Fernando Pessoa
Navio que partes
para longe,
Por que é que, ao
contrário dos outros,
Não fico, depois
de desapareceres, com saudades de ti?
Porque quando te
não vejo, deixastes de existir.
E se se tem
saudades do que não existe,
Sente-se em
relação a cousa nenhuma;
Não é do navio, é
de nós, que sentimos saudades.