J.G. de Araújo Jorge
Há sempre voluntários, por isso creio no
Brasil.
Há sempre boa fé, em todo caso fé, por isso
creio no Brasil.
Creio no meu povo.
Largaram o sol, viraram “brabos”, furaram a
solidão,
no gaiola, no regatão, na montaria.
Ordenhassem a floresta, e seria o outro
branco!
como o leite a escorrer do seio misterioso.
Ouviram o discurso. Seria a fortuna.
E a floresta avançando, como um tanque
fantástico,
e a invisível metralha da malária,
– garça na praia, araras no céu, cadê tempo?
Peito aberto, sem armas, sem defesas,
– terçado e tigelinha, nada mais, –
nem havia comandantes, nem havia trincheiras,
só a imensa solidão irremediável
se retirada.
Não era discurso. Era traição.
Nem houve batalha, nem houve conquista
apenas massacre.
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