E o vento vagaroso penteia
o cabelo das águas;
os dedos palhosos do buriti
acariciam o céu vazio
preso no canto do anum;
as águas parem árvores natimortas
onde palram os periquitos
tão cheios de vida;
e a mata, ajoelhada, à beira do lago
canta o hino do silêncio
dos pássaros encantados
dos bentevis e
sanhaços imaculados;
e a tarde vai devagar
perseguindo os passos da capivara;
e o horizonte, com grande devoção,
vai comungando a grande hóstia de fogo
embalado pelo coro das jaçanãs;
e cruzando o lago,
num voo sereno, a garça
traz a noite
na ponta de suas asas...
Escrita em frente ao lago da UFAC
09/12/2015
o cabelo das águas;
os dedos palhosos do buriti
acariciam o céu vazio
preso no canto do anum;
as águas parem árvores natimortas
onde palram os periquitos
tão cheios de vida;
e a mata, ajoelhada, à beira do lago
canta o hino do silêncio
dos pássaros encantados
dos bentevis e
sanhaços imaculados;
e a tarde vai devagar
perseguindo os passos da capivara;
e o horizonte, com grande devoção,
vai comungando a grande hóstia de fogo
embalado pelo coro das jaçanãs;
e cruzando o lago,
num voo sereno, a garça
traz a noite
na ponta de suas asas...
Escrita em frente ao lago da UFAC
09/12/2015
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