Para Proust, devemos ser gratos às pessoas que nos propiciam felicidade, pois são elas os encantadores jardineiros que nos fazem florir a alma.
Graça Gomes, quando a escuto, me propicia esse florescer da alma. Sua voz parece um veio d’água por entre a floresta, e que sai fazendo poesia com o seu cascatear, a deslizar mansamente igarapé adentro.
Acreana de Rio Branco, Graça Gomes “teve sua formação musical com o pai, famoso sanfoneiro dos seringais acrianos e amazonenses dos anos 60 e 70, conhecido como Chiquinho Arigó. Com ele aprendeu suas primeiras músicas, forrós, xotes, rancheiras. Assim, começou a cantar muito cedo nas festas populares e religiosas e, logo depois, bares e shows. Irmã de Chico Chagas, o talentoso músico acriano, hoje residente em Londres, mostrou uma nova música à jovem intérprete, música essa que mudou sua vida. A música amazônica entrou definitivamente na vida de Graça Gomes. Casou-se com Paulo Arantes, compositor e, juntos, iniciaram um trabalho voltado para o regional, procurando inserir suas obras num contexto universal. Graça teve seu início de carreira igual a muitos intérpretes, bares, festivais, sempre com sucesso e ganhando vários como melhor intérprete ou música. Apresentou-se em Manaus no Festival de Música Canção da Mata com seu irmão Chico Chagas e levaram todos os prêmios. Melhor intérprete, melhor música e melhor arranjo, 1992. Festivais em Rio Branco, FAMP, ganhou melhor intérprete, revelação, apresentou-se com seus shows e como convidada em várias cidades, três CDs gravados: Apurinã – 2003; Um Cheiro Acre no Meu canto – 2007; MARIA – 2010; e participações em CDs de artistas amazônicos”. Informações disponíveis no blog da cantora.
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