Nasce um Deus. Outros morrem. A Verdade
Nem veio nem se foi: o Erro mudou.
Temos agora uma outra Eternidade,
E era sempre melhor o que passou.
Cega, a Ciência a inútil gleba lavra.
Um novo deus é só uma palavra.
Não procures nem creias: tudo é oculto.
PESSOA, Fernando. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992. p.139
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