segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

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Entardecer seringal Pacujá - Rio Tarauacá
Estou a fazer seis anos fora do Acre. A cada ano que volto minha alma se renova. Ela então renasce das barrancas como a fênix das cinzas. Sou menino de seringal aprendendo a olhar o mundo, vasto mundo, como diria Drummond, mas não sirvo para rima. Remar é o que sabe um filho dos rios. Remar para viver. Viver para amar. Pois afinal, amar é como um rio, raso, profundo, belo, atraente, porém, a esconder mistérios, perigos. Os rios me fizeram o que sou. Pariu meus pais. Construiu uma história. Fez um povo.

E do alto, quando o pássaro metálico atravessa os céus, o que se ver são os rios, abrindo caminho por entre o tapete verde, serpenteando, a encenar, no anfiteatro amazônico, o balé cósmico dos seres.

Pois bem, cheguei a Rio Branco dia 08 de Dezembro, num voo de BH, com escala em Porto Velho. Nossa capital está uma cidade bonita. É verdade que se tem muito a fazer, a melhorar. Mas são visíveis os seus avanços, a estética tem sido um diferencial. Como não se encantar com o centro histórico, as bibliotecas, o Calçadão da Gameleira...

Às margens do Rio Acre
um aperto sentir em meu peito
e, por um momento, juro que vi,
os navios gaiolas a atracar
uma multidão a acenar
outras a chorar...
vi balsas de borracha
vi seringueiros,
vi os catraieiros pra lá e pra cá...
Levantei,
suspirei,
e comecei a chorar...

Invisto boas horas nas bibliotecas, estas, além de belas, têm um acervo razoável. A Biblioteca da Floresta é coisa linda, moderna. Pena que o acervo ainda é pequeno. Ao contrário da Biblioteca Pública Estadual, que além de concentrar beleza e modernidade, possui um bom acervo, sobretudo, na minha área de paixão, as letras acreanas. Lá saboreei versos de Robélia Souza, as crônicas de Florentina Esteves... e passeei pelos nossos poetas, romancistas... numa viagem encantadora.
Biblioteca da Floresta Ministra Marina Silva - Rio Branco
Biblioteca Pública Estadual - Rio Branco
Museu da Borracha
Rio Branco
No Museu da Borracha, passei um dia inteiro debruçado sobre os jornais antigos de Tarauacá: O Departamento, Jornal Official, O Estado. Quanta coisa, meu Deus!, e tão pouco tempo. Tinha impressão que estava tocando a história, conversando com um amigo mais velho. Aquelas páginas estavam impregnadas de nostalgia. E de lá sai, amando ainda mais a história tarauacaense.

Para chegar a Tarauacá tomei um voo com destino a Cruzeiro do Sul, e depois um ônibus. Tarauacá deveria está uma das mais belas cidades do Acre. Porém, sofre, administrativamente, nesses últimos tempos. Mesmo assim, continua a terra de meu coração, a terra da esperança, a terra de gente forte. Estive no seringal Pacujá, no Rio Tarauacá, onde meus pais possuem uma pequena propriedade. Bons dias regalados a ingá de metro, pupunha, manga, graviola, pamonha. Sem contar as pescarias e outras cositas más.
Biblioteca Pública Estadual - Tarauacá
Fui à Biblioteca Pública. Haviam finalmente realizada uma reforma. Já que na última vez em que estive visitando-a estava em condições precárias (vede post). Possui um acervo razoável para a cidade. É verdade que boa parte da população, infelizmente, ainda não possui o hábito da leitura. Estive umas três horas seguidas e não vi entrar uma pessoa, sequer para empréstimo, pesquisa ou devolução. Era um período de férias, vou entender como justificativa.

Dia 27 de Janeiro retornei a BH. E comigo trouxe os versos do prof. Freitas em seus “Brados de Vida”, e o comentado romance do episódio do Tauari, “O Santo de Deus”, do mais novo imortal da Academia Acreana, Moisés Diniz. Porém, ainda espero receber do Moisés essa obra autografada. Estou a aguardar. Meu amigo Accioly me presenteou com o magnífico CD “Visões” de Rogério Craveiro. Um trabalho belíssimo e de alta qualidade, de um dos mais respeitados músicos tarauacaenses.

Assim vivi esses dias, na certeza de que a distância separa, mas o coração une. Volto fortalecido, renovado. Sou bendito! Deus me deu uma alma acreana...

Não quero ouro nem prata
me basta ser útil a humanidade
e saber servir
e saber amar
e saber perdoar...
Deus já recompensou
este filho da raça humana
dando-me uma alma acreana!

domingo, 30 de janeiro de 2011

FÁBULA JURUAENSE

JAIRO NOLASCO*

Fonte: http://www.viafanzine.jor.br/
Conta a lenda que outrora, um dito cidadão respeitável que não ganha quatro mil cruzeiros por mês, morador da zona rural de nossa cidadela do interior acreano, sentiu-se mal. Ele é um desses bravos, que não dão moleza ao corpo e não deixam o roçado à mercê da sorte por qualquer febrezinha de 40 graus, não senhor! Nunca capinou sentado e na sombra. Não tinha nada de Macunaíma, o nosso personagem.

Nunca antes achou necessária a consulta a um médico. Para quê, se na mata tinha todo tipo de remédio que precisava? Sua nêga companheira fazia cada chazinho milagroso e escalda-pés capaz de espantar todo tipo de brunhuras, tanto do corpo quanto da alma. "_ O nosso dotô, aqui veste verde, sêo moço", gabava-se aos conhecidos.

Porém, dessa feita por mais que tomasse o chá do Cajiru, o desconforto não passava. Resolveu depois de meses de xêpas que deveria finalmente recorrer à medicina alternativa. Deveria, por fim, encarar a Cidade dos Homens. Mundo-ético de gostos finos e duvidosos que lhe causava ojeriza. Como não sabia dizer essa palavra, dizia que "tinha era nojo". Não das pessoas e da higiene delas, mas dos trejeitos afrescalhados e das meias palavras ditas sem valor algum.

Resolveu, para encurtar caminho, ouvir conselho do seu primo que já havia se consultado antes na cidade e detinha, portanto, certa experiência no assunto. Ouviu em tom solene "que por lei deveria primeiro procurar a porta de entrada do Sistema Único de Saúde".

- E que diabo de porta é essa hômi?, interrompeu.

- É um posto de saúde, primo.

Dito e feito, ao chegar à cidade procurou a tal porta. Algumas estavam fechadas, outras estavam aberta mas faltava "o dotor". Até que finalmente, depois de andar léguas, achou uma porta aberta com o "dotor" dentro. Como não havia mais vaga para consulta naquele dia, foi convencido a voltar no dia seguinte. No outro dia, esperou por mais de três horas na fila. Agora chegara a sua vez.

O "dotor", muito atencioso, sem lhe olhar na cara pergunta o que ele sente. Responde : "_ sinto uma dorzinha aqui", aponta para a região do púbis. Sem continuar olhando para sua cara, o médico deduz que seja verme e lhe receita umas pílulas para dor de cabeça.

Como a sua dor, obviamente, não passava, retorna depois de uma semana ao mesmo posto. O médico lhe receita agora remédio para verme, para curar a dor de cabeça que ele sente na região escrotal. Desconfiado, ele procura o diretor do posto. O gerente - humanizado - confessa que ali, ele não teria solução :

_ O senhor deve procurar um especialista.Vá imediatamente ao Hospital e lá o senhor vai conseguir. Vou lhe dá o nome de uma pessoa nossa lá que consegue uma consulta mais rápida para o senhor, sem que entre na fila. Só não esqueça na próxima eleição quem está lhe ajudando, viu?

Chegando ao hospital, viu ser esse bonito, grande, imponente e bem limpo. Concluiu que ali estava a solução para o seu mal. E foi procurar o nome indicado pelo gerente do posto. E se sentiu importante, visto que desta feita, não enfrentou fila. Pelo contrário, viu-se superior àqueles coitados que avistou na sala de triagem, sofrendo, a espera do atendimento. Já sabia até o nome do santo milagroso para votar no dia 03 de outubro.

No consultório, o médico o olhou de cima a baixo e perguntou o que ele sentia. Começou a contar sua sina e foi logo percebendo que o médico começou a ficar impaciente, a olhar para o relógio. Repentinamente foi interrompido. O médico lhe receitou pílulas para dor de cabeça e vermes. Disse-lho que não podia ajudar e que ele deveria procurar um especialista na área. Explicou que só entendia de pulmão. Ou seja, ele não entendia nada sobre doenças nos escrotos, ou doenças nos bagos, dito no popular. "_ Daqui a três meses teremos um especialista, volte para se consultar. Até lá tome essas pílulas".

Triste, o homem resolveu procurar o seu sindicato. O dirigente sindicalista, muito prestativo, achou aquilo um acinte. "_ Nós vamos lhe ajudar meu bom homem. Vamos processar todo mundo". Tirou de uma gaveta um cartão de visita e deu ao nosso personagem. "_ Esse é o doutor Marcio, vou lhe levar lá agora para o senhor contar a ele o seu problema!"

Foi levado ao escritório do advogado. Foram apresentados. Notou logo que o "dotor" ali era diferente dos demais. Ele não usava aquela roupa branca, vestia paletó e gravata e lhe olhava nos olhos. Deduziu que enfim estava diante de um especialista: "_ em que posso ajudá-lo senhor?", perguntou o advogado.

Não perdeu tempo. Foi logo baixando as calças e dizendo:

_ Dotor eu sinto uma dor horrível aqui no meu ovo esquerdo, me ajude por favor !

O advogado, assustado, disse que não podia fazer nada sobre aquilo.

_ Ué, o senhor não é um dotor especialista?

_ Sim meu amigo, mas o meu negócio é Direito, o senhor me ouviu? Sou especialista em D-I-R-E-I-T-O ! Aí, o homem foi à loucura: "_ Vai ter especialista assim lá na casa do cacête !!!


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Moral da história: Se tens problema no ovo esquerdo, continue a tomar chá de Cajiru. Se tiveres dinheiro vai se tratar na medicina particular, fora do país.

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* JAIRO NOLASCO vive em Cruzeiro do Sul - AC. Dono de uma ironia-sarcástica requintada, que nos faz pensar num Machado de Assis, é impossível findar um texto seu sem aquele sentimento de incômodo e/ou deslumbramento. Fugindo da crítica fácil e medíocre, tão comum nessa nova onda blogueira acreana, Jairo Nolasco se diferencia de tudo o mais que se tem escrito  no Acre, pelo seu estilo próprio de contar-denunciar, em escrachar o verbo de forma poética, literária, profunda. Jurubeba é planta que amarga, cheia de espinhos... incomoda. Não é por acaso que seu blog se chama JURUBEBA JURUAENSIS.

sábado, 29 de janeiro de 2011

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

INSONDÁVEIS MISTÉRIOS

Profª. Inês Lacerda Araújo*


O título acima é um pleonasmo, todo mistério é insondável ou não seria mistério. O adjetivo "insondável" acentua o traço essencial de tudo o que é misterioso: a impenetrabilidade. A filosofia indaga sobre a origem de todos os seres, as respostas dos filósofos servem para satisfazer em parte nosso desejo por verdade, por sentido, pela vontade de imprimir a nossos atos e nossa vida de modo geral, algo de mais estável, que preencha vazios, que alente nosso cotidiano e que inspire prosseguir, sem esmorecer.

Alguns conseguem essa plenitude, o mistério é por eles absorvido pela fé em Deus, pela resolução de problemas da matemática, pela reflexão filosófica, pelo empenho em realizar um projeto social, pela busca interior de um tipo de ajuste entre seus desejos, prazeres, emoções, frustrações e perdas.

Um empresário se ocupa de seus negócios, tem uma responsabilidade enorme em suas mãos. Um médico se preparou para uma missão, cuidar da vida. Um motorista de ônibus precisa de habilidade (e sorte) para conduzir vidas até seu destino. Mas pensem em uma manicure! Ela lida com algo aparentemente banal e superficial, mas também ela tem uma habilidade, e como em tudo na vida, precisa que séries de variáveis contribuam para o bom resultado de seu trabalho - desde os produtos que ela usa, até chegar todo dia no emprego e para isso depender de horário, de transporte, de disposição, de planejamento, etc., etc.

Todos precisamos lidar com o dia a dia e para todos há uma espécie de busca de sentido. O matemático acima referido, que resolve intrincados cálculos, e o povo de uma tribo que precisa contar dias e noites, suas colheitas, o número dos animais que possui, em que eles diferem?

O empresário e a manicure, em que eles diferem?

O médico e o motorista, em que eles diferem?

Ou seria preciso buscar os pontos pelos quais todos nos assemelhamos?

Somos alma cujas ideias estão aprisionadas a um corpo (Platão); animais racionais, animais políticos (Aristóteles); somos capazes de uma luz, de uma iluminação interior (Sto Agostinho); porque pensamos, existimos (Descartes); alçamos à condição de livre decisão (Kant); nossa vida é dor e sofrimento (Schopenhauer); a existência humana é sem razão, ainda assim somos condenados às livres decisões (Sartre); em cada ato nosso, há a marca de uma cega pulsão (Freud). Quem somos e o que fazemos de nós, esses "caniços pensantes" (Pascal)?

Para todos, em toda a parte, nasce o sol, o dia começa, e mistério dos mistérios, quer se resolvam ou não grandes ou pequenos problemas, ninguém sabe ao certo se e como esse dia terminará.

Sequer se sabe com certeza se o sol nascerá, diria Hume. Então, para que tanto corre corre?

***

* INÊS LACERDA ARAÚJO - filósofa, escritora e doutora em Estudos Linguísticos.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

PEQUENO ENGANO - Leila Jalul*

A Iza era linda e gostosona.   De pequeno, só o nome.  Pai do céu, sua dentadura parecia ter o dobro de dentes! Gargalhava alto, praticamente o dia inteiro. Levava a vida na base da gandaia.
E a bunda? A bunda de Iza deveria ser considerada patrimônio da  humanidade. Um fenômeno! Não estou a brincar. É verdade!
Baiana de Itapetinga, mulher de militar transferido, gabava-se ao dizer que morava na Vila dos Oficiais. O endereço era motivo de orgulho. Afinal, numa cidade pequena, pobre, sem esgoto, sem asfalto, a vila da Iza era a própria Av.  Atlântica, no Rio, ou a Av. Paulista, em São Paulo (claro!).
Uma vez, invocada com essa mania de tanto falar bem da Vila dos Oficiais, ousei perguntar:
- Ô Iza, essa vila tem ruas ladrilhadas com pedrinhas de brilhantes?
- Não, minha filha, mas tem cada homão!!! Ia eu sair da  Bahia, da minha Itapetinga, para morar em qualquer lugar?
- Sim, mas o teu marido também é um homão! Precisas de mais?
- Lá  são muitos, baby,  numa vilinha de nada.  A cidade inteira não tem nem a metade. É um deslumbre, minha filha, é um deslumbre!
- Entendi.
-  Já visse os olhos do Comandante Agenor? Visse, negona?
- Realmente, tens muita razão, são verdes e lindos.
Do que sempre soube, Iza e seu "benzin" viviam em plena felicidade. O capitão tinha lá suas durezas e seriedades próprias da farda, mas,  Iza,   sem meninos para atazanar, dedicava-se a zelar os  jardins da vila para se ocupar com alguma coisa. Tarefa amena e colorida.
Nesse cotidiano agradável, cercada de homão por todos os lados, absorvendo flores por todos os sentidos, que motivos poderia ter para ser triste?
Certo dia fui procurada por Iza. Queria uns conselhos. Estava meio sem graça, capionga e um tanto enfarruscada.
- Olhe, amiga, aconteceu um negócio chato e meu "benzin" tá até falando em separação. É que a pia lá de casa entupiu e pedi pra ele tentar resolver a situação.
- Hum,  e o que há de errado nisso?
- É que deixei ele tentando arrumar os canos e saí para ver o jardim da Flávia. Plantei um pé de cajado de São José e tava doidinha pra  ver se tinha pegado.
- Então, o homem ficou aborrecido por teres ido bater pernas na costeira?
- Não, escuta. Deixa pra fazer perguntas só no final. Pois bem, quando voltei pra casa, ainda estava lá, olhando pra debaixo da pia,   de bunda pra cima e , para fazer uma gracinha com meu bem, vim devagarinho, meti a mão nos ovos dele, garrei com cuidado  e perguntei: cadê os coquinhos de mainha?
- Porra, mulher, o homem deve ter tomado um susto danado!
- Espera, foi isso não! Não era o benzin. Tu sabes que aquele povo anda tudo de camiseta branca e calção azul e eu pensei que fosse ele.
Lembrando da situação, caiu na gargalhada, mas logo voltou a ficar séria.
- E quem era, criatura?
- Mulher, nem te conto. Era o comandante Agenor.  Quase eu morro! Minhas Santas Almas Vaqueiras!  O homem olhou para minha cara, queria rir mas não queria, sabe como é?  Depois, só pra não perder a moral, falou que ia contar para o "benzin". Eu tenho culpa, mulher, se pelas  costas eles serem tão parecidos? quase iguais? Tenho?
- Claro que não! E o que você disse?
- Pedi desculpas, mas ficou o clima ruim. Quando contei pro filhinho, a princípio ele não se mostrou com raiva, e explicou o sucedido. Agenor tinha se prontificado a ajudar no desentupimento daquela joça e  ele, meu mozinho,  saiu para comprar uma conexão de não sei o quê, de meia polegada,  essas coisas de encanação, sabes?
- Iza, qual a razão do teu marido ter ficado aborrecido, mesmo sabendo que foi um engano?
- Imagina, só porque eu disse que os coquinhos  de mainha do comandante eram maiores e mais durinhos!!! Imagina, santinha,  não é uma besteira?
- É...  claro que é... É?
Tempos atrás encontrei Iza e seu "benzin" passeando na praça, tomando sorvete de bacaba. Fiz festa. Demonstrei satisfação em vê-los juntos.  Enquanto ele foi comprar  mais um gelado, lembrei dos coquinhos de mainha e aconselhei a doida a  não mais mexer com os brios do capitão. Me diz a safada, toda reboculosa:
- Mexo mais não.  Agora, minha deusa,  que os de Agenor  eram maiores e mais durinhos, eram sim!  Acho que os coquinhos de painho sempre foram  desunerados...
A gargalhada escandalosa ecoou na praça, atraindo olhares. Hora de sair de fininho.
- Tchau, Capitão. Tchau, Iza.  Tchau.
- Tchau! 

***

* Leila Jalul - procuradora aposentada da Universidade Federal do Acre. Autora de Suindara (Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora LTDA, 2007) e Absinto Maior (2007). Leila é atualmente uma das maiores vozes femininas das letras acreanas, juntamente com Florentina e Robélia.

** Crônica publicada originalmente no site de Lima Coelho.