas,
entre todas aquelas que são puras
teu nome nasce como uma claridade
após um temporal de noite escura.
Marina, permita que a nossa voz,
dos veteranos e da mocidade,
se ajunte à tua, para a liberdade
abrir as suas asas sobre nós...
Rio Branco, 27.06.1990 – Recitado no
lançamento da Candidatura de Marina.
Mário Maia em Sombras siderais e outras
sombras (1990) p.103-104
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