Mário de Oliveira (?-1977)
Quem na vida não tem, interiormente,
Uma ilusão, um sonho, um devaneio,
Já não vive, por certo, e já não sente
Brilhar a chama de um ideal no seio...
Viver, por existir, sem ter na mente
Sequer a leda miragem de permeio,
É ter n’alma a agonia do sol-poente,
Da própria vida estanque o doce veio...
Porque alimento um sonho assim, querido,
Do enlevo e de carinho entretecido;
Conservo o meu “Jardim” em floração.
E essas flores – de versos – que apresento,
Simbolizam, em parte e em pensamento,
Todo o encanto, sem par, de uma ilusão...
MÁRIO DE OLIVEIRA nasceu em Rio Branco.
Licenciou-se em Ciências e Letras e em Ciências Jurídicas e Sociais pela
Faculdade do Estado do Ceará. Homem de grande erudição, foi poeta, jornalista,
orador, advogado e educador. Integrou também a Academia Acreana de Letras. É
autor de “Jardim Fechado” (SERDA, 1971).
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